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Estudo do Microscópio Óptico
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Estrutura da Célula Eucariota
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Seres Unicelulares e pluricelulares
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Metabolismo Celular
No
longo e lento processo da descoberta da célula, houve envolvimento de muitos
cientísta, tais como:
Ø
Antoine Van Leeuwenhoek – o seu microscópio
com a capacidade de aumento na ordem de 40 à 270 vezes, permitiu-lhe descobrir
os seres microscópicos e contribuiu com a descrição dos capilares que ligam as
artérias e veias.
Ø
Marcello Malpighi – estudou a anatomia microscópica dos animais. Descobriu a camada mais
interna da pele, as papilas da lingua, e as hemâcias do sangue.
Ø
Robert Hook – estudou
a estrutura das penas de aves e das patas de moscas. Em 1665 Hook valendo-se da
nomenclatura designou por célula a
unidade básica dos organismos dos seres vivos.
Ø
Dutrochet
– partilhou o mesmo pensamento com Robert Hook
Ø
Em 1833 Robert Brown encontrou na célula uma
formação densa e globosa que denominou núcleo.
Teoria
Celular
Em
1838, o botânico Matthias Jakob
Schleiden estabeleceu o seguinte: “as
plantas inferiores são constituídas por uma única célula, enquanto as
superiores são constituídas por muitas células”.
Em
1839, o filósofo Theodor Shwann
concluíu que os animais eram constituídos por partículas elementares, idênticas
às células das plantas. Schleiden e Schwann elaboraram a teoria celular,
segundo a qual, tanto as plantas como os animais são constituídos por células
que são a unidade elementar da vida.
Este
foi um dos momentos mais significativos da história de Biologia.
Estrutura do Microscópio Óptico
A
descoberta da célula foi um processo lento que envolveu a colaboração de muitos
investigadores e, dependeu de vários processos tecnológicos.
Graças
a invenção do microscópio verificou-se que todos os seres vivos eram
constituídos por pequenas unidades de matéria viva (as células).
Invenção do Microscópio e a descoberta
da Célula
Em
1300, descobriu-se que certo tipo de lentes, tinha capacidade para ampliar o
tamanho das imagens dos corpos.
No
fim do século XVI, o Galileu descobriu que, se montasse duas lentes num tubo,
obteria um aparelho que ao olhar por uma das extremidades, tornava possível
visualizar os objectos distantes. Este é o primeiro telescópio. Quando se
olhava pelo extremo oposto permitia observar objectos pequenos, invisíveis à
olho nu, ou seja, funcionava como microscópio.
Microscópio – é um instrumento óptico com capacidade de ampliação
das imagens dos objectos muito pequenos.
Pode
ser: composto ou símple.
·
Microscópio Composto – é composto por duas ou mais lentes associadas.
·
Microscópio Símples – é constituído por apenas uma lente.
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Estrutura do Microscópio Óptico
O
microscópio é um instrumento de ampliação composto por uma parte óptica e outra mecânica.



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- lâmpada
- espelho - sistema objectiva
- condensador - sistema ocular
- diafragma
Parte Mecânica
A
parte mecânica é composta por: pé ou
base, braço ou coluna, platina, canhão ou tubo ocular, revolver ou posto objectiva e parafusos que
por sua vez podem ser macrométrico ou de grande deslocamento e micrométricos ou de pequeno
deslocamento.

O
microscópio permitiu dscobrir que a célula não só é a unidade estrutural dos
seres vivos mas também a unidade fisiológica, segundo Rudolf Virchow em 1958.
Acrescentou ainda o princípio de que toda a célula tem orígem noutra pré-
existente. Este princípio veio proporcionar uma nova época na história
da citologia.
No
processo da investigação sobre a teoria celular, acrescentou-se uma
generalização que salienta: “todas as
células contêm material hereditário, através do qual as características
específicas passam da célula mãe para a célula filha”.
Poder de Resolução do Microscópio Óptico
O
poder de resolução do microscópio óptico é a maneira como os objectos são
ampliados e vistos numa observação microscópica. Depende em grande medida da
capacidade de ampliação das lentes.
Todo
microscópio óptico composto, apresenta a escala de ampliação nas objectivas e
na ocular. E o valor total de ampliação de uma imagem é dado pela fórmula
seguinte:
Ampliação total = ampliação da ocular × ampliação da objectiva.
Exemplo:

Objectiva =
40×
O microscópio poderá ampliar
a imagem em 100× 400× 1000×
Se ampliares demasiado uma imagem, ela pode apresentar-se pouco
nítida. Mas se, pelo contrário, a ampliação for menor, a imagem poderá
apresentar uma excelente nitidez de pormenor.
Mas a nitidez da imagem depende sobretudo de um factor: poder de resolução do microscópio.
Técnicas Citológicas para a
Microscopia Óptica
A observação em microscopia óptica exige a preparação do material
biológico segundo a utilização de diversas técnicas, instrumentos e materiais.
As preparações utilizadas podem ser temporárias – se servirem para uma curta duração e definitivas se forem para longa duração.
·
Preparação temporária – é aquela que permite observar a célula
viva, que pode ser montada no seu meio natural.
·
Preparação definitiva – é aquela que permite apenas a observação
da célula fixada, ou seja, morta instantâneamente e corada, para melhor
observação dos seus componentes.
·
Fixação e desidratação – é a primeira etapa para a obtenção de uma
preparação definitiva. Consiste em matar a célula rapidamente, impedindo a
activação do processo de destruição e endurecer parcialmente os tecidos, de
modo a poderem suportar as fases seguintes.
·
Inclusão e corte – para tal utilizam-se lâminas adequadas ou
aparelhos especializados, que se chamam micrótomos.
·
Hidratação e corolação – consiste em corolação da peça para melhor
identificação dos seus principais componentes e pôr a secar para evitar a
pudrifação da peça.
·
Montagem – o tecido cortado, é colocado sobre um meio
de montagem. Geralmente usa-se algumas gotas de balsamo-do-canadá.
Estrutura da Célula
Eucariota
A célula é a unidade
básica, estrutural e funcional do organismo dos seres vivos e caracterizam-se
por possuir uma estrutura e organização própria.
É uma estrutura muito complexa. Precisa de mecanismos que lhe
permite obter e usar energia para a sua reprodução, ingestão, digestão de
alimentos e excreção.
Todas essas funções devem ser executadas e coordenadas, fazendo da
célula uma unidade independente, mesmo em seres pluricelulares (os constituídos por mais de uma célula).
As células mais complexas possuem núcleo organizado e numerosos
organelos (células eucariótas).
Organitos Celulares
Os organelos celulares são
estruturas no meio intra-celular, que desempenham diferentes funções como por
exemplo:
·
Cloroplasto organelo que na célula vegetal, é
responsável pela fotossíntese e proporcionar a cor verde nas plantas.
·
Mitoncôndria – responsável pela respiração de todas
células - procariotas e eucariotas
·
Citoplásma ou
Hialoplasma – uma substância gelatinosa, responsável pela fixação de todos
organoides celulares nos seus devidos lugares. É espécie de uma massa pouco
consistente, permitindo desta maneira a fixação dos organitos e circulação
ordenada de substâncias benéficas e daninas.
As células procariótas são típicas das bactérias e algumas algas
primitivas, por essa razão, são designadas seres procarióticos.
Enquanto as eucariótas são dos seres pluricelularees , incluem
animais como: homem, os suínos, caprinos, bovinos, etc.
e plantas como mussivi, minhumbe, mitete, etc.
Comparação da Célula Animal
e Vegetal
Estudamos dois padrões de
organização célular diferentes: célula
procariota e Célula eucariota.
Há a considerar os constituíntes fundamentais: núcleo, citoplasma e membrana
plasmática.

A Tabela abaixo diferencia
estruturalmente as Células Animal e Vegetal
Estrutura
|
Célula animal
|
Célula Vegetal
|
Cloroplastos
|
Não Apresenta
|
Apresenta
|
Parede Celular
|
Não Apresenta
|
Apresenta
|
Vacúolo
|
Normal
|
Gigante
|
Cariotécas
|
Não apresenta
|
Apresenta
|
Sendo a célula uma unidade estrutural e funcional do organismo dos
seres vivos, caracteriza-se por possuír uma estrutura e organização própria,
necessária a vida.
Os seres Unicelulares e
Pluricelulares
Seres unicelulares - Procariótocos

Os Seres Unicelulares
Os seres unicelulares são aqueles que são constituídos por apenas
uma célula. Apesar disso, realizam todas as funções vitais tais como: nutrição, respiração, reprodução e
a locomoção em alguns casos. Exemplo:
amiba, paramécia, euglema , plasmódium,
etc.
A locomoção de alguns seres unicelulares é feita por: flagelos – euglema, cílios – paramécia, ou pseudópodes – amibas.
Reproduzem-se por bipartição ou conjugação. Na sua maioria são
parasitas de outros seres vivos, como é o caso da amiba e o plasmódium.
Estes levam a morte o hospedeiro. O plasmódium, agente causador da malária,
mata muita gente na àfrica em particular em Angola.
Seres Pluricelulares
São aqueles que são constituídos por mais de uma célula. Estes
representam uma grande diversidade de seres vivos. Os invertebrados, os vertebrados, plantas inferiores e superiores.
Os organismos pluricelulares desenvolvem-se de uma única célula (ovo) que determina o desenvolvimento e
o crescimento do indivíduo.
As células crescem até um limite próprio antes de se dividirem.
Este crescimento faz-se por assimilação e transformação da matéria do exterior
em novas partes celulares.
Nos organismos pluricelulares há a divisão celular, apartir da
célula mãe, formando duas células filhas com conteúdo nuclear e citoplasma
similares entre si e ao da célula progenitora.
Este processo denomina-se mitose,
é responsável pela transmissão do DNA existente nos núcleos das células.
Vantagens e Desvantagens da
Pluriceluridade
No organismo
pluricelular, a divisão da célula provoca o aumento do número de células. Assim
diz-se que, a divisão celular é o primeiro passo da diferença celular.
Vantagens
Ø
Aumento
do número de células;
Ø
Com a
divisão celular, aparece a divisão de trbalho, especializando cada célula para
uma determinada função;
Ø
Garante
a sucessão contínua de conteúdos celulares similares, permitindo a perpetiação
das espécies através da reprodução.
Desvantágens
Ø
Quanto
mais especializadas for uma célula para a realização de uma determinada função,
menor será a capacidade de divisão. Ex: O
neurónio é tão especializado para a condução de impulsos nervosos que não se
pode dividir.
Metabolismo Celular
Para a realizaçao dos processos vitais a nível célular, são
utilizadas as moléculas de nutrientes absorvidas no tubo digestivo. Nos
processos vitais celulares ocorrem numerosas reacções químicas.
Então, metabolismo celular é
o conjunto de todas reacções químicas que ocorrem em todas células vivas. Este,
assegura a manutenção das estruturas celulares, o crescimento, desenvolvimento,
divisão celular e as transferências
de energia necessária à manutenção da vida.
No metabolismo celular há a considerar dois tipos de reacções
metabólicas: catabolismo e anabolismo.
Ø
Catabolismo – é a reacção que leva a degradação de
moléculas de nutrientes, com transferência de energia e eliminação dos
resíduos.
Depois da reacção catabólica degradar as moléculas de nutrientes,
essas, são associadas a energia biológica (ATP), para construir as moléculas
mais complexas, através da reacção que se chama biossíntese de proteínas.
Ø
Anabolismo – é a reacção de síntese de compostos
orgânicos indispensáveis ao crescimento e renovação celular. Na síntese de
compostos orgânicos (biosíntese), é necessária a energia química que é
transferida apartir da reacção de catabolismo.
Respiração Aerobia e
Fermentação
Todas as actividades desenvolvidas pelos seres vivos necessitam de
energia.
A respiração aerobia e
a fermentação são os dois processos
pelos quais as células mobilizam e transferem a energia dos nutrientes.
Respirção Aerobia
A respiração aerobia é um conjunto de
reacções complexas que ocorrem nas células vivas, principalmente ao nível das
mitocôndrias.
Entre os fenómenos que caracterizam a respiração aerobia,
destacam-se as seguintes:
Þ O oxigênio do meio externo penetra no meio
interno e chega às células, onde é utilizado.
Þ Os produtos resultantes da degradação
sofrida pelos nutrientes, como dióxido
de carbono e água, são
transportados para o meio externo.
Þ Parte de energia dos nutrientes, é
transferida gradualmente e armazenada em moléculas de ATP (adenosina
trifosfato).
Podemos traduzir as reacções de respiração aerobia do seguinte
modo:
Glicose +
oxigénio Þ dióxido de carbono + água + energia ATP +
calor
A célula utiliza
principalmente a glicose para obter energia.
Pois se utilizar aminoácidos na respiração, forma-se amoníaco, uma
substância altamente toxico que é eliminado junto a urina, sob forma de ácido
úrico e uréia.
Fermentação
Na respiração aerobia, normalmente, o oxigénio é o receptor final
do hidrogénio, formando-se água.
Existe conquanto células que podem transferir a energia dos
nutientes (da glicose), sem a
intervenção do oxigénio. Fermentação é
a mobilização de energia de glicose sem a intervenção de oxigénio e de que
resulta um produto orgânico. É o fenómeno responsável pela produção de bebidas alcoólicas a partir do açúcar contido no sumo de frutas
e pelo fabrico de pão, queijo, iogurte, etc.
Por
exemplo no fabrico de vinho ocorre a fermentação alcoólica. Esta, consiste na
degradação da glicose provocada por leveduras, e, durante esta reacção ocorrem
transferência de energia, havendo formação de moléculas de ATP e libertação de
calor.
presença

de leveduras
Existe
dois tipos de fermentação: fermentação
alcoólica e fermentação láctica.
·
Fermentação alcoólica – utiliza-se no fabrico de bebidas alcoólica e na
panificação
·
Fermentação láctica – utiliza-se no fabrico de derivados do leite.
Fotossíntese
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Fotossíntese é o processo de transformação dos alimentos na planta. No decurso do processo fotossintético, as plantas, em presença da luz solar, utilizam o dióxido de carbono (CO2) e água (H2O) do meio e produzem compostos orgânicos, nomeadamente a glicose (C6H12O6), libertando oxigénio (O2). As reacções da fotossíntese ocorrem nos cloroplastos.
Em
termos globais, o processo fotossintético pode ser traduzido na seguinte
equação:
Luz solar

água + dióxido clorofila glicose
+ oxigénio + água
de
carbono
A água, o dióxido
de carbono e a luz solar são fornecidos pelo ambiente e indefinidamentente
renováveis, enquanto as clorofilas e outras moléculas implicadas no processo
são sintetizadas pelas plantas.
Factores que Interferem na
Actividade Fotossintética
A actividade fotossintética é um processo que requer a intervenção
de muitos factores, tais como:
a.
Luminosidade – a intensidade fotossintética depende em
grande medida da luminosidade disponível. Quano a luminosidade diminue, baixa
também a intensidade fotossintética.
b.
Concentração de Dióxido de Carbono – O dióxido de carbono é um dos
interveniente do processo fotossintético. Pois quando menor for a quantidade de
dióxido de carbono absorvido, menor também rerá a intensidade da fotossíntese.
c.
Água disponível – apenas cerca de 0,1% de água absorvida
pela planta através das raízes, é utilizada na fotossíntese. É pouco provável
que a falta de água afecte directamente este processo. Mas como as folhas sem
água suficiente emurchecem, e as folhas emurchecidas têm os estomas fechados, e
quando os estomas fecham pouco dióxido de carbono é absorvido, então a falta de
água afecta indirectamente o processo fotossintético.
Pigmentos Fotossintéicos –
Sua Localização

Nas folhas, os cloroplastos localizam-se no parênquima clorofilino
que constitui o mesófilo. Nos cloroplastos estão contidas todas as enzimas e
pigmentos fotossintéticos.
Tipo
de pigmento
|
Cor
|
Tipo
de Planta
|
|
Clorofila
|
a
b
c
d
|
verde-intensa
verde-amarela
verde
verde
|
-Todas planatas superiores e
algas
-
Plantas superiores e algas verdes
-
Algas castanhas e diatomâceas
- Algumas algas vermelhas
|
Carotenoides
|
Carotenos
Xantofilas
|
Laranja
Amarela
|
- Todos os organismos fotossintéticos, exceptoas bactérias
- Algas castanhas e diatomáceas
|
Focobilinas
|
Filocianina
Ficoeritrina
|
Azul
Vermelha
|
- Cianobactérias e algas vermelhas
|
Mecanismos da Fotossíntese
Directa ou indirectamente, todos os seres vivos dependem da
energia solar, excepto algumas
bactérias, apesar de que só as células das plantas possuem cloroplastos.
A fotossíntese tem lugar nos cloroplastos das células das plantas.
O mecanismo básico da fotossíntese é a absorção
de energia luminosa e sua transformação em energia química, armazenada em
compostos sintetizados pela planta, o que se apresenta resumido na seguinte
equação:
energia luminosa


clorofila
Neste processo forma-se outros compostos ricos em energia para
além da glicose. O oxigénio provém da água, que, por acção da luz solar, é
dissociada em oxigénio e hidrogénio, processo que se chama hidrólise da água.

Na fotossíntese, o oxigénio é libertado para a atmosfera e o
hidrogénio é levado por moléculas transportadoras de electrões, para se intervir
numa reacção onde o CO2 é reduzido, originando compostos
orgânicos, nomeadamente a glicose.
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