1.
Phylum
Polífera
Os
poríferos ou Polífera é um filo
do reino Animalia, sub-reino Parazoa,
onde se enquadram os animais conhecidos como esponjas.
Características
Estes
organismos
são simples, sésseis, podem ser de água doce ou salgada, alimentam-se
por filtração, bombeando a água através das paredes
do corpo e retendo as partículas de alimento
nas suas células. As esponjas estão entre os animais
mais simples, não possuem tecidos verdadeiros pois em sua camada
externa e interna as células não apresentam lâmina basal (parazoas),
também não apresentam músculos,
sistema nervoso, nem órgãos internos. Eles são muito próximos a
uma colônia celular de coanoflagelados,
(o que mostra o provável salto evolutivo de unicelulares
para pluricelulares) pois cada célula
alimenta-se por si própria. Existem mais de 15 000 espécies modernas de
esponjas conhecidas, que podem ser encontradas desde a superfície da água até
mais de 8000 metros de profundidade, e muitas outras são descobertas a cada
dia. O registro fóssil data as esponjas desde a era
pré-cambriana (ou Pré-Câmbrico),
ou Neoproterozóico.
1.1 Classificação
das esponjas
As esponjas são o tipo mais
primitivo de animal, classificados por isso pertecem no grupo Parazoa, pois,
carecem de várias coisas que os outros animais possuem, como sistema nervoso e
locomoção.
- Classe Calcarea - espículas compactas de carbonato de cálcio (aka.: calcário).
Podem ser asconóides, siconóides ou leuconóides.
- Classe Hexactinellida -
espículas de sílica, muito
raras. Podem ser siconóides ou leuconóides.
- Classe Demospongiae -
"esqueleto" de fibras de espongina com ou
sem espículas de sílica.
Somente leuconóides.
Alguns taxonomistas sugeriam a
criação de uma quarta classe, Sclerospongiae, de
esponjas coralíneas, mas o consenso atual é de que as esponjas coralíneas
surgiram em várias épocas e não são muito proximamente aparentadas. Junto com
essa quarta classe, uma quinta foi proposta: Archaeocyatha. Esses
animais tinham uma classificação vaga, mas agora o consenso é de que eles são
um tipo de esponjas.
Os Archaeocyatha devem pertencer a
esse grupo, embora seus esqueletos sejam mais duros. Foi sugerido que as
esponjas deveriam formar um grupo parafilético com relação aos outros animais.
Por outro lado, elas são postas no seu próprio sub-reino, o Parazoa. Fósseis
similares, conhecidos como Chancelloria não são vistos como esponjas.
Uma hipótese filogenética, baseada
em exames de DNA, sugeriu que o filo Porifera é na verdade parafilético, e seus
membros deveriam ser divididos em dois novos filos, o Calcarea e o Silicarea.
Conhecem-se ainda fósseis de organismos com
características de esponjas, mas diferentes das actuais, que foram agrupados na
classe Sclerospongiae. No
entanto, com a descoberta de espécies vivas de
alguns destes grupos, concluiu-se que esta classe não é válida. São os
seguintes os nomes atribuídos a estes organismos (que nem sempre são
equivalentes a taxa:
- Quetetídeos eram
grandes construtores de recifes
formados por tubos calcários, mas
recentemente descobriu-se uma espécie viva, Acanthochaetetes wellsi,
que possui espículas siliciosas, mas também tecidos que demonstram que faz parte das Demospongiae;
- Esfinctozoários tinham
uma estrutura parecida com os quetetídeos, mas possuíam espículas
calcáreas; recentemente descobriu-se uma espécie viva, Vaceletia crypta,
incluída neste grupo, mas sem espículas e com características que sugerem
que provavelmente possa ser incluída nas Demospongiae;
- Estromatoporóides
cresciam segregando folhas
calcárias sobrepostas; algumas Demospongiae actuais apresentam um
crescimento semelhante, sugerindo que os fósseis assim classificados sejam
da mesma classe;
- Receptaculida
construíam um "esqueleto" calcáreo em espiral, mais parecido com
algumas algas verdes coralinas
actuais da classe Dasycladales (provavelmente não são
esponjas).
1.2 Anatomia
Os
Poríferos se desenvolvem somente até a blástula,
portanto não formam folhetos embrionários, não possuem tecidos verdadeiros e
são acelomados, ou
seja, não tem o celoma, que é uma cavidade que se forma dentro da mesoderme, na
fase embrionária
chamada gástrula.
A estrutura de uma esponja é
simples: tem a forma de um tubo ou saco, muitas vezes ramificado, com a
extremidade fechada presa ao substrato. A extremidade aberta é chamada ósculo, e a
cavidade interior é a espongiocele. As paredes
são perfuradas por buracos microscópicos, chamados óstios, para
permitir que a água flua para dentro da espongiocele trazendo oxigênio e alimento.
A parede das esponjas é formada por
duas camadas de células, com o interior formado pela matriz extracelular que, neste grupo, se denomina mesênquima.
As esponjas possuem vários tipos de
células:
- Pinacócitos, que
são as células da pinacoderme (epiderme exterior), são finas e estreitamente ligadas.
- Coanócitos, também chamadas "células de
colarinho" porque têm um flagelo
rodeado por uma coroa de cílios,
revestem o espongiocele e funcionam como uma espécie de sistema digestivo e sistema respiratório combinados, uma vez que os
flagelos criam uma corrente que renova a água que as cobre, da qual elas
retiram o oxigênio e as
partículas de alimento. São
muito semelhantes aos protistas coanoflagelados. São cobertos por microvilosidades.
- Porócitos, que são as células tubulares
que revestem os poros da parede e podem contrair-se, formando uma espécie
de tecido muscular.
- Archaeócitos (amebócitos) que
se deslocam no mesênquima, realizando muitas das funções vitais do animal, como a digestão das
partículas de alimento, o transporte de nutrientes e a
produção de gametas. São
células totipotentes, que podem se transformar em esclerócitos,
espongiócitos ou colenócitos.
- Esclerócitos
(amebócitos), que são as células responsáveis pela secreção das espículas de
calcário ou sílica, que residem na mesogléia.
- Espongócitos
(amebócitos), que são as células responsáveis pela secreção da espongina
(fibras semelhantes ao colágeno), que formam o "esqueleto" do
animal.
- Miócitos são pinacócitos modificados,
que controlam o tamanho do ósculo, a abertura dos poros e,
consequentemente, o fluxo de água dentro da esponja.
- As
espículas são espinhos de carbonato de cálcio ou sílica, que são usadas
para estrutura e defesa.
- A
mesogléia é uma matriz extracelular onde as células se estruturam.
As esponjas desenvolvem-se em três
padrões básicos:
- asconóide, que é o tipo mais simples -
um simples tubo, com um canal central, chamado espongiocele. Muito pequeno
e muito raro.
A batida dos coanócitos força a água
da espongiocele até os poros, através da parede do corpo da esponja. Os
coanócitos estão na parede da espongiocele e filtram os nutrientes da água.
- siconóide são similares aos asconoides.
Seu corpo se dobra sobre si mesmo, permitindo o crescimento do animal.
Têm um corpo tubular, com um ósculo
simples, mas a parede do corpo é mais complexa do que a dos asconoides e contêm
linhas radiais de coanócitos. A água entra por um grande número de
"óstia" dermais e então é filtrada nos canais radiais. Então o
alimento é capturado pelos coanócitos. Normalmente não formam as grandes e
ramificadas colônias que os asconoides fazem. Durante o seu desenvolvimento,
elas passam por um estágio em que são semelhantes a asconoides.
- leuconóide, o caso mais complexo, em que
a parede se dobra várias vezes, formando um sistema de canais. Esse é o
tipo mais comum na natureza. Carecem de espongiocele, tendo, no entanto,
câmaras contendo coanócitos.
O "esqueleto" das esponjas
pode ser formado por espículas calcárias ou siliciosas, por fibras de espongina
ou por placas calcárias. Algumas esponjas, na antiguidade, eram usadas pelos
gregos, por serem mais resistentes, para polir ferro e metais. Já outras eram
utilizadas pelos romanos para tomar banho ou para tomar vinho. Se banhava a
esponja no vinho e espremia na boca.
O sistema digestivo é ausente. A
alimentação se faz por meio da difusão intracelular nos coanócitos que fazem
fagocitose. São seres filtradores. o sistema circulatório é ausente. Ocorre a
difusão de substâncias entre as células.
1.3 Reprodução
As esponjas podem reproduzir-se de
dois modos: sexuada ou assexuadamente, conforme
as condições ambientais. Quanto a reprodução sexuada a maior parte das esponjas
é monóica, porém
observa-se espécies dióicas.
Em relação a reprodução assexuada,
as esponjas apresentam um alto grau de regeneração, podem se reproduzir pelo processo de brotamento
externo ou interno, regeneração ou gemulação/gemação (exclusivo das esponjas de
água doce), por meio de um broto que formará uma nova esponja adulta. Uma
esponja produzida de forma assexuada tem exactamente o mesmo material genético de seu genitor.
1.3.1 Reprodução
sexuada
A maior parte das esponjas é hermafrodita. Os gâmetas são
formados em células chamadas gonócitos, que são
derivadas dos amebócitos. Os espermatozoides saem da
esponja pelo ósculo e penetram
em outra esponja pelos poros, junto com a corrente de água. São captados pelos coanócitos e transferidos
até os óvulos, que ficam
na mesogléia, e promovem
a fecundação. A maioria
das esponjas é vivípara, depois da fertilização o zigoto é retido e
recebe nutrientes da esponja parental até que uma larva flagelada seja
liberada, que nada até se fixar em um substrato e dar origem a um novo
indivíduo.
1.3.2 Reprodução
assexuada
·
Brotamento: o broto formado por amebócitos surge no corpo da esponja, podendo
soltar-se e dar origem a um novo indivíduo ou permanecer preso, formando
colônias.
- Fragmentação:
pequenos fragmentos de uma esponja podem dar origem a novos indivíduos,
pois as esponjas possuem um grande poder de regeneração.
- Gemulação: ocorre
em espécies de água doce.
Formam-se gêmulas, estruturas de resistência que se
formam no interior do corpo da esponja. São compostas por células
indiferenciadas e protegidas por um envoltório rígido.
1.4 Importância para os humanos
No
uso comum, o termo esponja é usado somente para designar os esqueletos desses
animais, após a matéria viva ter sido removida por maceração e lavagem. O
material de que essas esponjas são compostas é a espongina
(tipo de colágeno). Esponjas comercias são derivadas de várias espécies e vêm
em vários graus, finas como lã de carneiro
ou bem ásperas próprias para lavar carros.
Esponjas
marinhas vêm de peixarias no Mediterrâneo
e nas Índias Ocidentais.
A produção de esponjas sintéticas tem diminuído muito sua pesca nos últimos
anos
Algumas
"esponjas" usadas no banho e na cozinha não vêm do animal marinho, e
sim de uma planta do grupo das cucurbitáceas,
a Luffa.
Produzem toxinas, dentre a qual esta a que permitiu a produção do AZT, antiviral usado no tratamento da
AIDS.
1.5 Fossilização
das Esponjas
Os restos do que teriam sido esponjas, animais
aquáticos simples, têm cerca 650 milhões de anos – 70 milhões de anos
mais antigos do que o fóssil animal mais velhos encontrado anteriormente.
A hipótese do fóssil ser de esponjas vem de
seu tamanho, relativamente grande para ser uma bactéria, e assimetria, que não
se encaixa em nenhum outro grupo animal. Além disso, é perfurada por
pequenos canais, como os das esponjas atuais, para a circulação de água e
alimento no interior do animal. Os pesquisadores descartaram a hipótese dos
túneis internos terem sido cavados por vermes.
O registro fóssil de esponjas não é
muito abundante, excepto em umas poucas localidades. Alguns fósseis de esponjas
são encontrados no mundo todo, enquanto outros têm uma distribuição mais
restrita a certas áreas. Alguns fósseis de esponjas, como a Hydnoceras e
a Prismodictya, do período Devoniano, são
encontrados no estado de Nova York. Nos Alpes europeus existem alguns fósseis bem preservados do
período Jurássico. Na Inglaterra e na França existem
alguns fósseis do Cretáceo. Uma
esponja bem antiga, do período Cambriano, é a Vauxia.
Embora 90% das esponjas atuais sejam
de dermosponjas, os registros fósseis desse tipo são menos comuns que os de
outros tipos, pois seus esqueletos são compostos de uma espongina relativamente
frágil, que não se fossiliza muito bem.
2.
Philu
Celenteratha (Cnidária)
O Phylum Cnidaria é um filo de animais aquáticos,
agrupando os organismos conhecidos pelo nome comum de cnidários,
entre os quais as medusas e
as alforrecas (águas-vivas), as caravelas, as
anémonas-do-mar, os
corais-moles e as hidras de água doce.
O filo dos cnidários recebe este
nome devido ao fato de possuírem uma estrutura denominada cnidoblasto. Trata-se
de uma célula especializada, que possui características urticantes, isto é,
provoca irritações semelhantes às da urtiga na pele humana. Os cnicoblastos
também são dotados de nematocistos, pequenos órgãos semelhantes a arpões
carregados de toxinas.
Mas os cnidários
também são chamados de celenterados.
Esta nomenclatura deve-se ao fato de este ser o primeiro grupo animal a
apresentar uma cavidade digestiva - cele = oco e enteros =
intestino.
2.1
– Características
O filo pode apresentar exemplares
sésseis (fixos a um substrato), como por exemplo, as anêmonas e corais, com a
cavidade bucal voltada para cima, ou exemplares livre nadantes, com a cavidade
oral voltada para baixo, como por exemplo, as águas-vivas e as caravelas (um
organismo colonial, constituído por pólipos e medusas, presos a uma bolsa de ar
e com divisão de trabalho).
São organismos multicelulares,
com estrutura simples, providos de cápsulas urticantes, maioritariamente marinhos,
que habitam as costas, os fundos e as águas abertas dos oceanos. O taxon
inclui atualmente mais de 11 000 espécies extantes.
Alguns cnidários, como a espécie Polypodium hydriforme e
os Myxozoa,
evoluíram para formas parasitas. Os
cnidários foram incluídos durante muito tempo em conjunto com os Ctenophora (ctenóforos) no
filo Coelenterata (os
celenterados).
2.2 - Classificação
dos Cnidários
- Antozoários - as anémonas-do-mar e corais
verdadeiros;
- Cifozoários- as
verdadeiras águas-vivas;
- Hidrozoários - as hidras,
algumas medusas, a garrafa-azul
(caravela-portuguesa) e os corais-de-fogo;
- Cubozoa - as medusas em forma de cubo;
- Staurozoa - as medusas que habitam
regiões costeiras dos oceanos em zonas temperadas e estão fixas pelos
tentáculos;
- Conulata - extinta.
2.3 Carasterísticas das principais Classes do
Phulum Cnidária.
2.3.1
Classe ANTHOZOA
A Classe Anthozoa apresenta o maior
número de cnidários registrados, os quais incluem organismos muito importantes
para a composição e a estruturação da biodiversidade dos ecossistemas recifais
alagoanos. Na Ordem Scleractinia estão incluídos os corais verdadeiros, que
possuem esqueleto de carbonato de cálcio. Estes organismos contribuem como os
principais responsáveis pela formação dos substratos recifais, sendo a grande
maioria dessas espécies consideradas como endêmicas, ou seja, somente ocorrem
na costa brasileira.
2.3.2
Classe
SCYPHOZOA
Na Classe
Scyphozoa, a maioria das espécies apresentam formas nectônicas, em geral vivem
na região nerítica junto a plataforma continental, sendo algumas espécies mais
costeiras e várias destas são consideradas bastante tóxicas.
2.3.3
Classe
HYDROZOA
Incluídos
na Classe Hydrozoa existem organismos com diferentes formas bentônicas,
planctônicas e nectônicas. No grupo dos hidrozoários bentônicos estão incluídos
os hidrocorais ou corais-de-fogo, bastante comuns nos ecossistemas recifais
alagoanos, assim como outras formas pequenas de hidróides, com aspectos
semelhantes a plantas ou penas. Entre os cnidários nectônicos existe a caravela-portuguesa, bastante comum no inicio
do verão no litoral alagoano. Muitas das espécies desta classe de cnidários
podem causar sérias queimaduras quando em contato com a pele humana.
2.4
Anatomia
Em sua organização corporal, os
cnidários apresentam dois folhetos embrionários (diblásticos) e se trata do único filo Reino animal com esta
característica. Sua simetria é radial e os espécimes possuem um compartimento
digestivo interno chamado cavidade gastrovascular (gastro = estômago e vascular
= relativo a vaso). Esta apresenta uma abertura (boca) que serve tanto para ingerir os alimentos quanto para
eliminar os resíduos da digestão. Devido a isso, fala-se em sistema digestório
incompleto.
Ao redor da abertura os celenterados
ostentam um anel de tentáculos com células
urticantes, os cnidócitos, capazes de
injetar um minúsculo espinho, o nematocisto que contém
uma toxina ou material
mucoso. Estes "aparelhos" servem não só para se defenderem dos predadores, mas também
para imobilizarem as presas, incluindo
pequenos peixes, de que se alimentam, pois, são tipicamente carnívoros. Algumas
células da gastroderme da cavidade
central, o celêntero, segregam enzimas digestivas,
enquanto que outras absorvem a matéria digerida. Na mesogleia,
encontram-se dispersas células nervosas e outras com função muscular que
promovem o fluxo de água para dentro e fora da cavidade central.
Os cnidários apresentam
polimorfismo, ou seja, possuem duas formas corporais possíveis: o pólipo e a medusa.
Os pólipos têm corpo cilíndrico e
podem viver fixos a um substrato ou se
locomoverem através de cambalhotas. A boca é
situada na região superior, rodeada de tentáculos, com grande
concentração de cnidócitos. Já as medusas são planctónicas; sua boca
se situa no centro da face inferior do corpo, que também é rodeada de
tentáculos urticantes de efeito paralisante em pequenos animais, funcionando
como forma de predar ou como maneira de se defender.
Os cnidários são diblásticos, protostômios e com simetria radial. Podem
formar colônias como é o caso das caravelas e dos corais.
2.5 - Reprodução
Os cnidários podem se reproduzir de
forma sexuada e assexuada. A reprodução clonal, ou assexuada, ocorre em grande parte dos cnidários, entretanto não
é universal. Tanto pólipos quanto medusas podem
sofrer este tipo de reprodução, mas esta é mais comum entre os pólipos. Dentre as
formas de reprodução clonal,encontram-se: fissão transversal, fissão
longitudinal, brotamento e fragmentação. Os cnidários possuem uma grande
capacidade de reorganizarem e regenerarem partes perdidas após um dano físico.
Este evento pode ocorrer tanto em pólipos, quanto em medusas e inclusive
em algumas larvas plânulas. A
reprodução sexuada dá-se na fase de medusa (na maioria
dos Medusozoa), ou de pólipo (em Anthozoa, principalmente).
Os cnidários são geralmente dioicos, entretanto
existem algumas espécies hermafroditas. As células
germinativas têm origem endodérmica e
geralmente se diferenciam na gastroderme, com excepção
de alguns hidrozoários em que elas
migram para a epiderme. A fertilização,
primitivamente é externa, na água.
2.6 Desenvolvimento
Os óvulos de
cnidários apresentam uma polaridade animal-vegetal clara, que pode ser reflexo
do posicionamento do pronúcleo feminino, da alocação dos corpúsculos polares e em alguns
casos pela distribuição de componentes citoplasmáticos e simbiontes. O primeiro
sulco de clivagem se inicia
no polo animal, que posteriormente se tornará a região oral da larva plânula. Os
cnidários demonstram uma grande variedade de padrões de clivagem do zigoto, sendo
caracterizadas pela irregularidade e caoticidade. Os zigotos de
diferentes espécies ou até mesmo da mesma espécie podem possuir um padrão de clivagem diferente.
Em hidrozoários, a clivagem apresenta
um padrão de indeterminação no desenvolvimento. Blastômeros isolados de
um zigoto de 2, 16 ou
até mesmo 32 células são capazes de se desenvolver em uma larva plânula normal,
porém com menor tamanho. Além disso o desenvolvimento não é afetado pela
reorganização artificial dos blastômeros. Em cifozoários também é
possível observar uma grande variação no arranjo dos blastômeros, sendo
muitas vezes impossível de se encontrar dois zigotos com
disposição semelhante dos blastômeros. Evolutivamente o padrão de clivagem anárquico
tem sido reconhecido como ancestral em relação aos demais tipos de clivagem. Nos
cnidários, independentemente do tipo de clivagem, ela
origina duas formas comuns de blástula: uma
celoblástula oca ou uma estereoblástula sólida. A partir do estágio de blástula, o zigoto sofre a gastrulação na
extremidade do polo animal. A gastrulação pode pode
ocorrer de várias maneiras como a invaginação, ingressão unipolar, ingressão
multipolar, delaminação ou epibolia. Na gastrulação ocorre a
formação da endoderme (que se
diferenciará em gastroderme) e ectoderme (que se
diferenciará em epiderme). A blastocele origina a mesogleia e o blastóporo origina a boca. O desenvolvimento do zigoto dá origem à
uma larva planctônica, denominada
plânula.
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