-
Os
Alimentos e a Manutenção da Vida
·
Necessidades
Alimentares
·
Composição
dos Alimentos
·
Alimentação
Equilibrada
Necessidades
alimentares do organismo
A alimentação é fundamental
para qualquer ser vivo, já que dela depende a sua sobrevivência.
Os alimentos contêm
substâncias básicas (nutrientes)
para o crescimento e a manutenção do corpo e para a reparação das estruturas
que o constituem.
O organismo humano é
constituído por muitos componentes, e destacamos os mais abundantes: água 59,5%, proteínas ou prótidos 18,7%,
lípidos 15,5%, saís minerais 6%, glícidos
0,3%.
Através do sistema excretor,
diariamente, o nosso organismo elimina grande quantidade de água. Esta perda de
nutrientes tem de ser compensada. Por exemplo, as células intestinais vivem entre
três a cinco dias, as células do fígado vivem oito a dez dias, as células da
pele renovam-se completamente num período de vinte a trinta dias e os glóbulos vermelhos
vivem cerca de cento e vinte dias.
Composição
dos Alimentos
Noção
de Alimentos
Alimento é tudo aquilo que
os seres vivos ingerem para a manutenção das suas vidas.
Os alimentos ingeridos, são
maioritariamente de origem animal e vegetal. São constituídos por nutrientes.
Estes nutrientes dividem-se em dois grandes grupos: nutrientes orgânicos e nutrientes
inorgânicos.
Ø Os nutrientes orgânicos são aqueles que
são elaborados pelos organismos dos seres vivos. Exemplo: proteínas ou prótidos, glícidos, glúcidoss ou hidratos de
carbono, lípidos ougorduras e vitaminas.
Ø Os nutrientes inorgânicos são aqueles que
existem por si na natureza. Exemplo:
água,cálcio, fósforo, ferro, sódio,potássio, Iodo eflúor.
Existem alguns alimentos que
são compostos por vários nutrientes. A
tabela abaixo mostra alguns alimentos comuns em Angola e a sua composição em
nutrientes.
Alimentos
|
Prótidos
|
Glícidos
|
Lípidos
|
Fibra
|
Ovo
|
6,5
%
|
0,5
%
|
1,8
%
|
0,4
%
|
Arroz
|
4,9
%
|
49,7
%
|
1,2
%
|
2
%
|
Feijão
|
14,4
%
|
39,6
%
|
0,9
%
|
13
%
|
Peixe
|
28,4
%
|
0,1
%
|
||
Bata
|
4,6
%
|
0,15
%
|
36,9
%
|
2
%
|
Carne
|
27,4
%
|
0,1
%
|
3,1
%
|
Definição
dos principais nutrientes Orgânicos
Aminoácidos
Aminoácidos são os
principais constituintes das proteínas existentes no corpo humano. Esses
encontram-se nos alimentos como: peixe, carne, ovos, leite e legumes.
Quando as proteínas são
fragmentadas, obtemos os péptidos que os constituem. Esses são constituídos por
entre dois e cem aminoácidos iguais ou diferentes.
Na natureza, até a data
foram identificados vinte e dois tipos de aminoácidos. Porém, apenas vinte
constituem o nosso corpo. Desses vinte aminoácidos, oito são designados por aminoácidos essenciais porque não podem
ser produzidos pelo nosso organismo, e têm de ser obtidos através da
alimentação.
Asseguir vem os nomes dos
aminoácidos, os essenciais para os adultos vêm assinalados por (*). Para as crianças, são também essenciais
os aminoácidos arginina e histidina.
1.
Ácido aspárido 8. Glicina 15. Serina
2.
Ácido glutámico 9. Glutamina 16.Tirosina
3.
Alanina 10. Histidina 17. Treonina*
4.
Arginina 11. Isoleucina * 18. Triptofano*
5.
Asparagina 12. Leucina * 19. Valina*
6.
Cisteína 13. Metionina * 20. Lisina**
7.
Fenilalanina * 14. Prolina 21. Ortinina
Proteínas
As proteínas são substâncias
que provêm dos péptidos de vários aminoácidos. Dividem-se em dois grupos: proteínas completas e proteínas incompletas.
Ø As proteínas completas contêm os oitos
aminoácidos essenciais e encontram-se, sobretudo, nos alimentos de origem
animal.
Ø As proteínas incompletas contêm
quantidades muito pequenas de certos aminoácidos essenciais, pelo que convém
combinar os alimentos que as contêm. Ex: gelatina,
feijão e milho com pequenas quantidades de alimento que contenham proteínas
completas.
A falta de proteínas na
alimentação pode provocar problemas como:
·
Atraso no crescimento e desenvolvimento
intelectual
·
Diminuição da capacidade de defesa do
organismo contra as infecções.
·
Mau funcionamento generalizado do organismo.
As proteínas não estão
isoladas nos alimentos. Estão associadas a outros nutrientes. Se consumirmos
apenas alimentos ricos em proteínas, corremos o risco de ingerir quantidades
desadequadas de outros nutrientes.
Os
Glícidos
Glícidos são nutrientes que
provêm dos açúcares no organismo.
Em função da sua composição,
os glícidos classificam-se em três grupos: Monossacáridos,
Oligossacáridos e Polissacáridos.
·
Os
monossacáridos são glícidos simplesutilizados directamente pela célula. Ex:
glicose – presente nas frutas, frutose e levulose presente nas frutas e mel, e galactose presente no leite.
·
Os oligossacáridossão
glícidos que resultam da ligação de dois monossacáridos. Ex: sacarose – açúcar comum, maltose – açúcar do pão e lactose – açúcar do leite.
·
Os polissacáridos
são glícidos complexos constituídos por um grande número de monossacáridos
ligados entre si. Ex: glicogénio –
que constitui as reservas de energias dos animais, amido – constitui a reserva de energia das plantas e celulose – fibra vegetal.
Para assegurar o bem estar e
o aumento da duração média de vida, o organismo humano necessita de ingerir
diariamente entre 10 à 30 gramas de glícidos.
Lípidos
Os lípidos são nutrientes que proporcionam a energia ao organismo
humano. É graças aos lípidos que o nosso corpo mantém-se numa temperatura
normal.
Os lípidos são constituídos
por ácidos gordos ligados a uma molécula de álcool (glicerol) .
A percentagem de lípidos que
constitui o corpo de um animal, varia de espécie para espécie, e em algumas
espécies como o homem varia de pessoa
para pessoa.
O quadro abaixo apresenta a
percentagem de lípidos presentes em alguna alimentos.
Aves 10 %
|
Carneiro 20 %
|
Vaca 25 %
|
Porco 40 %
|
Peixe
Sardinha 10 %
|
Peixe
Cavala 12 %
|
Peixe
Atum 15 %
|
||
Os ácidos gordos que
constituem os lípidos, dividem-se em ácidos
gordos saturados e ácidos gordos
insaturados. Os ácidosn gordos saturados estão associados ao excesso de
colesterol no nosso organismo (aterosclerose).
Os ácidos gordos saturados
abundam em alimentos como os ovos,a margarina, a manteiga e as carnes vermelhas.
Os ácidos gordos insaturados
predominam nas gorduras de orígem vegetal e têm um efeito positivo na prevenção
de aterosclerose. Por isso, é recomendado que, o total dos lípidos que
ingerimos, consumamos ⅓ de lípidos de origem animal e ⅔ de origem vegetal.
Vitaminas
As vitaminas são substâncias
orgânicas quer de origem animal quer de origem vegetal, e servem para a
manutenção de todos os processos vitais.
As vitaminas actuam em doses
muito pequenas (mg) miligramas que
são necessárias ao bom funcionamento e conservação do organismo.
Algumas estão associadas às
gorduras e outras à água que constitui os alimentos.
A carência total de
vitaminas é denominada avitaminose e
a carência parcial denomina-se hipovitaminose.
As vitaminas dividem-se em
dois grandes grupos: Vitaminas
lipossolúveis e as vitaminas
hidrossolúveis.
Ø As vitaminas lipossolúveis (solúveis nos
lípidos) incluem as vitaminas A, D, E
eK.
Ø As vitaminas hidrossolúveis (solúveis na
àgua) incluem as vitaminas C, B e PP ou B3.
A
água
A água é um nutriente
inorgânico, indispensáveis para a vida. É o mais abundante dos nutrientes
inorgânicos, constitui cerca de 63 % do peso do nosso organismo.
O organismo perde cerca de
dois litros de água por dia, através do suor, da urina, das feses e do ar
expirado. Por isso, deve se ter o cuidado de repô-la.
A quantidade de água
presente nos vários alimentos é variável. Ex: alface 90%, maçã 84%, peixe 80%,
carne 75%, ovos 65% e pão 40%.
A importância da água
baseia-se das duas causas: 1º - é componente
fundamental de todos líquidos orgânicos e 2º - é solvente de muitas substâncias.
No corpo humano, a
concentração da água varia de órgão para órgão: sangue 83 %, rins 82,7 %,
músculo 75,6 %, cérebro 74,5 %, ossos 22 %.
Nutrientes
Minerais
Os nutrientes minerais
constituem cerca de 6% do peso corporal. Entre esses destacam-se o Cálcio, o Ferro, o Sódio, o Magnêsio e o Iodo que desempenham funções específicas no organismo.
O excesso ou deficiência
prolongada de qualquer um destes nutrientes minerais afecta o funcionamento dos
órgãos.
Características
dos Nutrientes
No organismo os nutrientes
realizam diferentes funções :
·
Funções
Energéticas – é desempenhada pelos lípidos e glícidos
·
Funções
construtoras ou Plásticas – sã as proteínas que constroem e
regeneram as células e tecidos.
·
Funcões
protectoras – esta é desempenhada pelas vitaminas, sais
minerais e um tipo de prótidos (as
enzimas).
Alimentação
Equilibrada
·
Importância
de comer correctamente
Considera-se que a
alimentação é equilibrada quando evita doenças provocadas pelo excesso ou por
carência de nutrientes e permite manter uma vida saudável.
Assim, para saber fazer uma
escolha adequada dos alimentos, é necessário conhecer a composição dos próprios
alimentos. E para facilitar o estudo dos nutrientes, foram classificados de
acordo com as funções que desempenham no organismo e dividem-se em três grupos:
1. Nutrientes Plasticos – participam
na construção e reparação de estruturas orgânicas, e na constituição da
reserva. A este grupo faz parte as proteínas,
lípidos, água e sais minerais.
2. Nutrientes Energéticos –
fornecem energia, incluem-se glícidos,
lípidos e proteínas.
3. Nutrientes Reguladores e Protectores –
regulam as funções orgânicas e protegem o organismo contra as doenças, a esse
grupo pertencem a água, os sais minerais e as vitaminas.
Para se conhecer melhor os
nutrientes é importante saber determinar o seu conteúdo energético. Para o
medir, utilizamos a unidade como o joule
e a caloria.
O quadro a seguir indica as
necessidades diárias média de nutrientes de um adolescente:
energia
|
Proteínas
|
Gorduras
|
Glícidos
|
SaisMiner
|
Vitaminas
|
||
2800
kcal
|
58
g
|
100
g
|
420
g
|
560
mg
|
A(0,75g)
|
B(2,3mg)
|
C(
30mg)
|
Erros
Alimentares: causas e consequências
Comer bem não significa
comer muito, mesmo que sejam consumidos alimentos de alta qualidade. Devemos
combater a fome qualitativa e não a fome quantitativa.
A alimentação inadequada
provoca doenças como: fraquezas,
anemias, barriga inchada e cegueira, entre outras.
Regras
de Higiene Alimentar
A higiene alimentar depende
da maneira como são conservados os alimentos. Se estiverem mal conservados,
sofrem alterações, mo que faz com que os micro organismos produzem substâncias
tóxicas que prejudicam a saúde humana.
Os alimentos mal conservados
podem causar problemas como: diarreias, perturbações respiratórias, etc.
Existem vários processos que
quando bem aplicado, permitem a boa conservação dos alimentos. Entre estes
destacam-se a salga, a fumagem, a conservação em vinagre, o
frio, os xaropes de açúcar e a secagem.
Na salga nos xaropes e na
conservação em vinagre, a alta concentração de sal, de açúcar, (que nos xaropes
de frutas deve representar pelo menos 65% do peso final) ou de vinagre, tem
como objectivo criar condições que impeçam o crescimento dos microrganismos que
alterem os alimentos.
Na fumagem e na secagem há
uma desidratação dos alimentos, evitando a penetração e desenvolvimento de
micro organismos.
Já a refrigeração ou
congelação dos alimentos irá impedir a multiplicação de micro organismos
presente, permitindo assim que os alimentos se mantenham próprio para o consumo
durante mais tempo.
Tema
B
Função
Digestiva
·
Anatomia
do Sistema Digestivo
·
Fisiologia
da Digestão
·
Absorção
Intestinal
·
Higiene
do Sistema digestivo
Anatomia
do Sistema Digestivo
·
Estrutura
do Sistema Digestivo
·
Higiene
da Boca
Estrutura
do Sistema Digestivo
O sistema digestivo humano é
constituído por tubo digestivo e órgãos anexos.
O tubo digestivo é composto por boca, faringe, esófago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.
Existem estruturas anexas,
que ajudam a transformar os alimentos e entre as quais se destacam as glândulas
salivares, a vesícula biliar e órgãos como o fígado e a pâncreas. Estas
estruturas produzem sucos digestivos que ajudam no trabalho de transformação
dos alimentos.
O principal componente do
sistema digestivo é o tubo de aproximadamente nove metros de comprimento que se
estende desde a boca até ao ânus.
Boca
e Dentes
A boca é uma cavidade
limitada na parte anterior pelos lábios,
lateralmente pelas faces, na parte
superior pela abóbada palatina e,
atrás, pelo véu palatino, que possui
uma saliência, a úvula.
Na boca existe a língua, um
órgão móvel muito musculado e que possui papilas gustativas. Os quatro tipos de
papilas (que detectam o doce, o amargo, o ácido, e o salgado) permitem-nos
sentir o sabor dos alimentos.
Na boca encontramos também
os dentes, que estão implantados nos alvéolos dentários.
Existem diferentes tipos de
dentes, que desempenham várias funções:
·
Incisivos
– cujos
bordos servem para cortar os alimentos;
·
Caninos – que servem para
rasgar;
·
Pré-molares
e molares – que trituram os alimentos.
Dos trinta e dois dentes que
um adulto possui, oito são incisivos, quatro são caninos, oito são pré-molares e doze são grandes molares.
Os quatro dentes do siso
(que são molares), aparecem entre os dezassete e os vinte e cinco anos. Todos
os dentes apresentam a mesma estrutura interna. A parte exterior da coroa é
formada por esmalte, a substância mais dura do corpo humano, enquanto a parte
da raiz é prtegida por cimento, uma substância semelhante à que constitui os
ossos. A principal massa do dente é formada por dentinha. Dentro desta está
abrigado o nervo que confere sensibilidade
ao dente e os vasos sanguíneos que os alimentam.
Enquanto os dentes trituram
os alimentos, as glândula salivaares produzem saliva, que se mistura com o
alimento e ajuda a produzir uma massa mole a que chamamos bolo alimentar.
Faringe,
Esófago e Estômago
A faringe tem a forma de funil e sai da parte posterior da boca e das
foças nasais. Nela se crusam as vias respiratórias e digestiva.
Durante a deglutição a epiglote baixa e a laringe eleva-seo que faz com queo orifócio de comunicação entre a
faringe e a laringe (glote) fique
tapado. Assim evita-se a passagem de alimentos para a via respiratória. Ao
mesmo tempo, a lingua encosta-se à abónada palatina e a úvula fecha a
comunicação da faringe com as foças nasais.
O esófago é um tubo com cerca de 25 cm de comprimento e 3 cm de
diâmetro, que atravessa o diafragma e comunica com o estômago através da
cárdia. A abertura e fecho dessa passagem são controlados por um músculo
circular denominado esfíncter da cárdia.
O estômago é uma área dilatada e transformada do tubo digestivo que
possui uma capacidade de 1,5 litros.
As paredes do estômago estão
revestidas internamente por uma mucosa produtora de muco, na qual existem
glândulas que produzem as enzimas digestivas e o ácido clorídrico, que compõe o
suco gástrico ou estomacal.
O estômago comunica com o
intestino delgado pelo piloro, cuja
abertura e feicho são controlados pelo esfíncter
pilórico.Do estômago sai uma massa consistente denominada quimo,que passa para o intestino
delgado.
Intestino
Delgado e Intestino Grosso
O intestino delgado tem cerca de 5 à 6 metros de comprimento,
apresentaa muitas curvas e ansas - que aumentam a sua área de absorção – e está
encaixado na cavidade abdominal. A parte inicial do intestino delgado é o duodeno e mede cerca de 30 cm de
comprimento. Depois do duodeno vem uma porção denominada jejuno, à qual se segue o
íleo, a zona mais extensa do intestino delgado, que tem a função de
absorver grande parte dos nutrientes contidos no quilo.
No intestino delgado actuam
o suco pancreático (produzido pelo
pâncreas), a bílis (produzida pelo
fígado e na vesícula biliar) e o suco
entérico ou intestinal
(produzido pelo próprio intestino). Estes sucos completam a degradação do amido
e das proteínas.
O intestino grosso comunica com o intestino delgado através do orifício íleocecal. Logo abaixo dessa
comunicação está o cego ou ceco, e na extremidade deste está o apêndice. Acoma do íleocecal, o
intestino grosso prolonga com o cólon
ascedente ao qual se segue ocólon
descedente e este termina no recto,
que abre para o exterior através do ânus
cuja a abertura é controlada pelo esfíncter anal.
Glândulas
anexas ao Tubo Digestivo
As glândulas anexas ao tubo
digestivo são: glândulas salivares,o fígado e o pâncreas.-
As glândulas salivares
produzem a saliva e estão em comunicação com a boca. Existem três tipos de
glândulas salivares:
·
As parótidas,
situadas por baixoe à frente das orelhas;
·
As Submaxilares,
situadas por baixo da base da lingua, na parte posterior do maxilar;
·
As sublinguais,
situadas à frente das submaxilares e por baixo da lingua.
A saliva possui uma enzima
digestiva denominada amílase salivar
ou ptialina que transforma o amido
(um glícido abundante no pão e no arroz), num péptido mais simples, a maltose.
O fígado de cor vermelha-acastanhada, pesa entre 1,5 à 2 Kg e é
considerado a maior glândula do corpo humano. Situa-se na parte superior
direita ao abdómen. Segrega cerca de 700 ml de bílis por dia, que é conduzida
por um canal até a vesícula biliar, onde é armazenada e de onde é lançada no
duodeno à passagem do quimo.
O pâncreas, de cor rosada, pesa cerca de 70 g e tem 15cm de
comprimento, localizado entre o duodeno e o estômago (um pouco atrás). Segrega
cerca de dois litros de suco pancreático por dia, que é conduzido através do
canal pancreático, para desembocar no duodeno. Este suco contém enzimas como: trpisina, amílase, lipase, entre
outras, que actuam na digestão dos alimentos. É também o pâncreas que produz
uma hormona que regula o teor de glicose no sangue, a insulina e o glucagon.
Por produzir substâncias que passam para o exterior e outras que vão
directamente para o sangue, diz-se que o pâncreas
é uma glândula mista.
Higiene
da Boca
A higiene da boca é feita
através da utilização de uma boa escova de dentes e de pasta de dentes. Sempre
que a situação exija, é necessário utilizar-se também o fio dental.
A boa higiene oral depende
da utilização correcta da escova. Eis algumas técnicas para uma correcta
lavagem dos dentes:
·
Movimentar a escova na vertical;
·
As pontas dos fios da escova devem passar de
cima para baixo, na arcada superior, e de baixo para cima na arcada inferior;
·
Friccionar os dentes e as gengivas;
·
Escovar os dentes e friccionar as gengivas do
lado de dentro;
·
Escovar a arcada superior e inferior separadamente,
com a boca bem aberta.
·
Passar a escova em cada arco pelomenos dez
vezes;
·
Usar fio dental, para remover as partículas
de alimentos que a escova não conseguiu retirar.
Fisiologia
da Digestão
·
Digestão
Mecânica
·
Digestão
Química
·
Acção
das enzimas na digestão
·
Sequenciação
do processo digestão
Digestão
Mecânica
Digestão
–
é o conjunto de transformações sofridas pelos alimentos no tubo digestivo.
Os alimentos são modificados
no seu trajecto ao longo do tubo digestivo, não só do ponto de vista mecânico,
como também do ponto de vista químico.
As acções consideradas
mecânicas são:
·
Mastigação;
·
Deglutição;
·
Movimentos peristálticos.
Na mastigação, por acção dos dentes e da língua, os alimentos são
transformados em partículas menores, que são depois misturadas com a saliva,
constituindo o bolo alimentar.
Na deglutição, o bolo alimentar passa para
a faringe e desta para o esófago, que se abre no estômago. O bolo alimentar
percorre o esófago impelido pelas contrações do músculo das suas paredes.
Quando o bolo
alimentar chega ao estômago, este contrai-se e executa movimentos que fazem com
que a massa de alimentos seja misturada com o suco gástrico, encaminhado de
seguida para o piloro.
No estômago, o bolo
alimentar transforma-se numa pasta semilíquida denominada quimo.
As contracções
registadas no esófago, no estômago e nos intestinos constituem os movimentos peristálticos.
Digestão Química
Digestão química é o conjunto de todas reacções químicas que
transformam os alimentos em substâncias mais simples e assimiláveis. Esta é
controlada por enzimas. Conhecem-se aproximadamente duas mil enzimas.
Enzima é toda substância que acelera uma
determinada reacção química, portanto, a substância sobre a qual a enzima actua
denomina-se substrato, enquanto a
substância que resulta da reacção das enzimas sobre o substato chama-se produto.
Todas as enzimas têm
em comum um sufixo «ase» no seu
nome, que pode ter a referência ao substrato sobre o qual ela actua. Exemplo: amílase, lipase, protease, ect.
As enzimas
encontram-se em sucos digestivos como a saliva,
suco gástrico, suco pancreático, e o suco intestinal.
Acção das Enzimas na Digestão
Os alimentos que
ingerimos são constituídos por substâncias sólidas. Para que sejam absorvidos
têm de ser transformados mediante a acção das enzimas.
Uma enzima é formada por regiões às quais o
substrato se pode ligar, formando um complexo enzima-substrato.
As enzimas não se ligam permanentemente ao
substrato nem alteram a sua composição, pois, depois da reacção este complexo
desfaz-se. Cada enzima tem o substrato específico sobre o qual ela actua.
Existe uma enzima no
suco gástrico – a quimiossíntese ou casease que actua sobre a proteína do
leite (caseína), também existe,
embora em pequenas quantidades, a lipase
gástrica que o desdobramento dos lípidos em ácidos gordos e glicerol.
No intestino delgado
actuam três sucos, dos quais um, a bílis
ou fel, não possui gorduras. A bílis é segregada pelo fígado e serve
para emulsionar as gorduras.
A lipase pancreática ou lipase intestinal faz com que os
lípidos já emulsionados pela bílis sejam desdobrados em ácidos gordos e em
álcool, (geralmente o glicerol). Nos
sucos pancreáticos e intestinais existe enzimas específicas para a fragmentação
de glícidos.
A amílase pancreática
(amilopsina), transforma o amido que não foi degradado pela amílase salivar.
No suco intestinal
existe as seguintes enzimas que actuam sobre os respectivos substratos: maltose/maltase, sacarosse/sacarase, lactose/lactase.
A digestão das
proteínas termina quando são fragmentadas, até se obter os aminoácidos que as
constituem.
Sequenciação do Processo digestivo
A digestão começa na
boca e prossegue ao longo dos outros órgãos que compõem o tubo digestivo.
Na boca, os alimentos são mastigados e insalivados. A saliva além de amolecer e lubrificar os alimentos,
possui amílase, que catalisa a transformação do amido em maltose.
Os alimentos mastigados
e insalivados tomam o nome de bolo
alimentar, que em seguida é deglutido e passa pela faringe até ao esófago.
No esófago o bolo alimentar prossegue até
ao estômagodevido às contracções
involuntárias das paredes do esófago (movimentos
peristáltico).
No estômago o bolo alimentar sofre acções
mecânicas provocadas pelos movimentos que o fazem deslocar entre a cárdia e o
piloro e vice-versa tocando as paredes do estômago. Deste modo o bolo alimentar
é misturado com o suco gástrico e transforma-se em quimo, uma massa semí-líquida.
No intestino delgado
as transformações são catalisadas pelas enzimas do suco pancreático, da bílis e
do suco entérico. A bílis actua sobre as gorduras, facilitando a acção da
lipase presente noutros sucos digestivos.
No intestino delgado,
a maltose que escapou na acção da amílase salivar, é desdobrada pela amílase
pancreática.
Os prótidos que no estômago
não foram transformados totalmente, são desdobrados em aminoácidos pela acção
da tripsina (protease pancreática) e da proteáse intestinal.
A água, as vitaminas e os
sais minerais, não sofrem nenhuma transformação no tubo digestivo, passam
directamente para o meio interno.
O
Absorção Intestinal
·
Vias sanguíneas e
Vias Linfáticas
Os alimentos depois
de ingeridos e digeridos são assimilados
e passam directamente para o sangue, processo a que chamamos de absorção digestiva, e como ocorre
principalmente nos intestinos delgado,
pode se chamar também de absorção
intestinal
A parede interna do
intestino delgado apresenta invaginações que triplica a superfície de contacto
com os nutrientes presentes no quilo. Estas, estão recobertas por milhões de
vilosidades intestinais, no interior de cada qual existe capilares sanguíneos e
um vaso quilífero, onde circula a linfa.
A absorção
intestinalfaz-se por:
Ø Via sanguínea – água, sais minerais, vitaminas
hidrossolúveis e aminoácidos;
Ø Via linfática – ácidos gordos, glicerol e vitaminas
lipossolúveis.
Todas as substâncias
não absorvidas passam para o intestino grosso e fazem parte das fezes.
Tema C: Função
Circulatória
·
Sangue e Linfa
·
Mecanismos da defesa
do Organismo
·
Anatomia do Sistema
Circulatório
·
Circulação Sanguínea
e Linfática
·
Higiene do Sistema
Circulatório
Constituição do
Sangue e suas funções
O sangue é um líquido
não transparente de cor vermelho. A quantidade de sangue num adulto varia entre
4,5 a 5 litros. É constituído por um fluído incolor que se chama plasma.
As células do sangue
dividem-se em três grupos:
·
Glóbulos vermelhos também chamados hemácias ou eritrócitos são células anucleadas com forma de disco bicôncavo,
com funções de contribuírem na respiração. São as mais abundantes no organismo.
·
Glóbulos brancos ou leucócitos são maiores em relação as
hemácias, possuem núcleo e têm a função de defender o organismo contra as
doenças.
·
Plaquetas sanguíneas são fragmentos
celulares, cuja função é assegurar a coagulação do sangue.
Hemácias
Hemácias são células
que constituem a hemoglobina, com período de vida entre cem a cento e vinte
dias.
A hemoglobina é umas
proteínas que contem ferro, o que lhe confere a capacidade de transportar
oxigénio. O sangue rico em oxi-hemoglobina, tem a cor vermelha vivo e chama-se sangue arterial.
Leucócitos
Leucócitos são
células com núcleo e têm a função de defender o organismo contra as doenças.
Dividem-se em dois grandes grupos:
·
Neutrófilos, basófilos e eucinófilos, polinucleadas e com granulações no citoplasma.
·
Linfócitos e monócitos mononucleadas e sem granulações.
Os granulócitos e os
monócitos formam-se apenas na medula óssea, enquanto os linfócitos, além de
serem formados na medula óssea, podem ter origem no baço.
Os granulócitos e os
monócitos têm a capacidade de diapedese,
que lhes permite passar em qualquer lado e fagocitose, que lhes dá a propriedade de mecanismo de defesa não
específica.
Plaquetas Sanguíneas
Plaquetas sanguíneas são elementos mais pequenos do
sangue, não têm cor nem núcleo. São fabricados na medula óssea e têm a função
de lutar contra as hemorragias.
Linfa. Sua constituição e função
A linfa é um líquido
incolor presente no meio intercelular e é formada a partir do sangue.
É na linfa que as células
laçam produtos tóxicos e prejudiciais resultantes do seu metabolismo. A linfa
circulante também é constituída por plasma e leucócitos. Esta linfa tem a
função a defesa do organismo por intermedio dos leucócitos que nela se
circulam.
Mecanismos
de Defesa do Organismo
Imunidade
e imunização
Os agentes patogénicos que
ameaçam o organismo, podem ser de natureza química ou biológica. Entre os de
natureza biológica destacam-se os vírus, as bactérias, os fungos e outros
micro-organismos que entram no organismo através do ar, da água, dos alimentos
ou de feridas existentes na pele.
A imunidade é o conjunto de processos que permitem ao organismo
reconhecer substâncias estranhas, neutraliza-las e destruí-las. Imunizado é a
designação do organismo que reage eficazmente à agressão leda a cabo por
elementos estranhos.
O sistema imunitário é
constituído por um conjunto decélulas e órgãos localizados em diferentes
regiões do corpo e que intervêm na defesa do organismo. A maioria dessas
células são os leucócitos e existem na linfa e no sangue.
Tem diversas funções tais
como:
·
Reconhecer e destruir ou bloquear os corpos
estranhos;
·
Destruir as células anormais do organismo;
·
Eliminar do organismo as células danificadas.
Distinguem-se dois tipos de
mecanismos de defesa:
·
Mecanismos de defesa
não específica;
·
Mecanismo
de defesa específica.
No mecanismos de defesa não específica, as células defensoras,
fagocitam qualquer agente nocivo ao organismo. A designação, deve-se à
sua acção geral de defesa contra todos corpos estranhos.
No mecanismo de defesa específica, a intervenção de anticorpos é
dirigida à um invasor específico para eliminá-lo, e esta é desenvolvida pelos
linfócitos B.
São exemplos de
algunsmecanismos de imunidade:
·
As
barreiras físicas e químicas
São fenómenos que impedem a
entrada de corpos estranhos, tais como: a pele, os pêlos das narinas, as lágrimas
e o suor, que têm substâncias tóxicas para muitas bactérias.
·
Resposta
Inflamatória
Isso acontece quando
sofremos picadelas de insectos ou queimaduras na pele, o que permite a entrada
de bactérias. Quando isso acontece, na zona afectada surge diversas acções de
inactivar ou destruir os agentes estranhos, e essas acções manisfestam-se por:
- Vermelhidão e calor na
superfície da pele, devido a dilatação dos capilares sanguíneos;
- A dor aparece devido às
terminações nervosas que estão na zona afectadas.
- Vê-se a inflamação devido
à passagem de plasma e linfócitos para o local da infecção.
Efeitos
da SIDA
A SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida) é uma das doença mais
grave da actualidade, provocada pelo VIH ( Virus de Imunodeficiência Humana),
que sequestram os linfócitos – células de defesa do organismo.
Sequestrados os linfócitos,
o organismo fica sem defesa face a qualquer microorganismos que o invada. O
doente fica então sensível à todo tipo de doença, levando-o à morte.
Como
se transmite
Existem várias formas de
transmissão deste vírus:
·
Por via sexual;
·
Por via sanguínea;
·
Por via vertical, isto é, de mãe para bebé
durante o período pré-natal;
·
Por transplante de órgãos proveniente de um
dador infectado
·
Por beijo entre namorados, embora isso aconteça
raramente.
Anatomia
do Sistema circulatório
O sistema circulatório
engloba o sistema circulatório sanguíneo
e o sistema circulatório linfático.
Sistema
sanguíneo
O sistema sanguíneo é o conjunto de órgãos que funcionam
para a circulação do sangue no organismo de um ser vivo.
É constituído pelo coração
e os vasos sanguíneos (artérias,
veias e capilares).
O
Coração
O coração é o órgão central da circulação, trabalha como
uma bomba, distribuindo o sangue para todas as partes do corpo.
Está dividido em quatro cavidades, duas aurículas e dois
ventrículos. Cada aurícula comunica com o ventrículo do mesmo lado por
intermédio de uma válvula. Longitudinalmente é dividido pelo septo(espessa parede muscular) que
separa-o em duas metades (direita e esquerda).
No coração a artéria pulmonar tem origem no ventrículo
direito e a artéria aorta no ventrículos esquerdo.
Na aurícula direita estão ligados duas veias cavas – superior e inferior, enquanto da aurícula esquerda ligam-se quatro veias
pulmonares.
Existem válvulas semilunares no início das artérias
pulmonar e aorta que impedem o retorno do sangue ao coração.
Na sua trajectória total, o sangue completa uma volta que
começa no coração, para os pulmões e destes para o coração (pequena circulação ou circulação pulmonar), do coração para
todas partes do corpo e retorna novamente para o coração (grande circulação ou circulação
sistémica).
O coração tem movimentos rítmicos que asseguram o
bombeamento do sangue. Este movimento é caracterizado pelos batimentos que
dividem-se em três fases: sístole
auricular, sístole ventricular e
diástole.
Sístoles são
contracções do curação. Na sístole auricular o sangue é empurrado para os
ventrículos. Na sístole ventricular, na direita o sangue é empurrado para os
pulmões e na esquerda para todas as partes do corpo.
Diástole
é
o relaxamento do miocárdio. Neste caso as válvulas semilunares fecham e as
auriculoventriculares abrem e as cavidades do coração recebem o sangue de modo
passivo.
O círculo cardíaco segue a seguinte sequência: diástole geral, sístole ventricular e sístole
ventricular.
Trajecto
do sangue
A circulação pulmonar começa
do ventrículo direito e termina na aurícula esquerda, tem como objetivo
libertar o dióxido de carbono CO2 e
Oxigenar o sangue a partir dos alvéolos pulmonares.
A circulação sistémica
começa no ventrículo esquerdo e termina na aurícula direita, tem como objetivo
distribuir o oxigénio para todas as células e recolher o CO2 resultante do metabolismo celular.
As veias da cabeça e dos
membros superiores unem-se e formam a veia cava superior. As veias do resto do
corpo juntam-se para constituir a veia cava inferior.
Por sua vez, o coração
recebe o sangue arterial através das artérias coronárias que partem da base da
artéria aorta. O sangue venoso é transportado pelas veias coronárias que entram
na aurícula direita.
Sistema
Linfático
O sistema linfático é o
conjunto de órgãos que permitem a circulação da linfa. Linfa é um líquido que percorre uma rede de vasos linfáticos (veias e capilares linfáticos). Esses últimos, existem em todos os órgãos,
paralelamente aos capilares sanguíneos. Tal como as veias sanguíneas, as
linfáticas também possuem válvulas que impedem o retorno da linfa.
No sistema linfático não
existe o órgão impulsionador da circulação, como sucede na circulação
sanguínea. A linfa circula graças ao movimento dos músculos do corpo e a ação
das válvulas de sentido único.
As veias linfáticas
provenientes do lado direito do corpo (membros superior direito, lado direito
da cabeça e do pescoço) unem-se para formar o canal linfático direito, que abre
numa veia do sistema sanguíneo proveniente do membro superior direito. Todas as
veias linfáticas das outras partes do corpo reúnem-se no canal torácico. Este
drena a linfa para uma veia proveniente do membro superior esquerdo.
Na trajetória dos vasos
linfáticos existem gânglios linfáticos, que são abundantes no pescoço, nas axilas e nas virilhas.
No interior destes, existem linfócitos e outras células que têm a função de defesa do organismo.
Circulação
geral e Pulmonar
O coração faz um
funcionamento duplo, pois, provoca simultaneamente a circulação pulmonar e a
circulação sistémica. Na circulação pulmonar, o sangue faz o percurso curto
estre o coração e os pulmões, ao passo que na circulação sistémica o sangue que
sai do coração chega à todas as partes do corpo.
Nesta circulação, o sangue
arterial por contração do ventrículo esquerdo é lançado na artéria aorta, que,
ramificando-se leva o sangue para todas
as células do corpo. Nas células o sangue passa para elas o oxigénio que
transporta e recolhe o dióxido de carbono em excesso tornando-se sangue venoso.
Este sangue circula pelas veias e volta para o coração, entra pela aurícula
direita e passa para o ventrículo direito. Daí começa a circulação pulmonar,
onde o sangue venoso é enviado para os pulmões, onde liberta o dióxido de
carbono e é enriquecido com o oxigénio e volta para o coração onde entra peal
aurícula esquerda.
É por isso que o miocárdio
do ventrículo esquerdo é mais espesso, pois, enquanto o ventrículo direito bombeia
o sangue para os pulmões, o direito bombeia para todas as partes do corpo.
Relação
entre a Circulação sanguínea e a circulação linfática
Para as células terem as
substâncias que necessitam, é necessário que o líquido extra celular seja
renovado constantemente. Assim, maior parte da linfa torna a entrar noa
circulação através dos capilares sanguíneos, e, o seu excesso é drenado para os
capilares linfáticos.
A relação entre a circulação
sanguínea e linfática, é devido a função que ambos desempenham, de manter o
meio interno húmido e transportarem substâncias para diversas partes do corpo,
onde vão desempenhar funções vitais, assim como defender o organismo contra os
agentes patogénicos.
Higiene
do sistema circulatório
Prevenção
para a saúde
As doenças cardiovasculares
têm sido uma das maiores causas da morte das pessoas. Para as evitar, é preciso
manter uma boa higiene do sistema circulatório. E isso passa pela observância
das seguintes regras:
·
Não consumir muitos lípidos;
·
Não fumar;
·
Evitar o estress;
·
Fazer exercícios físicos todos os dias;
·
Não abusar o consumo de álcool;
·
Não permanecer parado, de pé, durante muito
tempo;
·
Controlar sempre a tensão arterial.
As doenças cardíacas podem
ser diagnosticadas utilizando várias técnicas:
·
Auscultação;
·
Electrocardiograma;
·
Radiografia;
·
TAC (tomografia axial computarizada);
·
Ecocardiografia;
·
Análise de sangue.
Tema
D
Função
Respiratória
·
Anatomia
do sistema respiratório;
·
Movimentos
respiratórios;
·
Trocas
gasosas e transporte de gases
·
Higiene
do sistema respiratório
Anatomia do sistema respiratório
·
Estrutura
do sistema respiratório
O sistema respiratório é
composto por pulmões e vias respiratórias.
As vias respiratórias são os
canais por onde passa o ar até chegar aos pulmões, são compostas por: fossas nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios.
Ø Fossas Nasais –são
orifícios das narinas e comunicam directamente com o exterior, o seu interior
está dividido em duas partes pelo septo nasal. A parte superior de cada fossa
nasal tem a função olfativa e a parte inferior está revestida pelo epitélio
rico em glândulas mucosas e tem a função respiratória. A secreção dessa
glândula serve para aquecer e humedecer o ar inspirado.
Ø Faringe – é a
continuação das fossas nasais e é a passagem comum do ar para a traqueia e dos
alimentos em direcção ao esófago.
Ø Laringe –está
situada entre a IV e VI vértebra cervical, tem a função de fechar o canal
respiratório durante a deglutição evitando o brônquio aspiração. É na laringe
onde estão as cordas vocais, responsáveis pelos sons que emitimos.
Ø Traqueia – é um
tubo formado por anéis cartilaginoso e mantêm a sua forma, com cerca de 12 cm
de comprimentos e 2 cm de diâmetro. A traqueia divide-se em dois brônquios,
direito e esquerdo.
Ø Brônquios – são
duas ramificações da traqueia que penetram nos pulmões. Aí ramificam-se em
vários canais respiratórios chamados bronquíolos
e terminam em pequenos sacos esponjosos chamados alvéolos pulmonares.
Pulmões
Os pulmões são órgãos
essenciais do sistema respiratório,são dois: pulmão direito e pulmão esquerdo.
São
massas elásticas esponjosas ligadas aos brônquios. Estão localizados na caixa
torácica. Entre os pulmões existe um espaço chamado mediastino. Cada pulmão é
revestido por uma membrana dupla, a pleura.
Nos pulmões o oxigénio passa
para o sangue e o dióxido de carbono passa para a atmosfera.
A renovação do ar nos
pulmões chama-se ventilação pulmonar é assegurada pelos movimentos respiratórios
(movimentos rítmicos da caixa torácica).
Movimentos
respiratórios
·
Expiração
e inspiração.
-
Sua relação com os movimentos da caixa torácica.
Os movimentos respiratórios
são assegurados pelos movimentos da caixa torácica e permitem a ventilação pulmonar (renovação do ar
dos pulmões). Neles, distinguem-se dois mecanismos:
·
Inspiração
(entrada do ar);
·
Expiração
(saída do ar).
Os movimentos da caixa
torácica são provocados pelas contracções e relaxamento de vários músculos
(diafragma, elevadores das costelas e intercostais).
A inspiraçãoocorre quando o diafragma se contrai e baixa, aumentando
o diâmetro vertical da cavidade torácica.
A expiraçãoproduz-se na continuação da inspiração. Os músculos que
participam no acto de inspiração relaxam causando a diminuição de volume da
caixa torácica.
A inspiração é um fenómeno
que consiste na contracção dos músculos,
enquanto a expiração consiste no relaxamento
dos músculos.O conjunto da inspiração e expiração denomina-se ciclo respiratório.
Um adulto em repouso
realiza, em média, 16 a 18 ciclos respiratórios por minuto. Este número pode
variar a factores como a idade, o sexo, a altura, o peso e o esforço físico.
Em cada inspiração normal
entram, em média 0,5 litros de ar, sendo expulsa a mesma quantidade na expiração.
Trocas
gasosas e transporte de gases
·
Trocas
gasosas a nível pulmonar
·
Importância
do sangue no transporte de gases respiratórios
Todas as células do
organismo, precisam do oxigénio para o seu metabolismo. Como o único sistema
que introduz esse gaz é o respiratório, dos pulmões para todas as células, o
oxigénio é transportado pelo sangue.
As diferenças de pressão de
gases que se notam nos pulmões, são as mesmas, usando o recíproco. Desta forma,
o sangue vai distribuindo o oxigénio e recolhendo o dióxido de carbono, por
meio de difusão.
O consumo de oxigénio nos
diferentes órgão do corpo varia conforme a actividade que este realiza. É o
coração que consome a maior quantidade de oxigénio, mesmo estando em repouso.
Para fortalecer o sistema
respiratório e prevenir as infecções, promover condições saudáveis, deve-se:
·
Respirar pelo nariz;
·
Fazer exercícios de expiração e inspiração
para desenvolver os músculos da caixa torácica e aumentar a capacidade
respiratória dos pulmões;
·
Nos ambientes de trabalho, manter as janelas
abertas durante várias horas por dia;
·
Não fumar.
Higiene do sistema respiratório
·
Doenças
do aparelho respiratório
·
O
tabaco e a saúde
Doenças
do aparelho respiratório
Doenças do aparelho
respiratório são todas as enfermidades que afectam os órgãos deste aparelho.
Entre várias, temos a considerar as seguintes:
·
A
Tuberculose – que mata mais de três milhões de pessoas
por ano no mundo, causada por uma bactéria Bacilo de cock, com alta capacidade
de contágio.
·
Cângro
do pulmão – causado pelo fumo de tabaco, principalmente em pessoas
que fumam e as que vivem com as que fumam.
·
Bronquite
–
caracterizada pela inflamação dos brônquios.
·
Cângrio
da laringe – cujo principal causador é o fumo do tabaco.
O
tabaco e a saúde
Segundo o relatório da Organização Mundial de Saúde
(OMS), os fumadores estão mais sujeitos a doenças cardio-respiratórias e de
outros órgãos do que os não fumadores. Muita gente morre quase todos os dias
devido a doenças respiratórias como cancro
do pulmão, cancro da laringe, bronquite e tuberculose que têm o fumo do tabaco, o seu principal causador.
O fumo do tabaco é constituído por vários componentes
perigosos para a saúde. Um deles, a nicotina,
agrava a hipertensão arterial, o monóxido
de carbono resultante da queima de tabaco destroe as paredes internas das
artérias, causando a formação das placas (aterosclerose).
Tema
E: Função Urinária
·
Anatomia
do Sistema Urinário
·
Higiene
do Sistema Urinário
Anatomia do Sistema Urinário
·
Estrutura
do Sistema Urinário
·
Estrutura
e função do rim
·
Constituição
e funcionamento do nefrónio
·
Importância
da função renal na homeostase
Estrutura
do Sistema Urinário
O sistema urinário é o conjunto de órgãos que funcionam
para eliminar os produtos que estão em excesso e os produtos tóxicos,
resultados do metabolismo e chamam-se excreções. É constituído por rins,
ureteres, bexiga e uretra.
Os rins são dois, um de cala lado da coluna vertebral,
situados na região lombar. São de cor castanho-avermelhado, com forma de feijão
e aproximadamente o tamanho do punho fechado. Têm a função de produzir a urina.
De cada um dos rins parte um uréter com cerca de 25 à
30cm de comprimento que transportam a urina até a bexiga.
A bexiga tem forma de saco, com parede musculosa e
elástica, onde a urina se acumula até ser eliminada. Quando o volume atingir
300 à 400 ml sente-se necessidade e se atingir 500 à 600 maior é a necessidade.
A uretra é um tubo que parte da bexiga e abre para o
exterior. Na mulher, tem cerca de 4 cm de comprimento e localiza-se atrás do
orifício vaginal. No homem prolonga-se ao longo do pénis, atinge cerca de 20 cm
de comprimento.
As mulheres contraem mais infecções urinárias do que os
homens devido a proximidade entre o ânus e a uretra e também devido ao seu
menor tamanho.
Estrutura
e função do rim
O rin tem uma membrana externa chamada cápsula renal. No
corte transversal do rin distinguem-se três zonas:
·
Córtex
renal ou zona cortical – camada fina, mais clara e granulosa que
está depois da cápsula.
·
Zona
medular ou medula renal – região
mais escura, ligeiramente estriada com estrutura de forma piramidal (pirâmides
de Malphighi).
·
Parte
central – onde estão orientados os vértices das pirâmides de
Malpighi, onde partem os ureteres em direcção à bexiga.
Constituição
e funcionamento do nefrónio
Nefrónio é a unidade funcional do rin e encontra-se nas
regiões funcionais que são o córtex renal e a medula renal. Em cada uma dessas
regiões existem milhões de nefrónios.
O nefrónio é constituído por tubo urinífero e vasos sanguíneos
(glomérulos).
O sangue da aorta é enviada a cada rin através da artéria
renal. No tubo urinífero a arteriola eferente penetra na cápsula de Bowman
originando glomérulo de Malpighi e o sangue abandona o glomérulo a partir da
arteriola eferente, o sangue é colectado para vénulas que se reúnem na veia
renal, que irá ao encontro da veia cava inferior.O comprimento total de cada
tubo urinífero é de cerca de vinte quilómetros.
Esse processo resume-se em três fases:
·
Filtração
– formação
da urina inicial, composta por água,sais minerais,gulicose,ureia e acido úrico
a partir do corpo renal, num volume de 180 litros por dia;
·
Reabsorção –
as substâncias ainda necessárias para o organismo, e que fazem parte da urina
inicial, são reabsorvida e regressam para o sangue, a partir do tubulo renal;
·
Secreção
-
a urina formada nos tubulos uriníferos passa para os tubos colectores e
posteriormente para a bexiga pelos movimentos peristálticos dos ureteres,
chegando a eliminar aproximadamente 1,5 litros por dia.
Importância
da função renal na homeostase
As paredes do capilar e da cápsula de Bowman com
permiabilidade selectiva filtram o sangue colectando cerca de 180 litros do
filtrado por dia, composto por lípidos, proteínas, água, sais minerais,
glicose, ureia e ácido úrico. Deste composto, algumas substâncias são
reabsorvidas e passam novamente para o plasma, reduzindo para 1,5 litros de
filtrado por dia, que constitui a urina.
Portanto, os rins têm a função de regular a concentração
de várias substâncias no sangue, reabsorvendo as quantidades necessárias e
fazendo sair o excesso na urina.
Quando há maior concentração de glicose no sangue
(superior a 1,6 g por litro), como acontece com as pessoas diabéticas, a sua
reabsorção não é total, pelo que uma análise de urina pode servir de base a um
diagnóstico.
O sangue purificado sai dos rins e regressa à veia cava
inferior. Diariamente, o organismo elimina cerca de 18 g de sais minerais e 30
g de substâncias orgânicas.
Para que haja um bom funcionamento do organismo deve
existir um equilíbrio entre a quantidade de água ingerida e a eliminada.
Higiene
do Sistema Urinário
Normas
gerais de Higiene do sistema urinário
Tendo em conta a importância do sistema urinário, devemos
tomar alguns cuidados tais como:
·
Beber quantidades adequadas de água (entre
1,5 à 2 litros de água por dia);
·
Não abusar do álcool;
·
Na mulher ter na higiene da área genital,
para evitar a contaminação da uretra. AA limpeza desta zona deve ser sempre
feita da frente para a trás evitando o contacto entre o ânus e a uretra.
Prevenção
de doenças do sistema urinário
Há várias doenças que podem
afectar o sistema urinário, principalmente o rin.
As mais graves são: os
câncer renais (formação de pequenas pedras no rin) e as infecções urinárias que
quando não são tratadas podem provocar infertilidade nas mulheres.
Para prevenir essas
enfermidades devemos comsumir alimentação saudável, beber água com
regularidade, manter igiene na zona comum aos sistemas urinário, digestivo e
reprodutor evitando assim infecções.
Tema
F
Coordenação
Hormonal
·
Glândulas
endócrinas
·
Hormonas
e respectivas funções
Glândulas
Endócrinas
Glândulas endócrinas são
estruturas rodeadas por intensa rede de vasos sanguíneos e fibras nervosas
procedentes do sistema nervoso vegetativo.
Produzem hormonas
(substâncias químicas), lançadas ao sangue que as transporta para distintas
células onde vão regular a sua actividade.
O sistema hormonal
estabelece a ligação com o sistema nervoso central através do hipotálamo, que
segrega os neuro-hormonas que regulam a secreção da hipófise, glândula ligada
ao hipitálamo situado na base do crânio.
A glândula mais importante
das endócrinas é a hipófise, e produz diversas hormonas que estimulam ou inibem
a secreção das hormonas noutras glândulas regulando assim a sua actividade como
acontece com a tiróide, ovários e os testículos.
A hipófise segrega a hormona de crescimento, a tiróide é responsável pela segregação da tiroxina que regula o
metabolismo.
As glândulas supra-renais, situadas na parte superior dos rins
segregam a adrenalina, uma hormona que acerela o rítimo cardíaco e
hidrocortisona que combate a estress.
O pâncreas, situado na cavidade abdominal junto do estômago, é uma
glândula mista, pois, é exócrina por produzir o suco pancreático e é endócrina
porque segrega insulina e glucagon, hormonas que regulam o teor de açúcares no
organismo.
Os ovários localizam-se na cavidade abdominal da mulher e produzem
hormonas sexuais - estrógeno e progesterona que intervêm na reprodução.
Os testículos situados na
bolsa escrotaldo homem produzem a hormona sexual – testosterona, importante no
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários masculino e na reprodução.
Hormonas
e respectivas funções
Tema
D
Coordenação
Nervosa
·
Organização
do sistema nervoso
·
Fisiologia
do sistema nervoso
·
Agressões
ao sistema nervoso
Organização
do sistema nervoso
·
Estrutura
do sistema nervoso
O sistema nervoso é o
conjunto de órgãos que permitem a comunicação do organismo com o meio ambiente.
Possibilita as reacções aos
numerosos estímulos que este recebe do meio.
O sistema nervoso é composto
por:
·
Sistema nervoso central (SNC);
·
Sistema nervoso periférico (SNP).
Sistema
nervoso central
O sistema nervoso central é
formado pelo encéfalo e pela medula espinal.
·
Encéfalo – é
uma massa encerrada na caixa craniana e divide-se em três partes:
- cérebro;
- cerebelo;
- bolbo raquidiano
O cérebro é a parte mais volumosa do encéfalo, pesa cerca de 1200
gramas e está dividida em dói hemisférios.
O cerebelo está situado abaixo do cérebro e o bolbo raquidiano prolonga-se pelo orifício occipital da caixa
craniana e faz ligação à medula espinal.
·
Medula
espinal – é a continuação do bolbo raquidiano, ocupa o canal
vertebral e tem cerca de 50 cm comprimento.
A medula espinal está
protegida pela coluna vertebral e comunica com diferentes órgãos do tronco e
dos membros através de trinta e um pares de nervos raquidianos.
Tem a função de conduzir
impulsos sensitivos para o cérebro e trazer impulsos motores. É um centro
modulador que coordena o instinto.
Sistema
nervoso periférico
O sistema nervoso periférico
é composto por duas partes:
·
Sistema
nervoso somático – estabelece ligação com órgão que a actividade
depende da nossa vontade;
·
Sistema
nervoso autónomo ou
neurovegetativo – estabelece ligação com órgãos que realiza movimentos
peristálticos.
De acordo com a função, os
nervos classificam-se em três grupos:
1.
Nervos
sensitivos ou
aferentes – transmitem informações dos receptores para o modulador;
2.
Nervos
motores ou eferentes – transmitem
informações dos moduladores para os órgãos efectores;
3.
Nervos
mistos – têm origem na medula espinal e transmitem informações dos
receptores para o modulador e deste para os efectores.
Segundo a sua região de
origem, os nervos podem ser agrupados em dois conjuntos:
1. Nervos cranianos –
são 12 pares, originam no encéfalo e inervam órgãos dos sentidos, músculos da
face, da boca e da faringe;
2. Nervos raquidianos –
são 31 pares, originam na medula espinal e são mistos.
Neurónios,
fibras nervosas e nervos
O sistema nervoso é
constituído por milhares de neurónios que formam uma rede grande e complexa.
Existe neurónios com diferentes formas e tamanhos.
Um neurónio apresenta
basicamente a seguinte estrutura:
·
Corpo
celular – contem núcleo e citoplasma e constitui a maior parte da
célula;
·
Axónios – prolongamento que termina
numa arborização. São via de saída da mensagem nervosa que entra na célula.
·
Dendrites
–
prolongamentos ramificados do corpo celular, são curtos do que axónios são vias
de entradas das mensagens nervosas nas células.
Fisologia do sistema nervoso
Actividade reflexa
A
actividade reflexa tem em conta três elementos fundamentais:
·
Medula
espinal – é o centro mais importante dos reflexos;
·
Arco-reflexos
– é
o caminho de impulso nervoso;
·
Actos
reflexos – são reacções nervosas automáticas e
involuntárias que ocorrem como respostas a estímulos do meio.
Actividade cerebral
O
cérebro é o centro onde chegam e são tratadas a informações que nos permitem
conceber a realidade da natureza. Essas informações são recolhidas do meio
ambiente através dos órgãos dos sentidos. Por isso é a sede da memória, da aprendizagem,
da sensibilidade consciente e da actividade motora.
Quando
há lesões em certas zonas dos hemisférios cerebrais, ocorre paralisia em
determinados músculos do lado oposto do corpo.