sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Material de Apoio de Biologia 8ª Classe


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Tema: A

Os Alimentos e a Manutenção da Vida

·         Necessidades Alimentares

·         Composição dos Alimentos

·         Alimentação Equilibrada

Necessidades alimentares do organismo

A alimentação é fundamental para qualquer ser vivo, já que dela depende a sua sobrevivência.

Os alimentos contêm substâncias básicas (nutrientes) para o crescimento e a manutenção do corpo e para a reparação das estruturas que o constituem.

O organismo humano é constituído por muitos componentes, e destacamos os mais abundantes: água 59,5%, proteínas ou prótidos 18,7%, lípidos 15,5%, saís minerais 6%, glícidos 0,3%.

Através do sistema excretor, diariamente, o nosso organismo elimina grande quantidade de água. Esta perda de nutrientes tem de ser compensada. Por exemplo, as células intestinais vivem entre três a cinco dias, as células do fígado vivem oito a dez dias, as células da pele renovam-se completamente num período de vinte a trinta dias e os glóbulos vermelhos vivem cerca de cento e vinte dias.

Composição dos Alimentos

Noção de Alimentos

Alimento é tudo aquilo que os seres vivos ingerem para a manutenção das suas vidas.

Os alimentos ingeridos, são maioritariamente de origem animal e vegetal. São constituídos por nutrientes. Estes nutrientes dividem-se em dois grandes grupos: nutrientes orgânicos e nutrientes inorgânicos.

Ø  Os nutrientes orgânicos são aqueles que são elaborados pelos organismos dos seres vivos. Exemplo: proteínas ou prótidos, glícidos, glúcidoss ou hidratos de carbono, lípidos ougorduras e vitaminas.

Ø  Os nutrientes inorgânicos são aqueles que existem por si na natureza. Exemplo: água,cálcio, fósforo, ferro, sódio,potássio, Iodo eflúor.

Existem alguns alimentos que são compostos por vários nutrientes. A tabela abaixo mostra alguns alimentos comuns em Angola e a sua composição em nutrientes.

Alimentos
Prótidos
Glícidos
Lípidos
Fibra
Ovo
6,5 %
0,5 %
1,8 %
0,4 %
Arroz
4,9 %
49,7 %
1,2 %
2 %
Feijão
14,4 %
39,6 %
0,9 %
13 %
Peixe
28,4 %
0,1 %
 
 
Bata
4,6 %
0,15 %
36,9 %
2 %
Carne
27,4 %
0,1 %
3,1 %
 

 

Definição dos principais nutrientes Orgânicos

Aminoácidos

Aminoácidos são os principais constituintes das proteínas existentes no corpo humano. Esses encontram-se nos alimentos como: peixe, carne, ovos, leite e legumes.

Quando as proteínas são fragmentadas, obtemos os péptidos que os constituem. Esses são constituídos por entre dois e cem aminoácidos iguais ou diferentes.

Na natureza, até a data foram identificados vinte e dois tipos de aminoácidos. Porém, apenas vinte constituem o nosso corpo. Desses vinte aminoácidos, oito são designados por aminoácidos essenciais porque não podem ser produzidos pelo nosso organismo, e têm de ser obtidos através da alimentação.

Asseguir vem os nomes dos aminoácidos, os essenciais para os adultos vêm assinalados por  (*). Para as crianças, são também essenciais os aminoácidos arginina e histidina.

1.    Ácido aspárido             8. Glicina                          15. Serina

2.    Ácido glutámico           9. Glutamina                     16.Tirosina

3.    Alanina                       10. Histidina                       17. Treonina*

4.    Arginina                      11. Isoleucina *                  18. Triptofano*

5.    Asparagina                  12. Leucina  *                    19. Valina*

6.    Cisteína                       13.  Metionina *                 20. Lisina**

7.    Fenilalanina *              14. Prolina                          21. Ortinina

 

Proteínas

As proteínas são substâncias que provêm dos péptidos de vários aminoácidos. Dividem-se em dois grupos: proteínas completas e proteínas incompletas.

Ø  As proteínas completas contêm os oitos aminoácidos essenciais e encontram-se, sobretudo, nos alimentos de origem animal.

Ø  As proteínas incompletas contêm quantidades muito pequenas de certos aminoácidos essenciais, pelo que convém combinar os alimentos que as contêm. Ex: gelatina, feijão e milho com pequenas quantidades de alimento que contenham proteínas completas.

A falta de proteínas na alimentação pode provocar problemas como:

·         Atraso no crescimento e desenvolvimento intelectual

·         Diminuição da capacidade de defesa do organismo contra as infecções.

·         Mau funcionamento generalizado do organismo.

As proteínas não estão isoladas nos alimentos. Estão associadas a outros nutrientes. Se consumirmos apenas alimentos ricos em proteínas, corremos o risco de ingerir quantidades desadequadas de outros nutrientes.

Os Glícidos

Glícidos são nutrientes que provêm dos açúcares no organismo.

Em função da sua composição, os glícidos classificam-se em três grupos: Monossacáridos, Oligossacáridos e Polissacáridos.

·         Os monossacáridos são glícidos simplesutilizados directamente pela célula. Ex: glicose – presente nas frutas, frutose e levulose presente nas frutas e mel, e galactose presente no leite.

·         Os oligossacáridossão glícidos que resultam da ligação de dois monossacáridos. Ex: sacarose – açúcar comum, maltose – açúcar do pão e lactose – açúcar do leite.

·         Os polissacáridos são glícidos complexos constituídos por um grande número de monossacáridos ligados entre si. Ex: glicogénio – que constitui as reservas de energias dos animais, amido – constitui a reserva de energia das plantas e celulose – fibra vegetal.

Para assegurar o bem estar e o aumento da duração média de vida, o organismo humano necessita de ingerir diariamente entre 10 à 30 gramas de glícidos.

Lípidos

Os lípidos são nutrientes que proporcionam a energia ao organismo humano. É graças aos lípidos que o nosso corpo mantém-se numa temperatura normal.

Os lípidos são constituídos por ácidos gordos ligados a uma molécula de álcool (glicerol) .

A percentagem de lípidos que constitui o corpo de um animal, varia de espécie para espécie, e em algumas espécies  como o homem varia de pessoa para pessoa.

O quadro abaixo apresenta a percentagem de lípidos presentes em alguna alimentos.

Aves                  10 %
Carneiro              20 %
Vaca                   25 %
Porco                 40 %
Peixe Sardinha    10 %
Peixe Cavala       12 %
Peixe Atum        15 %
 
 
 
 
 

Os ácidos gordos que constituem os lípidos, dividem-se em ácidos gordos saturados e ácidos gordos insaturados. Os ácidosn gordos saturados estão associados ao excesso de colesterol no nosso organismo (aterosclerose).

Os ácidos gordos saturados abundam em alimentos como os ovos,a margarina, a manteiga  e as carnes vermelhas.

Os ácidos gordos insaturados predominam nas gorduras de orígem vegetal e têm um efeito positivo na prevenção de aterosclerose. Por isso, é recomendado que, o total dos lípidos que ingerimos, consumamos ⅓ de lípidos de origem animal e ⅔ de origem vegetal.

Vitaminas

As vitaminas são substâncias orgânicas quer de origem animal quer de origem vegetal, e servem para a manutenção de todos os processos vitais.

As vitaminas actuam em doses muito pequenas (mg) miligramas que são necessárias ao bom funcionamento e conservação do organismo.

Algumas estão associadas às gorduras e outras à água que constitui os alimentos.

A carência total de vitaminas é denominada avitaminose e a carência parcial denomina-se hipovitaminose.

As vitaminas dividem-se em dois grandes grupos: Vitaminas lipossolúveis e as vitaminas hidrossolúveis.

Ø  As vitaminas lipossolúveis (solúveis nos lípidos) incluem as vitaminas A, D, E eK.

Ø  As vitaminas hidrossolúveis (solúveis na àgua) incluem as vitaminas C, B e PP ou B3.

A água

A água é um nutriente inorgânico, indispensáveis para a vida. É o mais abundante dos nutrientes inorgânicos, constitui cerca de 63 % do peso do nosso organismo.

O organismo perde cerca de dois litros de água por dia, através do suor, da urina, das feses e do ar expirado. Por isso, deve se ter o cuidado de repô-la.

A quantidade de água presente nos vários alimentos é variável. Ex: alface 90%, maçã 84%, peixe 80%, carne 75%, ovos 65% e pão 40%.

A importância da água baseia-se das duas causas: 1º - é componente fundamental de todos líquidos orgânicos e - é solvente de muitas substâncias.

No corpo humano, a concentração da água varia de órgão para órgão: sangue 83 %, rins 82,7 %, músculo 75,6 %, cérebro 74,5 %, ossos 22 %.

Nutrientes Minerais

Os nutrientes minerais constituem cerca de 6% do peso corporal. Entre esses destacam-se o Cálcio, o Ferro, o Sódio, o Magnêsio e o Iodo que desempenham funções específicas no organismo.

O excesso ou deficiência prolongada de qualquer um destes nutrientes minerais afecta o funcionamento dos órgãos.

Características dos Nutrientes

No organismo os nutrientes realizam diferentes funções :

·         Funções Energéticas – é desempenhada pelos lípidos e glícidos

·         Funções construtoras ou Plásticas – sã as proteínas que constroem e regeneram as células e tecidos.

·         Funcões protectoras – esta é desempenhada pelas vitaminas, sais minerais e um tipo de prótidos (as enzimas).

Alimentação Equilibrada

·         Importância de comer correctamente

Considera-se que a alimentação é equilibrada quando evita doenças provocadas pelo excesso ou por carência de nutrientes e permite manter uma vida saudável.

Assim, para saber fazer uma escolha adequada dos alimentos, é necessário conhecer a composição dos próprios alimentos. E para facilitar o estudo dos nutrientes, foram classificados de acordo com as funções que desempenham no organismo e dividem-se em três grupos:

1.    Nutrientes Plasticos – participam na construção e reparação de estruturas orgânicas, e na constituição da reserva. A este grupo faz parte as proteínas, lípidos, água e sais minerais.

2.    Nutrientes Energéticos – fornecem energia, incluem-se glícidos, lípidos e proteínas.

3.    Nutrientes Reguladores e Protectores – regulam as funções orgânicas e protegem o organismo contra as doenças, a esse grupo pertencem a água, os sais minerais e as vitaminas.

Para se conhecer melhor os nutrientes é importante saber determinar o seu conteúdo energético. Para o medir, utilizamos a unidade como o joule e a caloria.

O quadro a seguir indica as necessidades diárias média de nutrientes de um adolescente:

energia
Proteínas
Gorduras
Glícidos
SaisMiner
Vitaminas
2800 kcal
58 g
100 g
420 g
560 mg
A(0,75g)
B(2,3mg)
C( 30mg)

 

Erros Alimentares: causas e consequências

Comer bem não significa comer muito, mesmo que sejam consumidos alimentos de alta qualidade. Devemos combater a fome qualitativa e não a fome quantitativa.

A alimentação inadequada provoca doenças como: fraquezas, anemias, barriga inchada e cegueira, entre outras.

Regras de Higiene Alimentar

A higiene alimentar depende da maneira como são conservados os alimentos. Se estiverem mal conservados, sofrem alterações, mo que faz com que os micro organismos produzem substâncias tóxicas que prejudicam a saúde humana.

Os alimentos mal conservados podem causar problemas como: diarreias, perturbações respiratórias, etc.

Existem vários processos que quando bem aplicado, permitem a boa conservação dos alimentos. Entre estes destacam-se a salga, a fumagem, a conservação em vinagre, o frio, os xaropes de açúcar e a secagem.

Na salga nos xaropes e na conservação em vinagre, a alta concentração de sal, de açúcar, (que nos xaropes de frutas deve representar pelo menos 65% do peso final) ou de vinagre, tem como objectivo criar condições que impeçam o crescimento dos microrganismos que alterem os alimentos.

Na fumagem e na secagem há uma desidratação dos alimentos, evitando a penetração e desenvolvimento de micro organismos.

Já a refrigeração ou congelação dos alimentos irá impedir a multiplicação de micro organismos presente, permitindo assim que os alimentos se mantenham próprio para o consumo durante mais tempo.

 

Tema B

Função Digestiva

·         Anatomia do Sistema Digestivo

·         Fisiologia da Digestão

·         Absorção Intestinal

·         Higiene do Sistema digestivo

 

Anatomia do Sistema Digestivo

·         Estrutura do Sistema Digestivo

·         Higiene da Boca

Estrutura do Sistema Digestivo

O sistema digestivo humano é constituído por tubo digestivo e órgãos anexos.

O tubo digestivo é composto por boca, faringe, esófago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.

Existem estruturas anexas, que ajudam a transformar os alimentos e entre as quais se destacam as glândulas salivares, a vesícula biliar e órgãos como o fígado e a pâncreas. Estas estruturas produzem sucos digestivos que ajudam no trabalho de transformação dos alimentos.

O principal componente do sistema digestivo é o tubo de aproximadamente nove metros de comprimento que se estende desde a boca até ao ânus.

 

Boca e Dentes

A boca é uma cavidade limitada na parte anterior pelos lábios, lateralmente pelas faces, na parte superior pela abóbada palatina e, atrás, pelo véu palatino, que possui uma saliência, a úvula.

Na boca existe a língua, um órgão móvel muito musculado e que possui papilas gustativas. Os quatro tipos de papilas (que detectam o doce, o amargo, o ácido, e o salgado) permitem-nos sentir o sabor dos alimentos.

Na boca encontramos também os dentes, que estão implantados nos alvéolos dentários.

Existem diferentes tipos de dentes, que desempenham várias funções:

·         Incisivos – cujos bordos servem para cortar os alimentos;

·          Caninos – que servem para rasgar;

·         Pré-molares e molares – que trituram os alimentos.

Dos trinta e dois dentes que um adulto possui, oito são incisivos, quatro são caninos, oito são pré-molares e doze são grandes molares.

Os quatro dentes do siso (que são molares), aparecem entre os dezassete e os vinte e cinco anos. Todos os dentes apresentam a mesma estrutura interna. A parte exterior da coroa é formada por esmalte, a substância mais dura do corpo humano, enquanto a parte da raiz é prtegida por cimento, uma substância semelhante à que constitui os ossos. A principal massa do dente é formada por dentinha. Dentro desta está abrigado o nervo que confere sensibilidade  ao dente e os vasos sanguíneos que os alimentam.

Enquanto os dentes trituram os alimentos, as glândula salivaares produzem saliva, que se mistura com o alimento e ajuda a produzir uma massa mole a que chamamos bolo alimentar.

Faringe, Esófago e Estômago

A faringe tem a forma de funil e sai da parte posterior da boca e das foças nasais. Nela se crusam as vias respiratórias e digestiva.

Durante a deglutição a epiglote baixa e a laringe eleva-seo que faz com queo orifócio de comunicação entre a faringe e a laringe (glote) fique tapado. Assim evita-se a passagem de alimentos para a via respiratória. Ao mesmo tempo, a lingua encosta-se à abónada palatina e a úvula fecha a comunicação da faringe com as foças nasais.

O esófago é um tubo com cerca de 25 cm de comprimento e 3 cm de diâmetro, que atravessa o diafragma e comunica com o estômago através da cárdia. A abertura e fecho dessa passagem são controlados por um músculo circular denominado esfíncter da cárdia.

O estômago é uma área dilatada e transformada do tubo digestivo que possui uma capacidade de 1,5 litros.

As paredes do estômago estão revestidas internamente por uma mucosa produtora de muco, na qual existem glândulas que produzem as enzimas digestivas e o ácido clorídrico, que compõe o suco gástrico ou estomacal.

O estômago comunica com o intestino delgado pelo piloro, cuja abertura e feicho são controlados pelo esfíncter pilórico.Do estômago sai uma massa consistente denominada quimo,que passa para o intestino delgado.

Intestino Delgado e Intestino Grosso

O intestino delgado tem cerca de 5 à 6 metros de comprimento, apresentaa muitas curvas e ansas - que aumentam a sua área de absorção – e está encaixado na cavidade abdominal. A parte inicial do intestino delgado é o duodeno e mede cerca de 30 cm de comprimento. Depois do duodeno vem uma porção denominada jejuno, à qual se segue o íleo, a zona mais extensa do intestino delgado, que tem a função de absorver grande parte dos nutrientes contidos no quilo.

No intestino delgado actuam o suco pancreático (produzido pelo pâncreas), a bílis (produzida pelo fígado e na vesícula biliar) e o suco entérico ou intestinal (produzido pelo próprio intestino). Estes sucos completam a degradação do amido e das proteínas.

O intestino grosso comunica com o intestino delgado através do orifício íleocecal. Logo abaixo dessa comunicação está o cego ou ceco, e na extremidade deste está o apêndice. Acoma do íleocecal, o intestino grosso prolonga com o cólon ascedente ao qual se segue ocólon descedente e este termina no recto, que abre para o exterior através do ânus cuja a abertura é controlada pelo esfíncter anal.

 

Glândulas anexas ao Tubo Digestivo

As glândulas anexas ao tubo digestivo são: glândulas salivares,o fígado e o pâncreas.-

As glândulas salivares produzem a saliva e estão em comunicação com a boca. Existem três tipos de glândulas salivares:

·         As parótidas, situadas por baixoe à frente das orelhas;

·         As Submaxilares, situadas por baixo da base da lingua, na parte posterior do maxilar;

·         As sublinguais, situadas à frente das submaxilares e por baixo da lingua.

A saliva possui uma enzima digestiva denominada amílase salivar ou ptialina que transforma o amido (um glícido abundante no pão e no arroz), num péptido mais simples, a maltose.

O fígado de cor vermelha-acastanhada, pesa entre 1,5 à 2 Kg e é considerado a maior glândula do corpo humano. Situa-se na parte superior direita ao abdómen. Segrega cerca de 700 ml de bílis por dia, que é conduzida por um canal até a vesícula biliar, onde é armazenada e de onde é lançada no duodeno à passagem do quimo.

O pâncreas, de cor rosada, pesa cerca de 70 g e tem 15cm de comprimento, localizado entre o duodeno e o estômago (um pouco atrás). Segrega cerca de dois litros de suco pancreático por dia, que é conduzido através do canal pancreático, para desembocar no duodeno. Este suco contém enzimas como: trpisina, amílase, lipase, entre outras, que actuam na digestão dos alimentos. É também o pâncreas que produz uma hormona que regula o teor de glicose no sangue, a insulina e o glucagon. Por produzir substâncias que passam para o exterior e outras que vão directamente para o sangue, diz-se que o pâncreas é uma glândula mista.

Higiene da Boca

A higiene da boca é feita através da utilização de uma boa escova de dentes e de pasta de dentes. Sempre que a situação exija, é necessário utilizar-se também o fio dental.

A boa higiene oral depende da utilização correcta da escova. Eis algumas técnicas para uma correcta lavagem dos dentes:

·         Movimentar a escova na vertical;

·         As pontas dos fios da escova devem passar de cima para baixo, na arcada superior, e de baixo para cima na arcada inferior;

·         Friccionar os dentes e as gengivas;

·         Escovar os dentes e friccionar as gengivas do lado de dentro;

·         Escovar a arcada superior e inferior separadamente, com a boca bem aberta.

·         Passar a escova em cada arco pelomenos dez vezes;

·         Usar fio dental, para remover as partículas de alimentos que a escova não conseguiu retirar.

Fisiologia da Digestão

·         Digestão Mecânica

·         Digestão Química

·         Acção das enzimas na digestão

·         Sequenciação do processo digestão

Digestão Mecânica

Digestão – é o conjunto de transformações sofridas pelos alimentos no tubo digestivo.

Os alimentos são modificados no seu trajecto ao longo do tubo digestivo, não só do ponto de vista mecânico, como também do ponto de vista químico.

As acções consideradas mecânicas são:

·         Mastigação;

·         Deglutição;

·         Movimentos peristálticos.

Na mastigação, por acção dos dentes e da língua, os alimentos são transformados em partículas menores, que são depois misturadas com a saliva, constituindo o bolo alimentar.

Na deglutição, o bolo alimentar passa para a faringe e desta para o esófago, que se abre no estômago. O bolo alimentar percorre o esófago impelido pelas contrações do músculo das suas paredes.

Quando o bolo alimentar chega ao estômago, este contrai-se e executa movimentos que fazem com que a massa de alimentos seja misturada com o suco gástrico, encaminhado de seguida para o piloro.

No estômago, o bolo alimentar transforma-se numa pasta semilíquida denominada quimo.

As contracções registadas no esófago, no estômago e nos intestinos constituem os movimentos peristálticos.

Digestão Química

Digestão química é o conjunto de todas reacções químicas que transformam os alimentos em substâncias mais simples e assimiláveis. Esta é controlada por enzimas. Conhecem-se aproximadamente duas mil enzimas.

Enzima é toda substância que acelera uma determinada reacção química, portanto, a substância sobre a qual a enzima actua denomina-se substrato, enquanto a substância que resulta da reacção das enzimas sobre o substato chama-se produto.

Todas as enzimas têm em comum um sufixo «ase» no seu nome, que pode ter a referência ao substrato sobre o qual ela actua. Exemplo: amílase, lipase, protease, ect.

As enzimas encontram-se em sucos digestivos como a saliva, suco gástrico, suco pancreático, e o suco intestinal.

Acção das Enzimas na Digestão

Os alimentos que ingerimos são constituídos por substâncias sólidas. Para que sejam absorvidos têm de ser transformados mediante a acção das enzimas.

Uma enzima é formada por regiões às quais o substrato se pode ligar, formando um complexo enzima-substrato.


 

 As enzimas não se ligam permanentemente ao substrato nem alteram a sua composição, pois, depois da reacção este complexo desfaz-se. Cada enzima tem o substrato específico sobre o qual ela actua.

Existe uma enzima no suco gástrico – a quimiossíntese ou casease que actua sobre a proteína do leite (caseína), também existe, embora em pequenas quantidades, a lipase gástrica que o desdobramento dos lípidos em ácidos gordos e glicerol.

No intestino delgado actuam três sucos, dos quais um, a bílis ou fel, não possui gorduras. A bílis é segregada pelo fígado e serve para emulsionar as gorduras.

A lipase pancreática ou lipase intestinal faz com que os lípidos já emulsionados pela bílis sejam desdobrados em ácidos gordos e em álcool, (geralmente o glicerol). Nos sucos pancreáticos e intestinais existe enzimas específicas para a fragmentação de glícidos.

A amílase pancreática (amilopsina), transforma o amido que não foi degradado pela amílase salivar.

No suco intestinal existe as seguintes enzimas que actuam sobre os respectivos substratos: maltose/maltase, sacarosse/sacarase, lactose/lactase.

A digestão das proteínas termina quando são fragmentadas, até se obter os aminoácidos que as constituem.


Sequenciação do Processo digestivo

A digestão começa na boca e prossegue ao longo dos outros órgãos que compõem o tubo digestivo.

Na boca, os alimentos são mastigados e insalivados. A saliva além de amolecer e lubrificar os alimentos, possui amílase, que catalisa a transformação do amido em maltose.

Os alimentos mastigados e insalivados tomam o nome de bolo alimentar, que em seguida é deglutido e passa pela faringe até ao esófago.

No esófago o bolo alimentar prossegue até ao estômagodevido às contracções involuntárias das paredes do esófago (movimentos peristáltico).

No estômago o bolo alimentar sofre acções mecânicas provocadas pelos movimentos que o fazem deslocar entre a cárdia e o piloro e vice-versa tocando as paredes do estômago. Deste modo o bolo alimentar é misturado com o suco gástrico e transforma-se em quimo, uma massa semí-líquida.


No intestino delgado as transformações são catalisadas pelas enzimas do suco pancreático, da bílis e do suco entérico. A bílis actua sobre as gorduras, facilitando a acção da lipase presente noutros sucos digestivos.

No intestino delgado, a maltose que escapou na acção da amílase salivar, é desdobrada pela amílase pancreática.

Os prótidos que no estômago não foram transformados totalmente, são desdobrados em aminoácidos pela acção da tripsina (protease pancreática) e da proteáse intestinal.

A água, as vitaminas e os sais minerais, não sofrem nenhuma transformação no tubo digestivo, passam directamente para o meio interno.

O

 

Absorção Intestinal

·         Vias sanguíneas e Vias Linfáticas

Os alimentos depois de ingeridos e digeridos são assimilados e passam directamente para o sangue, processo a que chamamos de absorção digestiva, e como ocorre principalmente nos intestinos delgado, pode se chamar também de absorção intestinal


A parede interna do intestino delgado apresenta invaginações que triplica a superfície de contacto com os nutrientes presentes no quilo. Estas, estão recobertas por milhões de vilosidades intestinais, no interior de cada qual existe capilares sanguíneos e um vaso quilífero, onde circula a linfa.

A absorção intestinalfaz-se por:

Ø  Via sanguínea – água, sais minerais, vitaminas hidrossolúveis e aminoácidos;

Ø  Via linfática – ácidos gordos, glicerol e vitaminas lipossolúveis.

Todas as substâncias não absorvidas passam para o intestino grosso e fazem parte das fezes.

 

 

Tema C: Função Circulatória

·         Sangue e Linfa

·         Mecanismos da defesa do Organismo

·         Anatomia do Sistema Circulatório

·         Circulação Sanguínea e Linfática

·         Higiene do Sistema Circulatório

 

Constituição do Sangue e suas funções

O sangue é um líquido não transparente de cor vermelho. A quantidade de sangue num adulto varia entre 4,5 a 5 litros. É constituído por um fluído incolor que se chama plasma.

As células do sangue dividem-se em três grupos:

·         Glóbulos vermelhos também chamados hemácias ou eritrócitos são células anucleadas com forma de disco bicôncavo, com funções de contribuírem na respiração. São as mais abundantes no organismo.

·         Glóbulos brancos ou leucócitos são maiores em relação as hemácias, possuem núcleo e têm a função de defender o organismo contra as doenças.

·         Plaquetas sanguíneas são fragmentos celulares, cuja função é assegurar a coagulação do sangue.

Hemácias

Hemácias são células que constituem a hemoglobina, com período de vida entre cem a cento e vinte dias.

A hemoglobina é umas proteínas que contem ferro, o que lhe confere a capacidade de transportar oxigénio. O sangue rico em oxi-hemoglobina, tem a cor vermelha vivo e chama-se sangue arterial.

Leucócitos

Leucócitos são células com núcleo e têm a função de defender o organismo contra as doenças. Dividem-se em dois grandes grupos:

·         Neutrófilos, basófilos e eucinófilos, polinucleadas e com granulações no citoplasma.

·         Linfócitos e monócitos mononucleadas e sem granulações.

Os granulócitos e os monócitos formam-se apenas na medula óssea, enquanto os linfócitos, além de serem formados na medula óssea, podem ter origem no baço.

Os granulócitos e os monócitos têm a capacidade de diapedese, que lhes permite passar em qualquer lado e fagocitose, que lhes dá a propriedade de mecanismo de defesa não específica.

 

Plaquetas Sanguíneas

Plaquetas sanguíneas são elementos mais pequenos do sangue, não têm cor nem núcleo. São fabricados na medula óssea e têm a função de lutar contra as hemorragias.

Linfa. Sua constituição e função

A linfa é um líquido incolor presente no meio intercelular e é formada a partir do sangue.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


É na linfa que as células laçam produtos tóxicos e prejudiciais resultantes do seu metabolismo. A linfa circulante também é constituída por plasma e leucócitos. Esta linfa tem a função a defesa do organismo por intermedio dos leucócitos que nela se circulam.

Mecanismos de Defesa do Organismo

Imunidade e imunização

Os agentes patogénicos que ameaçam o organismo, podem ser de natureza química ou biológica. Entre os de natureza biológica destacam-se os vírus, as bactérias, os fungos e outros micro-organismos que entram no organismo através do ar, da água, dos alimentos ou de feridas existentes na pele.

A imunidade é o conjunto de processos que permitem ao organismo reconhecer substâncias estranhas, neutraliza-las e destruí-las. Imunizado é a designação do organismo que reage eficazmente à agressão leda a cabo por elementos estranhos.

O sistema imunitário é constituído por um conjunto decélulas e órgãos localizados em diferentes regiões do corpo e que intervêm na defesa do organismo. A maioria dessas células são os leucócitos e existem na linfa e no sangue.

Tem diversas funções tais como:

·         Reconhecer e destruir ou bloquear os corpos estranhos;

·         Destruir as células anormais do organismo;

·         Eliminar do organismo as células danificadas.

Distinguem-se dois tipos de mecanismos de defesa:

·         Mecanismos de defesa não específica;

·         Mecanismo de defesa específica.

No mecanismos de defesa não específica, as células defensoras, fagocitam  qualquer agente  nocivo ao organismo. A designação, deve-se à sua acção geral de defesa contra todos corpos estranhos.

No mecanismo de defesa específica, a intervenção de anticorpos é dirigida à um invasor específico para eliminá-lo, e esta é desenvolvida pelos linfócitos B.

São exemplos de algunsmecanismos de imunidade:

·         As barreiras físicas e químicas

São fenómenos que impedem a entrada de corpos estranhos, tais como: a pele, os pêlos das narinas, as lágrimas e o suor, que têm substâncias tóxicas para muitas bactérias.

·         Resposta Inflamatória

Isso acontece quando sofremos picadelas de insectos ou queimaduras na pele, o que permite a entrada de bactérias. Quando isso acontece, na zona afectada surge diversas acções de inactivar ou destruir os agentes estranhos, e essas acções manisfestam-se por:

- Vermelhidão e calor na superfície da pele, devido a dilatação dos capilares sanguíneos;

- A dor aparece devido às terminações nervosas que estão na zona afectadas.

- Vê-se a inflamação devido à passagem de plasma e linfócitos para o local da infecção.

Efeitos da SIDA

A SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida) é uma das doença mais grave da actualidade, provocada pelo VIH ( Virus de Imunodeficiência Humana), que sequestram os linfócitos – células de defesa do organismo.

Sequestrados os linfócitos, o organismo fica sem defesa face a qualquer microorganismos que o invada. O doente fica então sensível à todo tipo de doença, levando-o à morte.

Como se transmite

Existem várias formas de transmissão deste vírus:

·         Por via sexual;

·         Por via sanguínea;

·         Por via vertical, isto é, de mãe para bebé durante o período pré-natal;

·         Por transplante de órgãos proveniente de um dador infectado

·         Por beijo entre namorados, embora isso aconteça raramente.

 

Anatomia do Sistema circulatório

O sistema circulatório engloba o sistema circulatório sanguíneo e o sistema circulatório linfático.

Sistema sanguíneo

O sistema sanguíneo é o conjunto de órgãos que funcionam para a circulação do sangue no organismo de um ser vivo.

É constituído pelo coração e os vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares).

O Coração

O coração é o órgão central da circulação, trabalha como uma bomba, distribuindo o sangue para todas as partes do corpo.

Está dividido em quatro cavidades, duas aurículas e dois ventrículos. Cada aurícula comunica com o ventrículo do mesmo lado por intermédio de uma válvula. Longitudinalmente é dividido pelo septo(espessa parede muscular) que separa-o em duas metades (direita e esquerda).

É musculoso e pesa 270 à 300 grama.  A superfície externa do músculo do coração – miocárdio – é envolvidopor uma membrana denominada pericárdio.

No coração a artéria pulmonar tem origem no ventrículo direito e a artéria aorta no ventrículos esquerdo.

Na aurícula direita estão ligados duas veias cavas – superior e inferior, enquanto da aurícula esquerda ligam-se quatro veias pulmonares.

Existem válvulas semilunares no início das artérias pulmonar e aorta que impedem o retorno do sangue ao coração.

Na sua trajectória total, o sangue completa uma volta que começa no coração, para os pulmões e destes para o coração (pequena circulação ou circulação pulmonar), do coração para todas partes do corpo e retorna novamente para o coração (grande circulação ou circulação sistémica). 

O coração tem movimentos rítmicos que asseguram o bombeamento do sangue. Este movimento é caracterizado pelos batimentos que dividem-se em três fases: sístole auricular, sístole ventricular e diástole.

Sístoles são contracções do curação. Na sístole auricular o sangue é empurrado para os ventrículos. Na sístole ventricular, na direita o sangue é empurrado para os pulmões e na esquerda para todas as partes do corpo.

Diástole é o relaxamento do miocárdio. Neste caso as válvulas semilunares fecham e as auriculoventriculares abrem e as cavidades do coração recebem o sangue de modo passivo.

O círculo cardíaco segue a seguinte sequência: diástole geral, sístole ventricular e sístole ventricular.

 

Trajecto do sangue

No trajecto do sangue a parte esquerda do coração bombeia a quantidade de sangue igual à bombeada na parte direita. O sangue percorre uma grande rede de vasos sanguíneos. Nesse percurso distinguem-se  circulação pulmonar ou pequena circulaçãoe circulação sistémica ou grande circulação.

A circulação pulmonar começa do ventrículo direito e termina na aurícula esquerda, tem como objetivo libertar o dióxido de carbono CO2 e Oxigenar o sangue a partir dos alvéolos pulmonares.

A circulação sistémica começa no ventrículo esquerdo e termina na aurícula direita, tem como objetivo distribuir o oxigénio para todas as células e recolher o CO2 resultante do metabolismo celular.

As veias da cabeça e dos membros superiores unem-se e formam a veia cava superior. As veias do resto do corpo juntam-se para constituir a veia cava inferior.

Por sua vez, o coração recebe o sangue arterial através das artérias coronárias que partem da base da artéria aorta. O sangue venoso é transportado pelas veias coronárias que entram na aurícula direita.

 

Sistema Linfático

O sistema linfático é o conjunto de órgãos que permitem a circulação da linfa. Linfa é um líquido que percorre uma rede de vasos linfáticos (veias e capilares linfáticos). Esses últimos, existem em todos os órgãos, paralelamente aos capilares sanguíneos. Tal como as veias sanguíneas, as linfáticas também possuem válvulas que impedem o retorno da linfa.

No sistema linfático não existe o órgão impulsionador da circulação, como sucede na circulação sanguínea. A linfa circula graças ao movimento dos músculos do corpo e a ação das válvulas de sentido único.

As veias linfáticas provenientes do lado direito do corpo (membros superior direito, lado direito da cabeça e do pescoço) unem-se para formar o canal linfático direito, que abre numa veia do sistema sanguíneo proveniente do membro superior direito. Todas as veias linfáticas das outras partes do corpo reúnem-se no canal torácico. Este drena a linfa para uma veia proveniente do membro superior esquerdo.

Na trajetória dos vasos linfáticos existem gânglios linfáticos, que são abundantes no pescoço, nas axilas e nas virilhas. No interior destes, existem linfócitos e outras células que têm a função de defesa do organismo.

Circulação geral e Pulmonar

O coração faz um funcionamento duplo, pois, provoca simultaneamente a circulação pulmonar e a circulação sistémica. Na circulação pulmonar, o sangue faz o percurso curto estre o coração e os pulmões, ao passo que na circulação sistémica o sangue que sai do coração chega à todas as partes do corpo.

Nesta circulação, o sangue arterial por contração do ventrículo esquerdo é lançado na artéria aorta, que, ramificando-se  leva o sangue para todas as células do corpo. Nas células o sangue passa para elas o oxigénio que transporta e recolhe o dióxido de carbono em excesso tornando-se sangue venoso. Este sangue circula pelas veias e volta para o coração, entra pela aurícula direita e passa para o ventrículo direito. Daí começa a circulação pulmonar, onde o sangue venoso é enviado para os pulmões, onde liberta o dióxido de carbono e é enriquecido com o oxigénio e volta para o coração onde entra peal aurícula esquerda.

É por isso que o miocárdio do ventrículo esquerdo é mais espesso, pois, enquanto o ventrículo direito bombeia o sangue para os pulmões, o direito bombeia para todas as partes do corpo.

 

Relação entre a Circulação sanguínea e a circulação linfática

Para as células terem as substâncias que necessitam, é necessário que o líquido extra celular seja renovado constantemente. Assim, maior parte da linfa torna a entrar noa circulação através dos capilares sanguíneos, e, o seu excesso é drenado para os capilares linfáticos.

A relação entre a circulação sanguínea e linfática, é devido a função que ambos desempenham, de manter o meio interno húmido e transportarem substâncias para diversas partes do corpo, onde vão desempenhar funções vitais, assim como defender o organismo contra os agentes patogénicos.

 

Higiene do sistema circulatório

Prevenção para a saúde

As doenças cardiovasculares têm sido uma das maiores causas da morte das pessoas. Para as evitar, é preciso manter uma boa higiene do sistema circulatório. E isso passa pela observância das seguintes regras:

·         Não consumir muitos lípidos;

·         Não fumar;

·         Evitar o estress;

·         Fazer exercícios físicos todos os dias;

·         Não abusar o consumo de álcool;

·         Não permanecer parado, de pé, durante muito tempo;

·         Controlar sempre a tensão arterial.

 

As doenças cardíacas podem ser diagnosticadas utilizando várias técnicas:

·         Auscultação;                                

·         Electrocardiograma;

·         Radiografia;

·         TAC (tomografia axial computarizada);

·         Ecocardiografia;

·         Análise de sangue.

 

Tema D

Função Respiratória

·         Anatomia do sistema respiratório;

·         Movimentos respiratórios;

·         Trocas gasosas e transporte de gases

·         Higiene do sistema respiratório

 

Anatomia do sistema respiratório

·         Estrutura do sistema respiratório

O sistema respiratório é composto por pulmões e vias respiratórias.

As vias respiratórias são os canais por onde passa o ar até chegar aos pulmões, são compostas por: fossas nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios.

Ø  Fossas Nasais –são orifícios das narinas e comunicam directamente com o exterior, o seu interior está dividido em duas partes pelo septo nasal. A parte superior de cada fossa nasal tem a função olfativa e a parte inferior está revestida pelo epitélio rico em glândulas mucosas e tem a função respiratória. A secreção dessa glândula serve para aquecer e humedecer o ar inspirado.

Ø  Faringe – é a continuação das fossas nasais e é a passagem comum do ar para a traqueia e dos alimentos em direcção ao esófago.

Ø  Laringe –está situada entre a IV e VI vértebra cervical, tem a função de fechar o canal respiratório durante a deglutição evitando o brônquio aspiração. É na laringe onde estão as cordas vocais, responsáveis pelos sons que emitimos.

Ø  Traqueia – é um tubo formado por anéis cartilaginoso e mantêm a sua forma, com cerca de 12 cm de comprimentos e 2 cm de diâmetro. A traqueia divide-se em dois brônquios, direito e esquerdo.

Ø  Brônquios – são duas ramificações da traqueia que penetram nos pulmões. Aí ramificam-se em vários canais respiratórios chamados bronquíolos e terminam em pequenos sacos esponjosos chamados alvéolos pulmonares.

Pulmões

Os pulmões são órgãos essenciais do sistema respiratório,são dois: pulmão direito e pulmão esquerdo.

São massas elásticas esponjosas ligadas aos brônquios. Estão localizados na caixa torácica. Entre os pulmões existe um espaço chamado mediastino. Cada pulmão é revestido por uma membrana dupla, a pleura.

Nos pulmões o oxigénio passa para o sangue e o dióxido de carbono passa para a atmosfera.

A renovação do ar nos pulmões chama-se ventilação pulmonar é assegurada pelos movimentos respiratórios (movimentos rítmicos da caixa torácica).

 

 

Movimentos respiratórios

·         Expiração e inspiração.

- Sua relação com os movimentos da caixa torácica.

Os movimentos respiratórios são assegurados pelos movimentos da caixa torácica e permitem a ventilação pulmonar (renovação do ar dos pulmões). Neles, distinguem-se dois mecanismos:

 

·         Inspiração (entrada do ar);

·         Expiração (saída do ar).

Os movimentos da caixa torácica são provocados pelas contracções e relaxamento de vários músculos (diafragma, elevadores das costelas e intercostais).

A inspiraçãoocorre quando o diafragma se contrai e baixa, aumentando o diâmetro vertical da cavidade torácica.

A expiraçãoproduz-se na continuação da inspiração. Os músculos que participam no acto de inspiração relaxam causando a diminuição de volume da caixa torácica.

A inspiração é um fenómeno que consiste na contracção dos músculos, enquanto a expiração consiste no relaxamento dos músculos.O conjunto da inspiração e expiração denomina-se ciclo respiratório.

Um adulto em repouso realiza, em média, 16 a 18 ciclos respiratórios por minuto. Este número pode variar a factores como a idade, o sexo, a altura, o peso e o esforço físico.

Em cada inspiração normal entram, em média 0,5 litros de ar, sendo expulsa a mesma quantidade na expiração.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Trocas gasosas e transporte de gases

·         Trocas gasosas a nível pulmonar

Nos pulmões, concretamente nos alvéolos pulmonares, o sangue realiza o intercâmbio de gases com o meio externo. O sangue venoso chega aos pulmões com alta pressão de dióxido de carbono (CO2) e baixa pressão de oxigénio (O2), enquanto o inverso acontece com o ar presente nos pulmões. Essa diferença de pressões, provoca a difusão de cada um dos gases, ou seja, os gases vão movimentarem-se da região onde a sua pressão é maior para a região onde a sua pressão é menor. Este processo denomina-se hematose pulmonar e transforma o sangue venoso em sangue arterial.

 

·         Importância do sangue no transporte de gases respiratórios

Todas as células do organismo, precisam do oxigénio para o seu metabolismo. Como o único sistema que introduz esse gaz é o respiratório, dos pulmões para todas as células, o oxigénio é transportado pelo sangue.

As diferenças de pressão de gases que se notam nos pulmões, são as mesmas, usando o recíproco. Desta forma, o sangue vai distribuindo o oxigénio e recolhendo o dióxido de carbono, por meio de difusão.

O consumo de oxigénio nos diferentes órgão do corpo varia conforme a actividade que este realiza. É o coração que consome a maior quantidade de oxigénio, mesmo estando em repouso.

Para fortalecer o sistema respiratório e prevenir as infecções, promover condições saudáveis, deve-se:

·         Respirar pelo nariz;

·         Fazer exercícios de expiração e inspiração para desenvolver os músculos da caixa torácica e aumentar a capacidade respiratória dos pulmões;

·         Nos ambientes de trabalho, manter as janelas abertas durante várias horas por dia;

·         Não fumar.

Higiene do sistema respiratório

·         Doenças do aparelho respiratório

·         O tabaco e a saúde

 

Doenças do aparelho respiratório

Doenças do aparelho respiratório são todas as enfermidades que afectam os órgãos deste aparelho. Entre várias, temos a considerar as seguintes:

·         A Tuberculose – que mata mais de três milhões de pessoas por ano no mundo, causada por uma bactéria Bacilo de cock, com alta capacidade de contágio.

·         Cângro do pulmão – causado pelo fumo de tabaco, principalmente em pessoas que fumam e as que vivem com as que fumam.

·         Bronquite – caracterizada pela inflamação dos brônquios.

·         Cângrio da laringe – cujo principal causador é o fumo do tabaco.

 

O tabaco e a saúde

Segundo o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), os fumadores estão mais sujeitos a doenças cardio-respiratórias e de outros órgãos do que os não fumadores. Muita gente morre quase todos os dias devido a doenças respiratórias como cancro do pulmão, cancro da laringe, bronquite e tuberculose que têm o fumo do tabaco, o seu principal causador.

O fumo do tabaco é constituído por vários componentes perigosos para a saúde. Um deles, a nicotina, agrava a hipertensão arterial, o monóxido de carbono resultante da queima de tabaco destroe as paredes internas das artérias, causando a formação das placas (aterosclerose).

 

 

 

 

 

 

 

Tema E: Função Urinária

·         Anatomia do Sistema Urinário

·         Higiene do Sistema Urinário

 

Anatomia do Sistema Urinário

·         Estrutura do Sistema Urinário

·         Estrutura e função do rim

·         Constituição e funcionamento do nefrónio

·         Importância da função renal na homeostase

 

Estrutura do Sistema Urinário

O sistema urinário é o conjunto de órgãos que funcionam para eliminar os produtos que estão em excesso e os produtos tóxicos, resultados do metabolismo e chamam-se excreções. É constituído por rins, ureteres, bexiga e uretra.

Os rins são dois, um de cala lado da coluna vertebral, situados na região lombar. São de cor castanho-avermelhado, com forma de feijão e aproximadamente o tamanho do punho fechado. Têm a função de produzir a urina.

De cada um dos rins parte um uréter com cerca de 25 à 30cm de comprimento que transportam a urina até a bexiga.

A bexiga tem forma de saco, com parede musculosa e elástica, onde a urina se acumula até ser eliminada. Quando o volume atingir 300 à 400 ml sente-se necessidade e se atingir 500 à 600 maior é a necessidade.

A uretra é um tubo que parte da bexiga e abre para o exterior. Na mulher, tem cerca de 4 cm de comprimento e localiza-se atrás do orifício vaginal. No homem prolonga-se ao longo do pénis, atinge cerca de 20 cm de comprimento.

As mulheres contraem mais infecções urinárias do que os homens devido a proximidade entre o ânus e a uretra e também devido ao seu menor tamanho.  

 

Estrutura e função do rim

O rin tem uma membrana externa chamada cápsula renal. No corte transversal do rin distinguem-se três zonas:

·         Córtex renal ou zona cortical – camada fina, mais clara e granulosa que está depois da cápsula.

·         Zona medular ou medula renal – região mais escura, ligeiramente estriada com estrutura de forma piramidal (pirâmides de Malphighi).

·         Parte central – onde estão orientados os vértices das pirâmides de Malpighi, onde partem os ureteres em direcção à bexiga.

 

Constituição e funcionamento do nefrónio

Nefrónio é a unidade funcional do rin e encontra-se nas regiões funcionais que são o córtex renal e a medula renal. Em cada uma dessas regiões existem milhões de nefrónios.

O nefrónio é constituído por tubo urinífero e vasos sanguíneos (glomérulos).

O sangue da aorta é enviada a cada rin através da artéria renal. No tubo urinífero a arteriola eferente penetra na cápsula de Bowman originando glomérulo de Malpighi e o sangue abandona o glomérulo a partir da arteriola eferente, o sangue é colectado para vénulas que se reúnem na veia renal, que irá ao encontro da veia cava inferior.O comprimento total de cada tubo urinífero é de cerca de vinte quilómetros. 

Esse processo resume-se em três fases:

 

·         Filtração – formação da urina inicial, composta por água,sais minerais,gulicose,ureia e acido úrico a partir do corpo renal, num volume de 180 litros por dia;

 

·         Reabsorção – as substâncias ainda necessárias para o organismo, e que fazem parte da urina inicial, são reabsorvida e regressam para o sangue, a partir do tubulo renal;

 

·         Secreção - a urina formada nos tubulos uriníferos passa para os tubos colectores e posteriormente para a bexiga pelos movimentos peristálticos dos ureteres, chegando a eliminar aproximadamente 1,5 litros por dia.     

 

Importância da função renal na homeostase

As paredes do capilar e da cápsula de Bowman com permiabilidade selectiva filtram o sangue colectando cerca de 180 litros do filtrado por dia, composto por lípidos, proteínas, água, sais minerais, glicose, ureia e ácido úrico. Deste composto, algumas substâncias são reabsorvidas e passam novamente para o plasma, reduzindo para 1,5 litros de filtrado por dia, que constitui a urina.

Portanto, os rins têm a função de regular a concentração de várias substâncias no sangue, reabsorvendo as quantidades necessárias e fazendo sair o excesso na urina.

Quando há maior concentração de glicose no sangue (superior a 1,6 g por litro), como acontece com as pessoas diabéticas, a sua reabsorção não é total, pelo que uma análise de urina pode servir de base a um diagnóstico.

O sangue purificado sai dos rins e regressa à veia cava inferior. Diariamente, o organismo elimina cerca de 18 g de sais minerais e 30 g de substâncias orgânicas.

Para que haja um bom funcionamento do organismo deve existir um equilíbrio entre a quantidade de água ingerida e a eliminada.   

 

Higiene do Sistema Urinário

Normas gerais de Higiene do sistema urinário

Tendo em conta a importância do sistema urinário, devemos tomar alguns cuidados tais como:

·         Beber quantidades adequadas de água (entre 1,5 à 2 litros de água por dia);

·         Não abusar do álcool;

·         Na mulher ter na higiene da área genital, para evitar a contaminação da uretra. AA limpeza desta zona deve ser sempre feita da frente para a trás evitando o contacto entre o ânus e a uretra.

 

Prevenção de doenças do sistema urinário

Há várias doenças que podem afectar o sistema urinário, principalmente o rin.

As mais graves são: os câncer renais (formação de pequenas pedras no rin) e as infecções urinárias que quando não são tratadas podem provocar infertilidade nas mulheres.

Para prevenir essas enfermidades devemos comsumir alimentação saudável, beber água com regularidade, manter igiene na zona comum aos sistemas urinário, digestivo e reprodutor evitando assim infecções.

 

Tema F

Coordenação Hormonal

·         Glândulas endócrinas

·         Hormonas e respectivas funções 

Glândulas Endócrinas

Glândulas endócrinas são estruturas rodeadas por intensa rede de vasos sanguíneos e fibras nervosas procedentes do sistema nervoso vegetativo.

Produzem hormonas (substâncias químicas), lançadas ao sangue que as transporta para distintas células onde vão regular a sua actividade.

O sistema hormonal estabelece a ligação com o sistema nervoso central através do hipotálamo, que segrega os neuro-hormonas que regulam a secreção da hipófise, glândula ligada ao hipitálamo situado na base do crânio.

A glândula mais importante das endócrinas é a hipófise, e produz diversas hormonas que estimulam ou inibem a secreção das hormonas noutras glândulas regulando assim a sua actividade como acontece com a tiróide, ovários e os testículos.

A hipófise segrega a hormona de crescimento, a tiróide é responsável pela segregação da tiroxina que regula o metabolismo.  

As glândulas supra-renais, situadas na parte superior dos rins segregam a adrenalina, uma hormona que acerela o rítimo cardíaco e hidrocortisona que combate a estress.

O pâncreas, situado na cavidade abdominal junto do estômago, é uma glândula mista, pois, é exócrina por produzir o suco pancreático e é endócrina porque segrega insulina e glucagon, hormonas que regulam o teor de açúcares no organismo.

Os ovários localizam-se na cavidade abdominal da mulher e produzem hormonas sexuais - estrógeno e progesterona que intervêm na reprodução.

Os testículos situados na bolsa escrotaldo homem produzem a hormona sexual – testosterona, importante no desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários masculino e na reprodução.

 

Hormonas e respectivas funções

No organismo, são produzidas diferentes hormonas que desempenham distintas funções como por exemplo a Hormona antidiurética (HAD) ou vasopresina – sua concentração é regulada pelo hipotálamo, regula a quantidade de água presente no organismo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tema D

Coordenação Nervosa

·         Organização do sistema nervoso

·         Fisiologia do sistema nervoso

·         Agressões ao sistema nervoso

 

Organização do sistema nervoso

·         Estrutura do sistema nervoso

O sistema nervoso é o conjunto de órgãos que permitem a comunicação do organismo com o meio ambiente.

Possibilita as reacções aos numerosos estímulos que este recebe do meio.

O sistema nervoso é composto por:

·         Sistema nervoso central (SNC);

·         Sistema nervoso periférico (SNP).

 

 

 

 

 


Sistema nervoso central

O sistema nervoso central é formado pelo encéfalo e pela medula espinal.

·         Encéfalo – é uma massa encerrada na caixa craniana e divide-se em três partes:

- cérebro;

- cerebelo;

- bolbo raquidiano

O cérebro é a parte mais volumosa do encéfalo, pesa cerca de 1200 gramas e está dividida em dói hemisférios.

O cerebelo está situado abaixo do cérebro e o bolbo raquidiano prolonga-se pelo orifício occipital da caixa craniana e faz ligação à medula espinal.

 

·         Medula espinal – é a continuação do bolbo raquidiano, ocupa o canal vertebral e tem cerca de 50 cm comprimento.

A medula espinal está protegida pela coluna vertebral e comunica com diferentes órgãos do tronco e dos membros através de trinta e um pares de nervos raquidianos.

Tem a função de conduzir impulsos sensitivos para o cérebro e trazer impulsos motores. É um centro modulador que coordena o instinto.

Sistema nervoso periférico

O sistema nervoso periférico é composto por duas partes:

·         Sistema nervoso somático – estabelece ligação com órgão que a actividade depende da nossa vontade;

·         Sistema nervoso autónomo ou neurovegetativo – estabelece ligação com órgãos que realiza movimentos peristálticos.

De acordo com a função, os nervos classificam-se em três grupos:

1.    Nervos sensitivos ou aferentes – transmitem informações dos receptores para o modulador;

2.    Nervos motores ou eferentes – transmitem informações dos moduladores para os órgãos efectores;

3.    Nervos mistos – têm origem na medula espinal e transmitem informações dos receptores para o modulador e deste para os efectores.

Segundo a sua região de origem, os nervos podem ser agrupados em dois conjuntos:

1.    Nervos cranianos – são 12 pares, originam no encéfalo e inervam órgãos dos sentidos, músculos da face, da boca e da faringe;

2.    Nervos raquidianos – são 31 pares, originam na medula espinal e são mistos.

 

 

 

 

 

 

 

Neurónios, fibras nervosas e nervos

O sistema nervoso é constituído por milhares de neurónios que formam uma rede grande e complexa. Existe neurónios com diferentes formas e tamanhos.

Um neurónio apresenta basicamente a seguinte estrutura:

·         Corpo celular – contem núcleo e citoplasma e constitui a maior parte da célula;

·          Axónios – prolongamento que termina numa arborização. São via de saída da mensagem nervosa que entra na célula.

·         Dendrites – prolongamentos ramificados do corpo celular, são curtos do que axónios são vias de entradas das mensagens nervosas nas células.

Fisologia do sistema nervoso

Actividade reflexa

A actividade reflexa tem em conta três elementos fundamentais:

·         Medula espinal – é o centro mais importante dos reflexos;

·         Arco-reflexos – é o caminho de impulso nervoso;

·         Actos reflexos – são reacções nervosas automáticas e involuntárias que ocorrem como respostas a estímulos do meio.

 

Actividade cerebral

O cérebro é o centro onde chegam e são tratadas a informações que nos permitem conceber a realidade da natureza. Essas informações são recolhidas do meio ambiente através dos órgãos dos sentidos. Por isso é a sede da memória, da aprendizagem, da sensibilidade consciente e da actividade motora.

Quando há lesões em certas zonas dos hemisférios cerebrais, ocorre paralisia em determinados músculos do lado oposto do corpo.