domingo, 13 de novembro de 2016

DESENVOLVIMENTO ONTOGENÉTICO


A ovogénese
2.    Conceito
5.    Comparação entre Ovogénese e Espermatogénese
6.    Ovogénese no ciclo menstrual
7.    Colnclusões

Definições Prévias

Conceito

Meiosis é a divisão celular onde ocorre a redução cromossómica  e se formam gâmetas.
Gametogénesis
 é a formação dos gâmetas por meiose e é diferente nos homens e mulheres. Nas fémias os óvulos se formam nos ovários que são os órgãos reprodutores  e denomina-se ovogénesis.
 
Ovogénesis é o proceso de formação dos óvulos (gâmetas femininos e tem lugar nos ovários das fémias.
As células germinais diploides geradas por mitosis, chamadas ovogónias, se localizam nos folículos do ovário, crecem e  têm modificações, pelo que recebem o nome  de ovocitos primarios. Estes levam a cabo a primeira divisião meiótica, dando origen a uma  célula volumosa (ovocito) secundário que contem a maior parte do citoplasma original outra célula pequena o primeiro corpo polar.
Estas células efectuam a segunda divisão meiotica, do ovocito secundario se formam outras células, uma grande, que contem a maior parte de citoplasma original,  outra pequena o segundo corpo polar. Os corpos polares se desintegram rápidamente, na medidas em que a outra célula se desenvolve para converter-se em um óvulo maduro haploide.
Algunas investigações recentes têm considerado que em cada ovário se geram aproximadamente 400 mil óvulos. Se crê que todos eles já existem no ovário da recém nascida, apenas  permanecem inactivos desde o nacimiento até a influência das hormonas na pubertade.
Nos seres humanos, o feto feminino já forma ovogónias, mas retém o proceso de meiosis na etapa do ovocito secundario até que, a partir da pubertade e por efeitos das hormonas, se desprende um ovocito em cada ciclo menstrual; a segunda divisão meiótica ocorre depois de efectuar-se a penetração do espermatozoide. Nos machos, a meiosis inicia quando o individuo alcança a maturidade sexual.

Dónde se realiza

As gónadas ou órgãos sexuais primários, são ovários na mulher e funcionam como glândulas mistas visto que produzem hormonas e gâmetas. Os órgaãos sexuais secundários são estructuras que maduram na pubertade e que são essenciais no cuidado e transporte de gâmetas. As características sexuais secundárias são destaques que se consideram de atracção sexual.
Os ovários são órgãos com forma de amendoa, medindo de 4 a 5 centímetros de diámetro, situados na parte superior da cavidade pélvica, numa depressão da parede lateral do abdómen, sustentados por várias ligações. Na região externa de cada ovário há masas diminutas de células chamadas folículos primários; cada um destes contém um ovulo imaturo. aproximadamente 20 folículos começam a desenvolver no princípio do ciclo ovárico de 28 em 28 días; geralmente, apenas um  folículo alcança seu desenvolvimento completo e os demais se degeneram. A principal função dos ovários é pois a ovogénesis, o desenvolvimento e desprendimento de um óvulo ou gâmeta feminino haploide. Além disso, os ovários elaboram várias hormonas esteroidais em diferentes estadios do ciclo menstrual: os estrógenos e a progesterona.
 

Função das Hormonas Sexuais

Durante a vida reproductiva de uma mulher, os ciclos menstruais se interrompem a medida em que ocorre a gravidez.
As actividades do ovário e do útero estão reguladas pela interação de diversas hormonas.
Na base do cerebro se localiza a glândula pituitária, a hipófisis que produz a hormona folículo estimulina (FSH), a qual tem acção sobre os ovários, estimulando o desenvolvimento de ovocito primário para completar a meiosis I e formar o ovocito secundário. Ao mesmo tempo, a FSH estimula os ovários a produzir hormona estrógeno, que provocam o engrosamento das paredes do útero. Estes câmbios duram cerca de dez días.
Ao términar a producção de FSH, aparece a hormona luteinizante (LH), que produz a ovulação pela rotura do folículo e libertação do óvulo por volta de día 14 do ciclo menstrual.
A parte onde se desprendeu o folículo se converte em corpo lúteo, que pela acção da LH e a hormona luteotrópica (LTH) secretadas pela hipófisis desenvolve acividade glandular produzindo a progesterona, que mantém o útero devidamente preparado para a gravidez. A LTH também estimula a produção do leite nas glândulas mamárias despois do parto.

Comparação entre Ovogénesis e Espermatogénesis
Comparação de óvulos e espermatozoides.
O ovário:
A sua cobertura externa se chama, erróneamente, epitélio germinal. Despois há uma túnica albugínea. Logo está o estroma, onde se desenvolvem os óvulos e uma região central com vasos sanguíneos, nervos... O folículo terciário está muito cercado. Dentro de ovário ficam células da granulosa teca.
Em cada ciclo ovárico, o corpo lúteo está formado por células foliculares, e da teca. Por acção da LH as células que ficavam transformam- se em poliédricas (células luteínicas)  formam o corpo lúteo.
·         Se não ocorre a fecundação, estas células degeneram e aparece uma estructura chamada corpus albicans.
·         Se ocorrer a fecundação o corpo lúteo vai permanecer. Quando o ovo começa a desenvolver-se, há células que produzem gonadotropina coriónica, que actua sobre o corpo lúteo para que siga produzindo progesterona, até que se forme a placenta. Então se chama corpo gravídico (em vez de lúteo).
 

Ovogénesis no ciclo menstrual

·         Fase da menstruação: Se produz uma perda de sangre, por destruição de vasos sanguíneos, perda de células epiteliais e perda do estrato funcional (parte mais externa do endométrio). O extrato basal sempre se conserva. Envolvem-se muitos níveis de estrogénios e progesterona que actuam sobre o hipotálamo para que se liber a hormona estimuladora de gonadotropinas que provoca a liberação da FSH. Os folículos primários crescem e começam a produzir estrogénios.
·         Fase pré-ovulatória: desde o final da menstruação até a ovulação. Também se chama fase proliferativa ou fase folicular. Proliferativa, porque prolifera o estrato basal e os vasos sanguíneos formando o estrato basal. Folicular, porque o folículo primário se desenvolve e torna-se secundário. Aumenta de tamanho e continua produzindo estrogénios. O crescimento chega ao máximo no momento prévio à ovulação. Logo se produz muita LH, para que se rompa o folículo.
·         Fase de ovulação: roptura do folículo. Previamente a esta fase, aumentam os niveis de colagenasa e de uma proteína activadora do plasminógeno e um aumento na síntese de prostaglandinas. A colagenasa e a activadora do plasminógeno digerem a matriz exterior do folículo. As prostaglandinas têm uma dupla função. Provocar contrações na musculatura lisa do ovário e aumenta a concentração de líquidos no interior do antro folicular. Aumenta a concentração de água nos capilares da teca interna ao antro. Aumenta a pressão no antro e se produz uma roptura. Assim que sai oovocito secundário parado na metáfase meiótica. Fica o corpo lúteo e sintetisa progesterona e estrógenos.
·         Fase pós ovulatoria: aumenta a espessura do estrato funcional do endometrio permitindo a implantação do zigoto caso ocorra a fecundação. Os estrógenos e progesterona aumentam o crescimiento e irrigação do estrato funcional (a progesterona sobe mais que o estrógeno). Se se fecunda, o corpo lúteo se mantém e também se mantém os niveis de progesterona. Caso não, o corpo lúteo degenera os corpos albicans que não sintetizam estrógenos nem progesterona, baixando os niveis, levando à destruição do estrato funcional do endométrio na fase menstrual.
Ciclo ovárico
·         No ovário ocorrem uma série de eventos que definitivamente  levam ao desenvolvimento dos ovocitos. As etapas fundamentais destas mudanças são:
·         Fase folicular (Crecimiento folicular): se refere a evolução do ovocito primário e o comportamento das células que o acompanham (teca e granulosa). É uma fase de duração variável que começa com o desenvolvimento de um grupo de folículos por influência da FSH (Hormona Folículo estimulante) e a LH (Hormona Luteinizante). Logo, se selecciona um folículo (dominante) que vai madurando e aumentando de tamanho até o dia da ovulação e que secreta estrógeno.
·         Ovulação: é o evento central do ciclo femenino e corresponde à descarga do óvulo do folículo maduro. Se produz pelo brusco aumento da hormona luteinizante (“peak” de LH), que é seguido em um lapso de horas pela roptura da parede folicular. Neste evento se completa a primeira divisão meiótica.
 
·         Formação do corpo lúteo: tem uma duração constante de 14±2 días. Depois da ovulação, a estructura folicular que fica no ovário se reorganiza e se converte numa glândula conhecida como corpo lúteo, que secreta progesterona, hormona encarregada de preparar o útero para a eventual gestação. Se entre os 8 à 10 días depoiss da ovulação não aparece algum sinal de presença embrionária, o corpo lúteo inicia um processo regressivo autónomo com caída na produção de estrógeno e progesterona, o que gatilla a menstruação.
 
Ciclo menstrual
O ciclo menstrual é a sequência mensal de eventos que prepara o corpo para uma possível grvidez, e comprende duas fases:
·         Fase proliferativa: caracterizado pelo engrossamento gradual do revestimento uterino devido ao aumento do nivel de estrógenos.
·         Fase secretora: começa com a ovulação e a  progesterona modifica o endométrio, inibindo a fase proliferativa e preparando-o para aceitar, implantar e nutrir o possível embrião. 
 

Conclusão

A gametogénesis consiste na criação de células reproductoras chamadas espermatozoides e óvulos para os homens e mulheres respectivamente.
A ovogénesis é o processo de formação dos óvulos a partir de umas células mães chamadas ovogónias, as quais se encontram nos ovários, estes, são as gónadas femininas.
Os óvulos, logo depois da sua maduração chegam até as trompas de falópio, esperando sua fecundação.
Neste processo se activam hormonas, tais como a hormona latinizante, hormona folículo estimulante, entre outras
Ocorre a partir de uma ovogónia.
Na meiosis I não se divide o material equitativamente, ficando quase todo o citoplasma numa célula filha.
As mulhers nascem com um número determinado de óvulos aproximadamente
400 000.
Tema 2: INTRODUÇÃO A EMBRIOLOGIA HUMANA
Formação de folhetos blastodérmicos
Índice
1)    Conceito
2)    Gâmetas
3)    Fecundação
4)    Segmentação
5)    Mórula
6)    Blastocisto
7)    Implantação Uterina
8)    Disco Germinativo Bilaminar
9)    Disco Germinativo Trilaminar
10) Derivados dos Folhetos Blastodérmicos
 
1. Conceito
            A embriología é o ramo da ciências que estuda os processos embrionários e fetais que conduzem a correcta formação dos órgãos do ser vivo, assim como o seu funcionamento adequado.
2. Gámetas - são as células germintivas masculinas (espermatozoides) e femininas (óvulos), que se unem no processo de fecundação para originar um novo organismo (zigoto).
3. Fecundação – é a fusão de gâmetas masculino e femenino para originar um zigoto. Normalmente acontece no último terso da trompa de falópio:
O óvulo é capturado  transportado para a trompa por acção das fimbrias, e impulsionado pelos cilios tubáricos
Os espermatozoides se depositam na vagina (ejaculação). São células móveis, e assim chegam a trompa. Para fecundar, o espermatozoide deve superar o proceso de capacitação (dura umas 7h)
Fases da Fecundacição
1)    Penetração na coroa radiada: só pode faze-lo o espermatozoide capacitado graças aos movimientos do espermatozoide, a hialurodniasa acrosómica e enzimas tubáricas.
2)    Penetração na zona pelúcida: graças às reações acrossómicas.  Nesta fase se produz uma reação zonal que impede novas penetrações
3)    Fusão de membranas (Óvulo- Espermatozoide)
4)    Transformação do ovocito : se converte em um óvulo maduro quando entra o espermatozoide
5)    Formação de pronúcleos (masculino e femenino)
6)   
Fusão de pronúcleos à zigoto (primeira célula com dotação genética completa).
 
4. Segmentação
            A célula resultante da fecundação é o zigoto, que dará lugar a um ser completo. Para ele sofre um proceso de segmentação (dentro da zona pelúcida) que consiste num conjunto de divisões que dão lugar a um aumento muito rápido do número de células, denominadas blastómeros
 
 
5. Fase de Mórula
            O proceso de segmentação continua, e até ao terceiro dia, se forma a mórula (12-32 células). As células estão mais compactadas, a membrana pelúcida se conserva e se podem diferenciar 2 zonas: Masa celular interna (MCI) e Masa celular externa (MCE).
6. Fase de Blastocisto
            Até ao 4º día, a mórula entra na cavidade uterina, penetrando liquido nela forma o blastocisto, composto por:
·        Blastocele: cavidade que se forma no blastocisto.
·        A massa celular interna  translada-se  até um polo e forma o embrioblasto.
·        A massa celular externa se aplana e forma a parede epitelial do blastocisto, denominada trofoblasto.
·        A membrana pelúcida desaparece para começar o proceso de implantação.
7. Implantação uterina
            Ocorre até ao 5º día, no polo embrionario.
            O blastocisto vai evoluíndo e se distinguem as seguintes partes:
7.1  Disco Germinativo Bilaminar
O DGB está formado pelas células do epiblasto e as do hipoblasto. Tmbém se formam 2 cavidades: o saco amniótico (no epiblasto) e o saco vitelino (no polo embrionário)
A formação da blástula até ao disco germinativo bilaminar é um proceso muito semelhante em todo o reino animalia, a pesar de apresentar algumas particularidades.
No disco germinativo bilaminar termina a gratrulação e inicia a nova etapa, onde a divisão celular faz com que se forme a estrutura chamada grástrula e desenvolve-se os três folhetos germinativos.
No caso dos primeiros grupos de animais na cadeia evolutiva, os poríferas e celenterados, este proceso termina com o disco germinativo bilaminar envoluído na gástrula, pois, só possuem duas camadas de células (dois folhetos germinativos).
No caso do resto de animais  a gástrula forma os três folhetos germinativos, ectoderme, msoderme e endoderme.
Anexos Embrionários
Os anexos embrionários estão presentes nos maníferos placentários e fundamentalmente são:


·        Placenta
·        Decídua
·        Membranas Fetais
·        Líquido Amniótico
·        Cordão Umbilical
 


 

Placenta é o sincitiotrofoblasto que se espande completando a formação das suas lagoas e dentro dele fica o embrião.

Características

·        Tem forma redonda

·        Diámetro de 20 cm

·        Espessura de 3 cm

·        Pesso 500 g até ao final da gestação

 A placenta é indispensável para a vida do embrião, pois, confere à este:

1.    Protecção

2.    Oxigénio

3.    Nutrição

4.    Remoção de gaz carbónico

 

Decídua é o endométrio alterado do últero gravítico, com células e glándulas hipertrofiadas e secretoras com funções de protecção e nutrição do embrião

Há três tipos de Decídua:

1.    Decídua Parietal – membrana hipertrofiada que reveste o útero inteiro;

2.    Decídua Basal – está directamente a baixo do embrião e participa na formação da placenta;

3.    Decídua capsular – envolve o embrião, constituindo uma cápsula envoltória.

A medida que o fecto desenvolve, ao quarto mês de gestação, a decídua capsular une-se à decídua parietal.

Membrana Fetal – é a estrutura que envolve completamente o embrião, constitui a bolsa amniótica e divide-se em:

·        Amnio – a mais interna, aparece na segunda semana da gestação.

·        Córeo – é a mais externa que aumenta a área de aderência para o intercâmbio.

Líquido amniótico – é um meio líquido opaco que aparece na segunda semana de gestação. Este, aumenta em quantidade e altera a sua composição a partir do quarto mês de gestação.

Tem orígem no plasma sanguíneo da mâe está em contacto com a pele do embrião e está contituído por glicóse, lípidos, proteínas, enzimas e hormónios, sendo a sua composição de 88% de água e 12% de matéria sólida.

O volume do líquido amniótico é directamente proporcional ao tempo de gestação, pois, da 11ª e 15ª semana 25 ml, da15ª à 28ª semana 50 ml, até a metade do 3º trimestre completa 400 ml e na 38ª semana este completa 1000 ml. Logo, acontece uma redução até 850 ml no momento de nascimento.

Possui uma função no metabolismo do embrião, participa na eliminação das secreções dos rins e no trato respiratorio e permite que o feto se mova com facilidade no útero.

Protege tabém o embrião, da pressão externa mantendo uma temperatura uniforme e exerce um papel importante na dilatação do colo uterino no momento do parto.

Alteração do líquido amniótico

·        Transparente e amarelado a imaturidade fetal

·        Cor esverdeado – sofrimento fetal, mecónio

·        Cor achocolatado – óbito fetal

Cordão umbilical

É o canal de ligação para a troca  de substâncias entre o feto e a mãe, através da placenta. Tem a forma espiral e mede entre 30 e 100 cm de comprimento e entre 1 à 2 cm de diámetro, constituido por uma veía e duas artérias.

Alterações de comprimento do cordão umbilical

·        Cordão curto – causa um deslocamento prematuro da placenta e sofrimento fetal;

·        Cordão longo – tem o risco de sofrimento fetal ou hipoxia e um prolapso pela vagina levando a compressão do meso no parto.

·        Cordão estreito – mãe fumante.

 

7.2 Gastrulação, (formação do Disco Germinativo Trilaminar)

A gastrulação é o processo de formação das três laminas embrionários, a endoderme, a mesoderme e a ectoderme que começa na 3ª semana de desenvolvimento.

O proceso de gastrulação consiste na série de movimentos de deslocamento de grupos de células que se encontram na periferia, envaginando-se para constituir os três folhetos germinativos. Este movimiento pode se considerar em duas formas: epibólico e embólico.

Epibólicos acontecem na periferia ou extensão ao longo do eixo antero-posterior:

Embólicos se deslocam ao endoderme, transpassando o mesoderme para o interior, chamando-se por isso, invaginação, migração, involução ou delaminação.

 

Embolia - também designada Invaginação, é o processo mais simples, em que a zona da blastoderme correspondente ao pólo vegetativo, ou dos macrómeros, se invagina, afundando-se activamente até chegar ao contacto com a zona oposta. A parte invaginada forma a endoderme e a externa a ectoderme. Esta situação, ocorre já nos cordados inferiores e equinodermes até o ser humano, neste caso os macrómeros vão ser rodeados pelos micrómeros, devido às suas mitoses aceleradas. Assim, passivamente, os macrómeros ficam internamente, formando a endoderme e os micrómeros a ectoderme. Esta situação é típica dos ovos de anfíbio;

Migração – alguns blastómeros isolam-se e migram para o blastocélio, vindo a unir-se e a originar a endoderme, que ficará rodeada pela ectoderme. Este fenómeno é característico dos vertebrados superiores;

Delaminação - células da blastoderme dividem-se, segundo um plano paralelo à superfície, formando a endoderme.

Gastrulação é o processo embrionário pelo qual o embrião em desenvolvimento deixa de ser uma camada bilaminar e passa a ter o formato de um disco embrionário trifásico (Endoderma, Mesoderma e Ectoderma.). Gastrulação é o início do desenvolvimento da forma do corpo e o evento significativo da terceira semana de gestação.

·         O ectoderma dá origem à epiderme, ao sistema nervoso central e periférico e a várias outras estruturas.

·         O endoderma é a fonte dos revestimentos epiteliais das passagens respiratórias e do trato gastrointestinal, incluindo as glândulas desse trato e as células glandulares dos órgãos associados, como fígado e pâncreas.

·         O mesoderma dá origem às camadas musculares lisas, aos tecidos conjuntivos e aos vasos associados aos tecidos e órgãos; o mesoderma também forma o sistema cardiovascular, e é a fonte de células do sangue e da medula óssea, esqueleto, músculos estriados e dos órgãos reprodutores e excretores.

A gastrulação é um proceso dinâmico onde ocorre a reorganização das principais área, órgão formatrices que culmina com os três folhetos germinativos. O resultado da gastrulação é a formação da estruura chamada gástrula que constituí a cavidade do sistema digestivo e que comunica com o exterior por intermédio de um poro denominado blastóporo.

A depender do grupo de animais, o blastóporo diferencia-se em três tipos:

·        Orifício ou abertura oral, nos Poríferos e  celenterados;

·        Boca e ânus, nos protostomados;

·        Relacionado com a formação do ânus, nos deuterostomados, (echinodermes e cordados).

Os blastómeros  não possuem o mesmo tamanho, nem igual características, por isso não têm a mesma velocidade na divisão celular, clasificando-se em dois grupos:

·        Micrómeros

·        Macrómeros

Embrião trilaminar: as células do epiblasto que estaão à volta  da línha primitiva começam a proliferar  e emigrar, formando uma capa intermédia entre as outras duas: o mesodermo embrionario. Também vão substituíndo o hipoblastoà endodermo; e o epiblasto à ectodermo

                                                            

8. Derivados dos folhetos blastodérmicos

            De cada um dos três folhetos blastodérmicos se derivam os diferentes tecidos que formam o organismo:

Derivados ectodérmicos

Os componentes do sistema nervoso

O cerebro anterior sofre grandes modificações na região do telencéfalo, onde acontece uma série de evaginações volumosas que dão lugar a hemisférios cerebrais.

Nesta região a parte mais longa forma o tálamo e a parte basal forma o hipotálamo.

Cérebro Medio

Das três divisões do cerebro primitivo, o mesencéfalo conserva a sua forma tubular, quando engroça-se diminui esta forma.

Os vertebrados inferiores como os peixes e anfíbios, a porção superior é o centro primário do órgão visual. Já a partir de répteis a parte posterior adquir conecções nervosas que provêm do ouvido. As duas partes anterior  desenvolverão a visão, enquano as posteriores desenvolvem a audição.

Cérebro Posterior - está dividido em metencéfalo e mielencéfalo. A parte posterior do cerebro recebe o nome de bulbo e se destingue da medula por esta ser muito cumprida.

A cristas Neurais – originam no proceso de neurulação, proporcionam as células que formam a medula supra renal e os melanocitos; Os ganglios raquídios e as fibras nervosas que se originam nas fibras ganglionais.

Placodas – são emgrossamentos das porções laterais do tubo epidérmico que cobrem a região  da futura cabeça, e podem ser:

·        Placodas ofactórias

·        Placodas ópticas

·        Placodas óticas (auditivas)

Placodas ofactórias – originam em cada lado da região anteroventral da cabeça;

Placodas ópticas – formam-se com a evaginação óptica do cerebro anterior para formar a região ocular;

Placodas óticas (auditivas) – se originam na região dorsolateral do tubo epidérmico que cobrem a região média romboencéfalo. Dessa placoda sensorial se formará o ouvido interno.

A Formação dos olhos com os seus diversos componentes se origina a partir do tubo neural do ectodermo epidérmico e do mesênquima.

O principio da formação dos olhos é a aparição da vesícula óptica que se origina no prosencéfalo, pouco tempo depois, a vesícula ocular fica mais saliente e coloca-se em contacto com o ectodermo interno e desenvolve um pendúculo óptico.

A formação da taça óptica dá lugar  a vesícula cristalina e duas camadas:

1.    Camada pigmentada da retina;

2.    Camada sensorial da retina.

Neurulação

A neurulação faz parte da organogênese nos embriões dos vertebrados e é o processo de formação do tubo neural (TN), rudimento do Sistema Nervoso Central (SNC). Quando um embrião está em neurulação é chamado de nêurula. Na formação da nêurula, o ectoderma, situado ao longo da região dorsal do embrião, sofre uma invaginação e origina a placa neural. Essa estrutura levará à formação do tubo neural dorsal, que depois formará todo o sistema nervoso do animal. A formação do tubo neural é o resultado da invaginação da ectoderme que se segue à gastrulação. Este processo é induzido por moléculas sinalizadoras produzida na notocorda e na placa basal.

Os animais podem ser classificados conforme a de­rivação do blastóporo: se este origina a boca, o animal é protostômio – Poríferos e Celenterdos, se forma o ânus, é deuterostômio (equi-nodermos e cordados), mas se origina apenas o ânus então são os mamíferos.

Derivados do Mesodermos

Sistema Excretor e Sistema Reprodutor

O sistema Excretor e Sistema reprodutor, como derivados do mesoderme, são frequêntemente agrupados num único nome, o sistema urogenital. Isso deve-se a que ambos encontram-se anatómicamente asociados na fase adulta e durante o desenvolvimento embrionário cpmeçam a mostrar a sua diferênça e indiferênça, enquanto na fase adulta são dependentes e interrelacionados. No ponto de vista funcional esta união é absurda devido as funções de reprodução e de excreção não terem nada em comum.

Sistema excretor

O sistema excretor é o encarregado de eliminar os productos nitrogenados e os excessos de àgua e sais minerais que chegam ao sitema excretor por via de sangue, proveniente dos tecidos.

 
O sistema excretor está constituído pelos rins e as vías urinárias que, nos distintos grupos de vertebrados são os principais órgãos desse sistema, e a unidade estrutural, funcional e fundamental é a nefrona dentro do rin.

Morfogénesis do sistema excretor

O sistema excretor dos vertebrados deriva do mesoderme intermédio (mesómero ou placa nefrotómica), quer dizer, o mesoderme que se encontra à cavidade interna do corpo e os laterais.

Existe 4 tipos de rins, segundo o desenvolvimento embrionário e a evolução da espécie que se trate:

1.    Pronefro – se forma em todos os vertebrados sendo fundamentlmente funcionais nas espécies que têm formas larvais de vida libre ( teleósteose anfíbios).

2.    Mesonefro – evolutivamente sucedem aos pronefros e são funcionais em todos os embriões dos amniotas.

3.    Metanefro - constitui o rin definitivo que só forma o posterio ramo mesonefro  nos amniotas.

4.    Opistonefro – é o rin definitivo posterior aos pronefros em peixes e anfíbios. Constitui o rin definitivo dos anamniotas.

Sistema reprodutor

Encontra-se constituido ,por órgão sexuais primários (gônadas) e secundários (conductos encarregados de conducir as gâmetas desde os órgãos sexuais primários até ao exterior.

As gônadas são os testículos ou ovários que são estruturas pares na maioria dos vertebrados. Nos ciclostomatos, alguns peixes e muitas espécies de áves são ímpares, como consequência da funsão das estruturas pares ou uma degeneração unilateral.

O sistema secundários recebe o nome de conductos deferente nos masculinos e oviductos nos femininos.

Morfogénesis do sistema reprodutor

O desenvolvimento do sistema reprodutor nos primeiros estadios é dificície reconhecer a diferênça sexual, trate-se do género masculino ou femiino. Este período chama-se período indiferente já que tanto as gônadas e os conductos acesórios não mostram nenhum indício do sexo à que pertence o futuro indivíduo. Posteriormente, começa uma diferenciação e aparece o periodo definido onde as gônadas se convertem em ovários ou testículos, conforme o sexo que corresponde e continua o seu desenvolvimento dos órgãos secundários e inclusível, se reabsorve quaisquer vestigios do sexo contrário.

No principio o desenvolvimento do sistema reprodutor as células mesodérmicas têm a forma ovoide tipo coluna e na migração até as cristas genitais se distinguem por sua forma esférica.   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
Autor:

António Ngunja Kandeia Multa

www.multarevistaacademica.blogspot.com

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