sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Materia de Apoio de Biologia 7ª Classe


Estudo dos Ecossistemas

Ecossistema é o conjunto de organismos que vivem numa determinada área e as interações que se estabelecem entre esses seres vivos e entre eles e o meio ambiente.

 

Comunidade ou Biocenose – é o conjunto de seres vivos de um ecossistema e as relações que se estabelecem entre eles.

Numa comunidade podemos encontrar diversas Populações. População é o conjunto de indivíduos da mesma espécie, que vivem numa determinada área num dado período de tempo.

Dentro de um Ecossistema as comunidades estão divididas em Biótopos. Biótopo é o espaço físico ocupado por uma comunidade, e os biótopos subdividem-se em habitat. Habitat é o espaço ocupado por uma população.

 

Estudo dos Ecossistemas

A Terra é o único planeta conhecido do Sistema Solar que oferece condições para a existência da vida. Os seres vivos de várias espécies encontram-se espalhadas pelas várias regiões da Terra, ocupando diferentes ecossistemas de acordo com a sua estrutura. Todos os animais e plantas estão dependentes das condições do meio, e, ao mesmo tempo condicionados pelas relações que se estabelecem entre eles, tais como as relações alimentares, de competição, interajuda, etc. Essas relações entre os seres vivos e entre esses e o meio ambiente são os assuntos sobre os quais se debruça a Ciências Biológica chamada Ecologia. A Ecologia é um ramo da Biologia que estuda os seres vivos no seu ambiente natural. E as unidades básicas para o seu estudo são os ecossistemas.

Os elementos de um ecossistema são os factores abióticos, que incluem os factores físicos e químicos do meio, e os factores bióticos, constituídos pelos seres vivos que vivem no ecossistema.

 

Diversidade de Ecossistemas

Na natureza podem considerar-se dois tipos de ecossistemas: ecossistema aquático e ecossistema terrestre. Os ecossistemas são muito variados e podem ocupar diferentes dimensões.

 

Ecossistema Aquático

Os ecossistemas aquáticos dividem-se em dois grandes grupos: ecossitema de água salgada, como os Oceános e Mares, e ecossistemas de água doce, que incluem os rios, lagos, lagoas e pântanos. Existe ainda um ecosistema de transição, chamado estuário, onde existe uma mistura de água doce e de água salgada.

 

 

 

 

 

 

 

Ecossistema Terrestre

Os ecossistemas terrestres são constituídos por grandes extensões de terra, onde crescem árvores, arbustos e capim, ou seja, com uma vegetação que pode ser densa como florestas tropicais ou abertas como as savanas ou desertos, que constituem os grandes ecossistemas terrestres em Angola.

 

 

 

 

 

 

 


Classificação dos seres Vivos

A história da Classificação

Os biólogos, colocados perante a grande diversidade de seres vivos, tiveram a necessidade de classificá-los. Classificar – é formar grupos com seres vivos e dar nome a cada um deles.

A primeira tentativa de classificar foi feita pelo filósofo grego Aristóteles, que trabalhou principalmente com animais.

Depois apareceu o Teofrasto que foi o discíplo de Aristóteles, e descreveu as plantas que existiam e que ele conhecia no seu tempo. Ele classificou as plantas de acordo com o seu tamanho, dividindo-as em árvores, arbustos, subarbustos e ervas.

Mais recentemente, outros estudiosos também se preocuparam em classificar os animais.

 

 

 

Critérios utilizados na classificação dos seres vivos

Na ordem da classificação, são os gregos que dividiram os seres vivos em animais e plantas. Depois dessa divisão, descobriram-se alguns microorganismos e havia dificuldades de incluir alguns deles em qualquer dos reinos já definidos, pois, apresentavam simultaneamente características de animais e de vegetais, admitiu-se então a existência de um terceiro reino, o Reino dos Protistas. A este, pertence a euglema, que tem um flagelo para se deslocar, característica própria dos animais, e possui cloroplastos para a realização da fotossíntese, característica dos vegetais. Existem outros organismos com estas características, todos considerados protistas, pois são unicelulares e têm núcleo.

Assim todos os seres vivos encontram-se agrupados em três grandes Reinos: Animal, Plantae ou Vegetal e Protista.

Apesar das semelhanças que se verificam entre os componentes desses reinos, nota-se uma elevada diversidade de forma, característica e comportamento, por isso é possível formar, em cada um deles, agrupamentos menores onde as semelhanças são maiores.

 

Esses agrupamentos ainda podem ser subdivididos em outros mais pequenos onde as semelhanças são ainda maiores, e assim sucessivamente até se chegar a um agrupamento básico chamado espécie.

Espécie é o escalão da classificação que inclui todos os seres vivos que, além de serem parecidos entre si, podem cruzar-se e originar descendentes, os quais por sua vez ao cruzarem-se dão origem a outros que lhes são idênticos.

Para que os seres vivos possam ser incluídos na mesma espécie, é necessário que estas duas condições sejam verificadas simultaneamente (serem idênticos e, quando cruzados, originam descendentes férteis).


O primeiro trabalho «moderno» de agrupar os seres vivos segundo as suas semelhanças foi feito pelo sueco Carlos Lineu.

 

Actualmente os seres nvivos agrupam-se em cinco reinos: os reinos Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animal. Na 7ª classe só se estudarão os reinos, Vegetal (Plantae) e o Animal.

 

Na classificação, os seres vivos são agrupados em reinos, filos (que nas plantas se chama divisão), classes, ordem, família, género e, finalmente, a espécie que é o último escalão.

 

Regras de Classificação

Para classificar os seres vivos existe a regra da nomenclatura binominal, que consiste em identificar o ser vivo com dois nomes latinos.

·        O primeiro indica o género (nome genérico) e é escrito com a inicial maiúscula.

·        O segundo indica o restritivo (nome específico), escrito com inicial minúscula.

 

Este nome da espécie escreve-se em itálico.

Exemplo:

                   Homo                                                       sapiens

(género--------nome genérico)                           ( restritivo específico)

         (inicial maiúsccula)                                     ( inicial minúscula)

 

Lineu utilizou a classificação binária em latim, regra que se obedece até hoje, já que o latim é uma língua morta e com poucas probabilidades de sofrer modificações ao longo dos tempos.

Para classificar os seres vivos, temos de ter em conta as características morfológicas dos indivíduos a classificar.

Diversidades dos seres Vivos

·        Os Vírus

·        As Bactérias

A Terra é habitada por uma grande diversidades de seres vivos, tanto animais e vegetais. Estes seres vivos, diferentes, ocupam diferentes habitats, uns são terrestres, outros aquáticos se outros ainda aéreos.

Sobre estes seres vivos actuam factores abióticos como a luz, a temperatura, pressão e a composição do solo, que exercem grande influência sobre eles. Cada espécie possui condições morfo-fisiológicas para se adaptar a estes factores.

 

Os Vírus. Condições de Vida. Estrutura

Vírus são corpúsculos orgânicos que apresentam actividades quando estão no interior de células vivas específicas, pois, fora deste tipo de células, o vírus fica inactivo por tempo limitado, que varia entre alguns segundos, minutos, horas e alguns meses.

Estrutura dos Vírus

Os Vírus são corpos de estrutura simples e microscópicos, pois, só podem ser observados com ajuda do microscópio electrónico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Os vírus como agentes causadores de doenças

Os vírus são seres parasitas que podem provocar graves doenças em plantas, animais e ao próprio Homem. A SIDA é provocada por um vírus que parasita as células do sangue: o VIH (Vírus de Imunodeficiência Humana).

O sarampo, a gripe, a hepatite infecciosa, a meningite e a varíola também são doenças provocadas por vírus. Uma das formas de se combater prevenir as doenças virais é a vacinação.

Os vírus podem também atacar as plantas provocando grandes prejuízos aos agricultores. Atacam o tabaco, a cana-de-açúcar, assim como outras culturas. Como já vimos, para estarem activos e se reproduzirem, os vírus precisam parasitar um dado tipo de células.

 

Bactérias. Condições de Vida. Estrutura

As bactérias encontram-se distribuídas em todos os ecossistemas, nas maiores profundidades oceánicas, na atmosfera, nos gelos do Àrtico e do Antárctico, nas selvas torpicais, na superfície do corpo humano, no intestino, na boca, em suma, elas encontram-se em toda a superfície da Terra.

Quanto à forma, consideram-se quatro grupos de bactérias:

a)- os cocos– com forma esférica      

 


b)- os bacilos – com forma de bastonete         

 


c)- os espirilos – com forma de espiral               

 


d)- os vibriões – com forma de vírgura                  

 

 

Estrutura das Bactérias

As bactérias são seres unicelulares de constituição muito simples. São constituidas por inclusões, nucleóides, citoplasma, membrana citoplasmática, parede celular e cápsula; algumas têm flagelos.

 

Quando a nutrição, as bactérias podem ser: autotróficas ou heterotróficas.

·        Bactérias autotróficas – são aquelas que elaboram os seus alimentos a partir das substâncias inorgânicas através do processo da fotossíntese.

·        Bactérias heterotróficas – são aquelas que alimentam-se de substâncias prê-elaboradas. E estas podem ser:

Saprófitas – provocam a decomposição das plantas e dos animais mortos, convertendo-os em substâncias orgânicas mais simples que utilizam na alimentação.

Parasitas – vivem em outros organismos vivos prejudicando-os.

 

Reprodução

As células bacterianas dividem-se, produzindo duas novas células, em cada vinte e trinta minutos. Este aumento rápido dura apenas até o alimento disponível se esgotar.

 

Respiração das Bactérias

A respiração das bactérias pode ser aerobia ou anaerobia.

·        As bactérias aerobias são aquelas que necessitam de oxigénio atmosférico para respirarem

·        As anaerobias são aquelas que não necessitam de oxigénio para a sua respiração. Entretanto, as bactérias anaeróbias podem ser:

- Anaeróbias obrigatórios – aquelas que não podem estar na presença do oxigénio.

- Anaeróbias facultativas – aquelas que podem ou não estar na presença de oxigénio.

 

 

Características das Bactérias

·        São seres unicelulares de constituição muito simples

·        Algumas realizam a locomoção utilizando flagelos

·        São parasitas ou saprófitas, excepto algumas formas que podem realizar a fotossíntese

·        A reprodução pode ser sexuada (por conjugação) ou assexuada (por bipartição), a forma mais frequente de reprodução. As bactérias multiplicam-se muito rapidamente.

Importância das Bactérias

O estudo das bactérias é muito importante já que o seu conhecimento permite ao homem lutar contra as patogénicas (causadoras de doenças) e preservar as benéficas (que produzem em benefício do homem).

As bactérias benéficas participam na fermentação láctica (iogurte), acética (vinagre), e alcoólica (vinho). Participam ainda no desenvolvimento na agricultura fixando o azoto nas plantas.

 

Diversidades das Plantas

A vegetação em Angola é constituída, em alguns casos, por grandes árvores que podem atingir muitos metros de altura, ou árvores de pequeno e médio porte, e uma vegetação herbácea abundante. No deserto do Namibe existe uma planta que é exclusiva desse deserto: a Welwitschia. Existe também uma vegetação aquática variada, esta inclui plantas microscópicas e outras de grande complexidade.

 

 

 

Classificação dos Vegetais

O Reino Vegetal é constituído por um elevado número de plantas. Estas têm uma organização celular que vai desde as algas até às espermatófitas, que são as plantas mais complexas.

 

Chave Dicotómica do Reino Vegetal

Filo do Reino das Plantas

                                                                                                  Filos

Plantas com flores…………………………………….        Espermatófitas

Plantas sem flores………………………………….....                   1

  - Plantas com raiz, caule (muitas vezes subterrâneo) e folhas..Pteridófitas

  - Plantas sem raiz, caule e folhas……………………                   2

 


 - Plantas com raiz, caule e folhas verdadeiras, mas com

rizóides, caulóides filóides……………………………             Briófitas

 - Plantas com o corpo reduzido a um talo uni ou

   Pluricelular…………………………………………              Talófitas

 

Algas

Algas são plantas simples, sem raízes nem caule nem folhas verdadeiras. Podem ser microscópicas ou macroscópicas, sendo as ultimas constituídas por órgãos de fixação (falsas raízes), falsos caules e por  frandes (falsas folhas).

Devido a presença de pigmentos clorofilinos, as algas podem apresentar diferentes cores: verdes, castanhas, vermelho ou amarelo.

Características das algas

- Habitam em lugares húmidos e sombrios, nas águas doces e salgadas;

- Podem ser unicelulares ou pluricelulares;

- Têm cloroplastos com clorofilas que lhes dá a cor verde ou outro pigmento que as torna amarela, vermelhas ou castanhas;

- Algumas algas microscópicas são parte da constituição do plânton;

- Liberam oxigénio para a atmosfera através do processo da fotossíntese;

- Não têm verdadeiras raízes, caule ou folhas.

Importância das Algas

As algas são muito importantes porque servem de alimentação de muitos animais. As autotróficas são a base da alimentação dos ecossistemas aquáticos, porque constituem o fitoplâncton que alimenta a maioria dos peixes que servem para a nossa alimentação.

Algumas sevem diretamente de alimentos para o homem e para o gado, pode servir para o fabrico de adubos, de tintas, vernizes, produtos farmacêuticos e gelados.

Fungos. Condições de Vida. Estrutura

Os fungos são organismos sem clorofila e habitam em lugares húmidos e sombrios.


 

 

 

O Bolor do Pão. Condições de Vida. Estrutura

O bolor do pão, são fungos constituídos por um conjunto de filamentos esbranquiçados que se chamam hifas. E o conjunto de hifas chama-se micélio


As hifas são estruturas que se introduzem num substracto e absorvem as substâncias nutritivas nele contidas.

Importância dos Fungos

Os cogumelos, o bolor do pão e as leveduras são fungos que todos conhecemos.

Ø Alguns são importantes como certos cogumelos que servem para alimentação do homem, ou as leveduras nas indústrias de bebidas alcoólicas, panificação e lacticíneos.

Ø De alguns fungos extraem-se medicamentos como a penicilina

Há também fungos prejudiciais como os que provocam doenças nas plantas, nos animais e até no homem ou os que estragam os alimentos.

Características dos fungos

Ø Habitam em lugares húmidos e sombrios;

Ø Não têm clorofila, aproveitam as substâncias orgânicos já elaborados por outros organismos;

Ø O corpo é formado por uma rede de hifas cujo conjunto chama-se micélio;

Ø Reprodução feita geralmente por esporos dispersos pela água, pelo vento, pelos animais, etc.

 

Líquenes. Condições de Vida, Estrutura

Líquenes são organismos que vivem fixos nos troncos de árvores velhas ou nas rochas. Têm a forma de lamelas foliáceas de cores variadas e muito ramificados.

São constituídos por dois elementos: um fungo e uma alga. O fungo fixa-se ao substrato, absorve água e sais minerais e protege a alga.


A alga realiza a fotossíntese e fornece ao fungo as substâncias orgânicas resultantes desse processo.

Características dos Líquenes

·        São organismos constituídos por uma alga e o fungo associados;

·        Para os líquenes se nutrirem, os filamentos do fungo absorvem água e sais minerais e as células das algas produzem, durante o processo da fotossíntese, substâncias orgânicas que fornecem ao fungo.

 

Briófitas

Briófitas é um grupo de plantas representado por pequenas plantas como os Musgos e as hepáticas das fontes. São mais abundantes nas regiões tropicais e habitam nos lugares húmidos e sombrios.

 

 

 

Funária. Condições de Vida

A funária cresce sobre o solo, rochas e cascas das árvores. Não possui verdadeiras raízes, caule ou folhas porque não têm estruturas especializadas para o transporte de substâncias na planta. Apresenta na sua estrutura, caulóide com rizoides e filídeos (caule falso com raízes e folhas falsas).

 

·        Caulóide – é cilíndrico e curto, com rizoides na parte inferior, cuja função é absorver água e sais minerais do solo, suportar os filídeos e fixar a planta ao substrato.

·        Filídeos – são constituídos por uma só camada de células. Não têm clorofila nem estômas.

·        Rizóides – permite a fixação da planta no substrato. Não são responsáveis pela absorção de águas e sais minerais.

 

Reproddução da Funária

A reprodução dos musgos processa-se em duas fases: a gametofítica e espermatofítica.

 

·        Fase gametofítica – a fecundação processa-se no tempo húmido, pois nesta altura a água cobre os musgos unindo os seus órgãos reprodutores. Unidos, os anterozoides nadam até a oosfera onde vai ocorrer a fecundação que resultará o zigoto.

·        Fase espermatofítica – também conhecida como fase esporofítica, nesta fase o ovo ou zigoto desenvolve e torna-se num esporófito.

 

Características das Briófitas

·        São plantas não vascularizadas, ou seja, sem um sistema de condução de substâncias.

·        Habitam em lugares húmidos e sombrios.

·        São seres pluricelulares.

·        Estruturalmente são constituídos por rizoides, caulóides e filídeos.

·        Realizam a fotossíntese, graças à qual elaboram os seus alimentos.

·        Reproduzem-se por esporos e necessitam de meio húmido para se reproduzirem  e viver. Na funária, a cápsula contém os esporos que, levados pelo vento, originam novas plantas.

 

Pteridófitas

As Pteridófitas são plantas mais simples em relação as espermatófitas. Os principais representantes dessas plantas são os fetos, as avencas e as samambaias. Estas, têm raiz, caule e folhas mas não produzem flores.

 

O Pólipo. Constituição e reprodução

Raiz – Os pólipos têm raízes pequenas e rígidas que nascem na face inferior do caule subterrâneo (rizoma). As raízes são todas adventícias e absorvem água e sais minerais do solo que fornecem ao resto da planta.

 

 Caule – é subterrâneo, apresenta-se sob forma de um eixo alongado que se chama rizoma. Cresce à alguns centímetro abaixo da superfície do solo.

Folhas ou Frondes – têm um pecíolo e possuem folíolos com clorofila. Em determinadas épocas do ano, aparecem umas dilatações castanhas que se chamam soros. Os soros são conjuntos de pequenos sacos chamados esporângios, onde se formam células reprodutoras chamadas esporos. As folhas além de fazerem a fotossíntese, participam também na reprodução.

 

Características das Pteridófitas

·        São plantas verdes com raiz, caule e folhas.

·        Não produzem flores nem frutos

·        Os esporos germinados originam um protalo onde formam gâmetas que, quando fecundados, dão um ovo que origina uma nova planta.

 

 

Espermatófitas

As espermatófitas são plantas produtoras de sementes. Dividem-se em gimnospérmicas e angiospérmicas

 

 

 

As Plantas Gimnospérmicas

Em Angola as plantas gimnospérmicas são representadas por Cicas, Welwitschia Marabilis e Pinheiro.

 

Cicas. Condição de Vida. Morfologia

A Cica é uma planta semelhante à uma palmeira, tem um caule grosso não ramificado e uma coroa de folhas grandes na parte superior.

Raiz – Tem uma raiz principal e várias raízes secundárias.

Caule – não tem ramificações e pode atingir dez metros de altura. O seu crescimento é lento.

Folhas – formam uma corola na parte superior do caule, dispõem-se em espiral e a coroa forma-se de dois em dois anos. São compridas e o limbo dividido em folíolos.

Cone – formações relacionadas com a reprodução e existem os masculinos e os femininos.

Os cones masculinos e femininos encontram-se em indivíduos diferentes, por isso, essas plantas chamam-se dioicas. Em cada cone masculino existe escamas estaminais que produzem o pólen, enquanto nos femininos existem escamas ovulíferas que produzem óvulos.

Características das Ciscas

- As sementes são nuas, pois, não se encontram protegidas pelo fruto;

- A raiz e o caule são lenhosos;

- As flores são unissexuais, sem cálice nem corola;

- Não há verdadeiro ovário, ficando os óvulos descobertos;

- A polinização é feita pelo vento;

- O embrião tem numerosos cotilédones.

 

O grupo das espermatófitas tem características particulares que lhes permitem adaptar-se aos seus habitats. Assim sendo, vê-se que:

 

 


     

 

 

   

 

 

Angiospérmicas

As angiospérmicas são plantas cujos óvulos encontram-se encerrados num ovário e as sementes protegidas por um pericarpo. A sua polinização é geralmente feita por insectos e raramente, por aves. As sementes podem ter um ou dois cotilédones.

O milheiro. Condição de vida. Morfologia

O milheiro, assim como outras plantas, é uma planta anual que se cultiva em todos os climas quentes e nas zonas temperadas.

 

 

 

 

 


                     

Características dos órgãos que constituem o milheiro

Raiz – é fasciculada, apresenta numerosas raízes a partir da base do caule chamadas raízes adventícias, que dirigindo-se para o solo, fixam a planta.

Caule – é herbáceo, cilindro na base, apresenta nós e entrenós bem diferenciados.

Folhas – são simples, alternas, cortantes, alongadas e estreitas. As nervuras são paralelinérveas. As folhas têm uma longa bainha que envolve quase todo entrenó – folhas invaginantes.

Flores – podem ser masculinas ou femininas. Como as masculinas e femininas se encontram na mesma planta, diz-se que é monóica. A flor por não ter pétalas diz-se que é nua.

Fruto – o fruto e a semente formam um só corpo o grão de milho. O pericarpo adere à semente. Na semente de milho, o embrião é pequeno, formado por radícula, caulículo e gémula, é monocotiledónea por ter um cotilédone.

Reprodução do milheiro

Realiza-se dupla fecundação. O crescimento do embrião e a transformação numa pequena planta é devido a divisão e crescimento das células da radícula, caulículo e da gémula.

Características

- Raiz fasciculada. Por atrofia da radícula do embrião desenvolvem-se raízes adventícias

- O caule é herbáceo e não modificado, com nós salientes.

- Folhas sem pecíolo, com baínha desenvolvida e limbo com numerosas nervuras paralelinérvias.

- Na mesma planta encontramos flores masculinas e flores femininas.

- Semente com um só cotilédone.

 

O Feijoeiro. Condição de vida.Morfologia

O feijoeiro é uma planta anual, da família das leguminosas. Cultiva-se apenas nas regiões tropicais e subtropicais. Apresenta na sua estrutura, raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes.

Raiz – é subterrânea, constituída por parte mais desenvolvida (raiz principal), com ramificações laterais (raízes secundárias) que também se ramificam.

Tem a função de fixar a planta ao substrato e através dos pelos radiculares, absorver águas e sais minerais, indispensáveis à todas as funções vitais da planta.

Divide-se em três zonas diferentes: zona de ramificação, zona pilosa ezona de alongamento.

Zona de ramificação – é a zona onde têm origem as raízes secundárias.

Zona pilosa – é a zona constituída por numerosos pelos que facilitam a absorção da água e sais minerais.

Zona de crescimento – é a região onde se processa o crescimento da raiz da planta.

Ainda na raiz podemos encontrar o colo e a coifa, portanto, colo – é a zona que separa a raiz do caule e coifa, a zona terminal da raiz que protege a região de crescimento.

Caule – é constituído por um eixo principal, cilíndrico e ramificado. Tem a função de suportar os restantes órgão aéreos da planta e conduzir as substâncias das raízes para as folhas e vice-versa.

Folhas – são verdes e dispostas alternadamente no caule. Ligam-se ao caule através dos nós, distribuídos uma folha para cada nó.

As folhas contêm pigmentos chamados clorofilas que conferem a cor verde e nelas ocorre um processo muito importante (a fotossíntese), responsável pela produção dos alimentos das plantas e o oxigênio.

A folha do feijoeiro é constituída por pecíolo, limbo - caracterizado pela página superior e inferior.

Flores - são completas, dispostas em cachos e hermafroditas – com órgãos de reprodução masculino (estames) e órgão de reprodução femino (carpelos).

Apresenta na sua estrutura : órgãos de suporte, órgãos de protensão e órgãos de reprodução – pedúnculo e receptáculo, gineceu e androceu respectivamente.

O gineceu – é constituído por carpelos compostos pelo estigma, estilete e ovário –gônada feminino.

Androceu – formado pelos estames que se dividem em filete e antera, onde é produzido o gão de pólen – gónada masculino.

O fruto – é uma vagem que, quando madura, deixa cair as sementes.

A semente é constituída por um tegumento, dois cotilédones e um embrião -  planta em miniatura (plântula) e constitui a parte essencial da semente.

 

Reprodução e crescimento do feijoeiro

A reprodução é muito importante, pois, é através dela que se mantem a continuidade das espécies.

No feijoeiro, o pólen maduro sai das anteras para o estigma, onde germina produzindo o tubo polínico com núcleos espermáticos que através dos estiletes chega aos ovários onde vai fecundar os óvulos. Ocorre dupla fecundação porque um núcleo espermático junta-se à oosfera e os outros núcleos juntam-se com o mesocisto, resultando as duas junções uma única célula – o ovo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tipos de raiz

As raízes podem ser aprumadas, fasciculadas e tuberculosas.

Raiz aprumada – é aquela que apresenta uma raiz principal e outras secundarias.

Raiz fasciculada – é aquela em que não se distingue uma raiz principal, apresentam-se sensivelmente iguais entre si, como é o caso da raiz do milheiro.

Raiz tuberculosa – são raízes grosas e carnudas. Essas raízes podem ser:

·        Tuberculosas aprumadas – como a da cenoura.

·        Tuberculosas fasciculadas – como a da beterraba ou dálha.

As raízes podem ainda ser aquáticas ou aéreas

 

 

 

 

Tipos de Caule

O caule é um órgão das plantas que cresce quase sempre na vertical. É constituído por colo, , entre nó, gema axial, axila e gema terminal.

Colo – é a zona que separa o caule da raiz.

Nós – são dilatações que se apresentam de espaço a espaço, no caule.

Entrenós – é o espaço que vai de um nó para o outro.

Axila – é a região que liga a folha ao caule.

Gemas axiais – são botões que desenvolvem e originam ramos que também suportam folhas.

Gema terminal – é que dá continuidade ao crescimento da planta.

O caule pode ser aéreo ou subterrâneo.

Caule aéreo

Os caules aéreos podem ser erectos a atingir vários metros de altura como 100 m. ou baixos atingindo apenas poucos centímetros. Podem ser trepadores como o da ervilheira, erectos como o do mamoeiro ou rastejante como o da aboboreira.

 

 

 

 

 

 

Caules subterrâneos

Os caules subterrâneos podem ser tubérculos, bolbos ou rizomas.

Tubérculos – são caules subterrâneos com forma arredondada e carnudos, como a batata rena que o homem utiliza para a sua alimentação. Das gemas da batata nascem os caules aéreos.

Bolbo – são caules subterrâneos curtos envolvidos por folhas modificadas e carnudas chamadas escamas, como a cebola.

Rizoma – são caules subterrâneos, alongados horizontalmente, cobertos de escamas e contendo substâncias de reservas, como o caule do lírio.









Tipos de Folhas

A folha é um órgão constituído por diferentes partes, como a bainha, pecíolo e limbo.

·        Bainha – é a zona que envolve o caule;

·        Pecíolo – é a estrutura que suporta o limbo

·        Limbo – é constituído pelas nervuras, margens da folha e páginas, superior e inferior.

As folhas classificam-se quanto à nervação, recorte, divisão e forma do limbo.

Quanto à nervação do limbo as folhas classificam-se em:

1.     Uninérvia - com uma só nervura

2.     Paralelinérvias - cujas nervuras são paralelas;

3.     Palminérvias – quando as nervuras estão como a palma da mão;

4.     Peninérvias – com nervura principal e as secundárias cruzam transversalmente a principal.

Quanto a divisão do limbo as folhas classificam-se em simples, compostas e recompostas.

Quanto ao recorte da margem do limbo as folhas podem ser inteiras, serradas, dentadas, crenadas fendidas, partidas e lobadas.

E quanto à forma do limbo as folhas classificam-se em arredondadas, elípticas, lanceoladas, ovadas cordiformes, sagitadas ensiformes e aciculares.

 

Importância dos Vegetais

As plantas têm muitas importância porque, produzem oxigénio com que respiram todos animais, servem de alimentação para muitos seres vivos.

O Homem alimenta-se de muitos vegetais como a couve, repolho, gimboa, salsa, folhas de feijoeiro, abóbora e muitas outras.

De algumas plantas extraem-se produtos que servem para fabricar medicamentos e as plantas medicinais utilizam-se directamente em chás e em difusões para massagens.

Outras plantas produzem madeira utilizada na construção e no fabrico de mobílias.

É preciso estudarmos as planta para sabermos como cuidar a flora para proteger a natureza, quais as plantas benéficas e quais as plantas prejudiciais.

 

 

Grande Diversidade de Animais

·        Classificação dos animais e chave dicotómica do Reino Animal

·        Invertebrados

·        Vertebrados

·        Representantes Típicos da fauna Angolana

 

Classificação dos animais e chave dicotómica do Reino Animal

Como já vimos na classificação dos seres vivos e estudamos os vegetais, classificando-os conforme as suas características específicas, vamos fazer o mesmo com os animais.

Já nesta classificação, os protozoários em vez de formarem um reino a parte, estão juntos no reino animal.

Vamos classificar um animal vertebrado: o Gato Doméstico (Felis catus)

Reino 

Reino
Filo
Sub-Filo
Classe
Ordem
Espécie
Anila
Chordata
Vertebrta
Mammalia
Carnívora
Felis-catus

Felis Nome genérico

                      catus – Nome restritivo ou específico

Reino
Filo
Classe
 
 
 
 
 
 
 
Animal
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anacordata
 
 
 
 
Protozoários
Espongiários
Celenterados
Platelmintas
Nematelmintas
Anelídeos
Moluscos
Artrópodes
Aquinodermes
 
 
Cordata
 
Peixes
Anfíbios
Répteis
Áves
Mamíferos

 

Assim, notaremos que, o gato é um animal cordado porque tem um cordão dorsal nas primeiras fases do seu desenvolvimento, vertebrado porque, quando adulto tem a coluna vertebral. Inclui-se nos mamíferos porque alimenta-se de leite materno nos primeiros dias de vida e é carnívoro porque alimenta-se de carne dos outros animais (ratos, baratas, etc.).

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